COLABORAÇÃO
OBJETIVO: desenvolver
nas crianças a necessidade da colaboração em nossa vida diária, principalmente
na vida familiar, que é o começo de nossa vida social.
INCENTIVO
INICIAL:
mostrar gravuras de famílias diferentes e perguntar:
- Que representam estas
pessoas? – R. Famílias
- Elas são iguais? – Não.
- A de vocês é igual? – Não (cada
um poderá falar como é sua família).
- As pessoas da família trabalham?
- E a mamãe? – R. se alguma
crianças disser que a mãe não trabalha, mostrar que mesmo não trabalhando
fora de casa, a mãe trabalha e muito para manter a casa em ordem.
- Vocês ajudam em alguma coisa
em casa? O que?
- Quem ajuda a mamãe e o papai
nas tarefas de casa?
CONTEÚDO:
- Numa família todos devem
colaborar e existem pequenas tarefas que podem ser feitas pelas crianças. Por
exemplo: (neste caso, as próprias crianças poderão responder) guardar
brinquedos, guardar sapatos, carregar pacotes leves, tirar as compras do
carro, cuidar dos animais (quando tiver), tirar seu prato e xícara da
mesa, não fazer bagunça, não jogar lixo no chão, separar o lixo, não
gastar água, não demorar no chuveiro, apagar as luzes dos ambientes
vazios, não deixar a geladeira aberta, dividir os alimentos gostosos com
todos, não entrar em casa com o sapato sujo, etc...
- A vida em família torna-se
melhor quando todos se ajudam e cooperam.
- Necessitamos de colaboração
uns com os outros, pois a vida é uma troca incessante: o preparo da terra
para a lavoura, a abertura de uma estrada, a abelha e o mel, a empregada
doméstica, os animais que servem ao homem, o material escolar, o
guarda-chuva, o remédio, os amigos espirituais, ...
- A colaboração é uma
necessidade constante em todos os setores da vida.
- A colaboração contribui com
o progresso espiritual e material.
- É fator de entendimento
entre as criaturas.
- A colaboração que recebemos
de nossos pais, se faz antes do nascimento e continua depois na
preservação da saúde, na integridade física, na educação e instrução.
- Jesus, Mestre e Senhor, é o
Divino colaborador de Deus na Terra, orientando-nos em nosso progresso
espiritual.
- Devemos aproveitar e valorizar
as oportunidades de auxiliar, pois, em todos os lugares há quem aguarde a
nossa colaboração.
FIXAÇÃO: exemplos:
- História “O grilo e o sapo”,
usando as gravuras.
- História “O melhor vinho”.
- História: “O anjo da limpeza”
- História: “Alegoria das
ferramentas” (está neste blog)
- História: “A borboleta e a
flor”
ATIVIDADE:
Montar
a maquete da história do grilo e do sapo.
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HISTÓRIAS:
A
BORBOLETA E A FLOR
A borboleta voava pelo jardim e observou
a família das flores:
- Que
beleza de família. É a família mais colorida que conheço, é a família das
flores.
E voando em torno delas ficou encantada
com tanta harmonia. Num momento de seu voo, viu num canto do jardim uma
florzinha branca chorando.
- Por
que você está chorando? – perguntou a borboleta.
- Sou
muito infeliz, respondeu a flor. Estou
presa no chão. Não posso respirar o ar fresco, nem ver a luz do Sol. O chão é
úmido, cheira mal, só vejo sombras.
- Ora,
ora. Não adianta chorar, vamos dar um jeito nisso.
A borboleta ficou quieta, pousada na
pétala da flor pensando e depois falou:
- Vocês
constituem uma grande família. Que tal se todas se emprenharem em ajudar a
florzinha necessitada?
Todas escutaram com atenção e começaram
a se movimentar.
A borboleta voltou carinhosamente seu
olhar doce para a pobre planta e disse:
- E
você também precisa se ajudar!
- Vá
se esticando para o alto, faça todo esforço que puder. Assim você vai sair da
sombra, da umidade e ficar quentinha ao Sol.
E assim elas fizeram.
Todos os dias a borboleta ia ajudar a flor
a se esticar.
O caule foi crescendo, crescendo.
As outras plantas também ajudavam.
- Encoste
em mim que eu seguro você, disse a roseira.
- Enrole
seu caule fino no meu galho forte, disse o jasmim.
Com o auxílio de todos no jardim, ela
foi crescendo, se enroscando, até que um dia viu o Sol.
Ela ficou contente. Suas pétalas ficaram
vermelhas ao calor do Sol. Continuou crescendo, se esticando, se enrolando,
encheu-se de flores vermelhas, transformando-se em uma linda trepadeira.
Quando, um dia, a borboleta voltou ali,
observou:
- Que
maravilha, todos nós estamos na família certa! Em toda família tem um membro
com mais necessidades que o outro. Pois é, isso prova a sabedoria Divina.
- Os
que têm mais condições, por certo têm o dever de contribuir para que os mais
infelizes cresçam também. É a lei de cooperação mútua, lei de amor,
fraternidade, doação.
- A
família é a maior fonte de doação e aprendizado que conheço.
O Grilo e o Sapo
O Grilo Antenor era um cara legal. Ele
era conhecido por muitos animais, pois costumava fazer longos passeios noturnos
pela Floresta a fim de conhecer outros animais e fazer novas amizades.
A Floresta era um lugar lindo, cheio
de belas flores, árvores, e todo tipo de alimento: plantas, frutos e um lago
lindo, onde era possível beber água limpa. Antenor, o grilo, morava a beira
deste lago, em uma bela casinha construída por ele. Ele tinha muitos vizinhos,
que também moravam perto do lago e que eram seus amigos.
Perto do lago, no lado oposto, morava
o Sapo Valdemar, um cara muito trabalhador e que gostava de ficar em casa,
lendo e escutando música.
Uma noite, Antenor decidiu passear para
um lado onde nunca havia ido. Ele tinha ouvido falar que para o lado leste da
Floresta morava um pássaro chamado Janjão, que sabia prever quando ia chover com
exatidão. E ele adorava saber a previsão do tempo!
Tudo ia bem no passeio de Antenor e
ele seguia, cantarolando. De repente, porém, a lua desapareceu e tudo ficou
muito escuro. Antenor, que não tinha medo do escuro, continuou seu passeio. Foi
então que ele sentiu uma coisa estranha nos seus pés... A terra estava
diferente...
- Socorro! - gritou Antenor. Socorro!
Ele tinha caído em um pântano. Pântano
é um lugar onde a terra é úmida, e os animais podem afundar até morrer sufocados!
O pântano era cercado por arame farpado, mas como estava muito escuro Antenor
não viu o perigo.
Naquele momento de dificuldade,
Antenor ainda conseguiu forças para fazer uma prece para seu anjo da guarda. E
continuou a gritar:
- Socorro! Estou afundando!
Que final trágico para Antenor! Ele
estava apavorado. Foi quando ouviu:
- Onde você está?
- Aqui - gritou de volta o Grilo. Quem
seria? - pensou Antenor.
Era Valdemar, o sapo, que passava por
ali. Ele estava indo buscar um livro emprestado na casa de Diógenes, um sapo
amigo seu que morava no lado leste da Floresta.
Valdemar viu então o grilo e sem
chegar muito perto, para não cair no pântano também, pegou uma varinha e
estendeu até o grilo.
Antenor segurou firme e Valdemar puxou
o grilo para fora do pântano.
O grilo agradeceu muito a ajuda.
Valdemar tinha salvado a sua vida!
Logo os dois se apresentaram e ficaram
amigos.
Naquela noite foram juntos até a casa
do pássaro Janjão, e ficaram sabendo muitas coisas sobre previsão do tempo. No
caminho de volta, pegaram o livro emprestado com Diógenes, o amigo de Valdemar.
Conversando, descobriram que ambos
gostavam muito de música. Antenor emprestou seus cds de música sertaneja para
Valdemar, que ficou muito contente. Eles estão até pensando em formar uma dupla
sertaneja para cantar na Festa da Primavera na Floresta.
E pensar que tudo começou com uma atitude de colaboração de Valdemar.
Mas ele sabe que ajudar o próximo faz bem a quem é ajudado e a quem ajuda.
O ANJO DA LIMPEZA
Adélia ouvira falar em Jesus e tom
ara-se de tamanha paixão pelo Céu que nutria um desejo único: ser anjo para
servir ao Divino Mestre.
Para isso, a boa menina fez-se humilde e
crente, e, quando se não achava na escola em contato com os livros, mantinha-se
na câmara de dormir em preces fervorosas.
Cercava-se de lindas gravuras, em que os
artistas do pincel lembram a passagem do Cristo entre os homens, e, em lágrimas,
repetia: Ó, Senhor, quero ser tua! Quero servir-te!...
A Mãezinha, em franca luta doméstica,
embalde convidava-a aos serviços da casa.
Adélia sorria, abraçava-se a ela e
reafirmava o propósito de preparar-se para a companhia do Divino Amigo.
A bondosa senhora, observando que o
ideal da filha só merecia louvores, deixava-a em paz com os estudos e orações
de cada dia.
Meses correram sobre meses e a jovem
prosseguia inalterável.
Orando sempre, suplicava ao Senhor a
transformasse num anjo.
Decorridos dois anos de rogativas,
sonhou, certa noite, que era visitada pelo Mestre Amoroso.
Jesus envolvia-se em vasta auréola de
claridade sublime. A túnica luminosa, a cair-lhe dos ombros com graça e beleza,
parecia de neve coroada de sol.
Estendendo-lhe a destra compassiva, o
Cristo observou-lhe:
-
Adélia, ouvi tuas súplicas e venho ao teu encontro. Desejas realmente servir-me?
-
Sim, Senhor!
- respondeu a pequena, inflamada de comoção jubilosa, convencida de que o
Salvador a conduziria naquele mesmo instante para o Céu.
-
Ouve!
- tornou o Mestre, docemente.
Ansiosa de pôr-se a caminho do paraíso,
a jovem replicou, reverente:
-
Dize, Senhor! Estou pronta!... Leva-me contigo, sinto-me aflita para comparecer
entre os que retêm a glória de servir-te no plano celestial!...
O Cristo sorriu, bondoso, e considerou:
- Não,
Adélia. Nosso Pai não te colocou inutilmente na Terra. Temos enorme serviço
neste mundo mesmo.
- Estimo
tuas preces e teus pensamentos de amor, mas preciso de alguém que me ajude a
retirar o lixo e os detritos que se amontoam, não longe de tua casa. Meninos
cruéis prejudicaram a rede de esgoto, a pequena distância do teu lar, onde se
concentra perigoso foco de moléstias, ameaçando trabalhadores desprevenidos, mães
devotadas e crianças incautas. Vai, minha filha! Ajuda-me a salva-los da morte.
- Estarei
contigo, auxiliando-te nessa meritória tarefa.
A
menina preocupada quis fazer perguntas, mas o Mestre afastou-se, de leve...
Acordou sobressaltada.
Era dia.
Vestiu-se à pressa e procurou a zona
indicada. Corajosa muniu-se de desinfetantes, armou-se de enxada e vassoura
pediu a contribuição materna, e o foco infeccioso foi extinto.
A discípula obediente, todavia, não
parou mais.
Diariamente, ao regressar da escola,
punha-se a colaborar com a mamãe, em casa, zelando também quanto lhe era
possível pela higiene das vias públicas e ensinando outras crianças a serem tão
cuidadosas, quanto ela mesma. Tanto trabalhou e se esforçou que, certo dia, o
diretor do grupo escolar lhe conferiu o título de Anjo da Limpeza. Professoras
e colegas comemoraram festivamente o acontecimento.
Chegada a noite, dormiu contente e
sonhou que Jesus vinha encontra-la, de novo.
Nimbado de luz, abraçou-a, com ternura,
e disse-lhe brandamente:
-
Abençoada sejas, filha minha! Agora, que os próprios homens te reconhecem por
benfeitora, agradeço-te os serviços que me prestas diariamente. Anjo da Limpeza
na Terra, serás Anjo de Luz no Paraíso.
Em lágrimas de alegria intensa, Adélia
despertou, feliz, compreendendo, cada vez mais, que a verdadeira ventura reside
em colaborar com o Senhor, nos trabalhos do bem, em toda parte.
(Francisco
Cândido Xavier por Neio Lúcio. In:
Alvorada Cristã)
O MELHOR VINHO
Nos Alpes italianos existia um pequeno
vilarejo que se dedicava ao cultivo de uvas para produção de vinho. Uma vez por
ano, lá ocorria uma festa para comemorar o sucesso da colheita.
A tradição exigia que nessa festa cada
morador do vilarejo trouxesse uma garrafa do seu melhor vinho, para colocar
dentro de um grande barril que ficava na praça central.
Entretanto, um dos moradores pensou:
- Por
que deverei levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei água dentro da
garrafa, pois no meio de tanto vinho o meu não fará falta.
E assim fez.
No auge da festa, como era de costume, todos
se reuniam na praça, cada um com sua caneca, para pegar uma porção daquele
vinho, cuja fama se estendia além das fronteiras do país.
Contudo, ao abrir a torneira do barril,
um silêncio tomou conta da multidão. Do barril apenas saiu água.
Por que isto aconteceu?
Porque todos pensaram da mesma maneira
que o morador que disse: “a ausência da
minha parte não fará falta”.
Nós somos muitas vezes conduzidos a
pensar: “tantas pessoas existem neste
mundo que se eu não fizer a minha parte isto não terá importância”.
O que
aconteceria se todos pensassem assim?
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