sábado, 29 de março de 2014

COLABORAÇÃO - Para infância

COLABORAÇÃO

OBJETIVO: desenvolver nas crianças a necessidade da colaboração em nossa vida diária, principalmente na vida familiar, que é o começo de nossa vida social.

INCENTIVO INICIAL: mostrar gravuras de famílias diferentes e perguntar:
  • Que representam estas pessoas? – R. Famílias
  • Elas são iguais? – Não.
  • A de vocês é igual? – Não (cada um poderá falar como é sua família).
  • As pessoas da família trabalham?
  • E a mamãe? – R. se alguma crianças disser que a mãe não trabalha, mostrar que mesmo não trabalhando fora de casa, a mãe trabalha e muito para manter a casa em ordem.
  • Vocês ajudam em alguma coisa em casa? O que?
  • Quem ajuda a mamãe e o papai nas tarefas de casa?

CONTEÚDO:
  • Numa família todos devem colaborar e existem pequenas tarefas que podem ser feitas pelas crianças. Por exemplo: (neste caso, as próprias crianças poderão responder) guardar brinquedos, guardar sapatos, carregar pacotes leves, tirar as compras do carro, cuidar dos animais (quando tiver), tirar seu prato e xícara da mesa, não fazer bagunça, não jogar lixo no chão, separar o lixo, não gastar água, não demorar no chuveiro, apagar as luzes dos ambientes vazios, não deixar a geladeira aberta, dividir os alimentos gostosos com todos, não entrar em casa com o sapato sujo, etc...
  • A vida em família torna-se melhor quando todos se ajudam e cooperam.
  • Necessitamos de colaboração uns com os outros, pois a vida é uma troca incessante: o preparo da terra para a lavoura, a abertura de uma estrada, a abelha e o mel, a empregada doméstica, os animais que servem ao homem, o material escolar, o guarda-chuva, o remédio, os amigos espirituais, ...
  • A colaboração é uma necessidade constante em todos os setores da vida.
  • A colaboração contribui com o progresso espiritual e material.
  • É fator de entendimento entre as criaturas.
  • A colaboração que recebemos de nossos pais, se faz antes do nascimento e continua depois na preservação da saúde, na integridade física, na educação e instrução.
  • Jesus, Mestre e Senhor, é o Divino colaborador de Deus na Terra, orientando-nos em nosso progresso espiritual.
  • Devemos aproveitar e valorizar as oportunidades de auxiliar, pois, em todos os lugares há quem aguarde a nossa colaboração.

FIXAÇÃO: exemplos:
  • História “O grilo e o sapo”, usando as gravuras.
  • História “O melhor vinho”.
  • História: “O anjo da limpeza”
  • História: “Alegoria das ferramentas” (está neste blog)
  • História: “A borboleta e a flor”

ATIVIDADE:
Montar a maquete da história do grilo e do sapo.
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HISTÓRIAS:
           

A BORBOLETA E A FLOR

A borboleta voava pelo jardim e observou a família das flores:
- Que beleza de família. É a família mais colorida que conheço, é a família das flores.
E voando em torno delas ficou encantada com tanta harmonia. Num momento de seu voo, viu num canto do jardim uma florzinha branca chorando.
- Por que você está chorando? – perguntou a borboleta.
- Sou muito infeliz, respondeu a flor. Estou presa no chão. Não posso respirar o ar fresco, nem ver a luz do Sol. O chão é úmido, cheira mal, só vejo sombras.
- Ora, ora. Não adianta chorar, vamos dar um jeito nisso.
A borboleta ficou quieta, pousada na pétala da flor pensando e depois falou:
- Vocês constituem uma grande família. Que tal se todas se emprenharem em ajudar a florzinha necessitada?
Todas escutaram com atenção e começaram a se movimentar.
A borboleta voltou carinhosamente seu olhar doce para a pobre planta e disse:
- E você também precisa se ajudar!
- Vá se esticando para o alto, faça todo esforço que puder. Assim você vai sair da sombra, da umidade e ficar quentinha ao Sol.
E assim elas fizeram.
Todos os dias a borboleta ia ajudar a flor a se esticar.
O caule foi crescendo, crescendo.
As outras plantas também ajudavam.
- Encoste em mim que eu seguro você, disse a roseira.
- Enrole seu caule fino no meu galho forte, disse o jasmim.
Com o auxílio de todos no jardim, ela foi crescendo, se enroscando, até que um dia viu o Sol.
Ela ficou contente. Suas pétalas ficaram vermelhas ao calor do Sol. Continuou crescendo, se esticando, se enrolando, encheu-se de flores vermelhas, transformando-se em uma linda trepadeira.
Quando, um dia, a borboleta voltou ali, observou:
- Que maravilha, todos nós estamos na família certa! Em toda família tem um membro com mais necessidades que o outro. Pois é, isso prova a sabedoria Divina.
- Os que têm mais condições, por certo têm o dever de contribuir para que os mais infelizes cresçam também. É a lei de cooperação mútua, lei de amor, fraternidade, doação.
- A família é a maior fonte de doação e aprendizado que conheço.


O Grilo e o Sapo
        
O Grilo Antenor era um cara legal. Ele era conhecido por muitos animais, pois costumava fazer longos passeios noturnos pela Floresta a fim de conhecer outros animais e fazer novas amizades.
         A Floresta era um lugar lindo, cheio de belas flores, árvores, e todo tipo de alimento: plantas, frutos e um lago lindo, onde era possível beber água limpa. Antenor, o grilo, morava a beira deste lago, em uma bela casinha construída por ele. Ele tinha muitos vizinhos, que também moravam perto do lago e que eram seus amigos.
         Perto do lago, no lado oposto, morava o Sapo Valdemar, um cara muito trabalhador e que gostava de ficar em casa, lendo e escutando música.
Uma noite, Antenor decidiu passear para um lado onde nunca havia ido. Ele tinha ouvido falar que para o lado leste da Floresta morava um pássaro chamado Janjão, que sabia prever quando ia chover com exatidão. E ele adorava saber a previsão do tempo!
         Tudo ia bem no passeio de Antenor e ele seguia, cantarolando. De repente, porém, a lua desapareceu e tudo ficou muito escuro. Antenor, que não tinha medo do escuro, continuou seu passeio. Foi então que ele sentiu uma coisa estranha nos seus pés... A terra estava diferente...
         - Socorro! - gritou Antenor. Socorro!
         Ele tinha caído em um pântano. Pântano é um lugar onde a terra é úmida, e os animais podem afundar até morrer sufocados! O pântano era cercado por arame farpado, mas como estava muito escuro Antenor não viu o perigo.
         Naquele momento de dificuldade, Antenor ainda conseguiu forças para fazer uma prece para seu anjo da guarda. E continuou a gritar:
         - Socorro! Estou afundando!
         Que final trágico para Antenor! Ele estava apavorado. Foi quando ouviu:
         - Onde você está?
         - Aqui - gritou de volta o Grilo. Quem seria? - pensou Antenor.
         Era Valdemar, o sapo, que passava por ali. Ele estava indo buscar um livro emprestado na casa de Diógenes, um sapo amigo seu que morava no lado leste da Floresta.
         Valdemar viu então o grilo e sem chegar muito perto, para não cair no pântano também, pegou uma varinha e estendeu até o grilo.
         Antenor segurou firme e Valdemar puxou o grilo para fora do pântano.
         O grilo agradeceu muito a ajuda. Valdemar tinha salvado a sua vida!
         Logo os dois se apresentaram e ficaram amigos.
         Naquela noite foram juntos até a casa do pássaro Janjão, e ficaram sabendo muitas coisas sobre previsão do tempo. No caminho de volta, pegaram o livro emprestado com Diógenes, o amigo de Valdemar.
         Conversando, descobriram que ambos gostavam muito de música. Antenor emprestou seus cds de música sertaneja para Valdemar, que ficou muito contente. Eles estão até pensando em formar uma dupla sertaneja para cantar na Festa da Primavera na Floresta.
         E pensar que tudo começou com uma atitude de colaboração de Valdemar. Mas ele sabe que ajudar o próximo faz bem a quem é ajudado e a quem ajuda.

O ANJO DA LIMPEZA

Adélia ouvira falar em Jesus e tom ara-se de tamanha paixão pelo Céu que nutria um desejo único: ser anjo para servir ao Divino Mestre.
Para isso, a boa menina fez-se humilde e crente, e, quando se não achava na escola em contato com os livros, mantinha-se na câmara de dormir em preces fervorosas.
Cercava-se de lindas gravuras, em que os artistas do pincel lembram a passagem do Cristo entre os homens, e, em lágrimas, repetia: Ó, Senhor, quero ser tua! Quero servir-te!...
A Mãezinha, em franca luta doméstica, embalde convidava-a aos serviços da casa.
Adélia sorria, abraçava-se a ela e reafirmava o propósito de preparar-se para a companhia do Divino Amigo.
A bondosa senhora, observando que o ideal da filha só merecia louvores, deixava-a em paz com os estudos e orações de cada dia.
Meses correram sobre meses e a jovem prosseguia inalterável.
Orando sempre, suplicava ao Senhor a transformasse num anjo.
Decorridos dois anos de rogativas, sonhou, certa noite, que era visitada pelo Mestre Amoroso.
Jesus envolvia-se em vasta auréola de claridade sublime. A túnica luminosa, a cair-lhe dos ombros com graça e beleza, parecia de neve coroada de sol.
Estendendo-lhe a destra compassiva, o Cristo observou-lhe:
- Adélia, ouvi tuas súplicas e venho ao teu encontro. Desejas realmente servir-me?
- Sim, Senhor! - respondeu a pequena, inflamada de comoção jubilosa, convencida de que o Salvador a conduziria naquele mesmo instante para o Céu.
- Ouve! - tornou o Mestre, docemente.
Ansiosa de pôr-se a caminho do paraíso, a jovem replicou, reverente:
- Dize, Senhor! Estou pronta!... Leva-me contigo, sinto-me aflita para comparecer entre os que retêm a glória de servir-te no plano celestial!...
O Cristo sorriu, bondoso, e considerou:
- Não, Adélia. Nosso Pai não te colocou inutilmente na Terra. Temos enorme serviço neste mundo mesmo.
- Estimo tuas preces e teus pensamentos de amor, mas preciso de alguém que me ajude a retirar o lixo e os detritos que se amontoam, não longe de tua casa. Meninos cruéis prejudicaram a rede de esgoto, a pequena distância do teu lar, onde se concentra perigoso foco de moléstias, ameaçando trabalhadores desprevenidos, mães devotadas e crianças incautas. Vai, minha filha! Ajuda-me a salva-los da morte.
- Estarei contigo, auxiliando-te nessa meritória tarefa.
            A menina preocupada quis fazer perguntas, mas o Mestre afastou-se, de leve...
Acordou sobressaltada.
Era dia.
Vestiu-se à pressa e procurou a zona indicada. Corajosa muniu-se de desinfetantes, armou-se de enxada e vassoura pediu a contribuição materna, e o foco infeccioso foi extinto.
A discípula obediente, todavia, não parou mais.
Diariamente, ao regressar da escola, punha-se a colaborar com a mamãe, em casa, zelando também quanto lhe era possível pela higiene das vias públicas e ensinando outras crianças a serem tão cuidadosas, quanto ela mesma. Tanto trabalhou e se esforçou que, certo dia, o diretor do grupo escolar lhe conferiu o título de Anjo da Limpeza. Professoras e colegas comemoraram festivamente o acontecimento.
Chegada a noite, dormiu contente e sonhou que Jesus vinha encontra-la, de novo.
Nimbado de luz, abraçou-a, com ternura, e disse-lhe brandamente:
- Abençoada sejas, filha minha! Agora, que os próprios homens te reconhecem por benfeitora, agradeço-te os serviços que me prestas diariamente. Anjo da Limpeza na Terra, serás Anjo de Luz no Paraíso.
Em lágrimas de alegria intensa, Adélia despertou, feliz, compreendendo, cada vez mais, que a verdadeira ventura reside em colaborar com o Senhor, nos trabalhos do bem, em toda parte.

(Francisco Cândido Xavier  por Neio Lúcio. In: Alvorada Cristã)

O MELHOR VINHO

Nos Alpes italianos existia um pequeno vilarejo que se dedicava ao cultivo de uvas para produção de vinho. Uma vez por ano, lá ocorria uma festa para comemorar o sucesso da colheita.
A tradição exigia que nessa festa cada morador do vilarejo trouxesse uma garrafa do seu melhor vinho, para colocar dentro de um grande barril que ficava na praça central.
Entretanto, um dos moradores pensou:
- Por que deverei levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei água dentro da garrafa, pois no meio de tanto vinho o meu não fará falta.
E assim fez.
No auge da festa, como era de costume, todos se reuniam na praça, cada um com sua caneca, para pegar uma porção daquele vinho, cuja fama se estendia além das fronteiras do país.
Contudo, ao abrir a torneira do barril, um silêncio tomou conta da multidão. Do barril apenas saiu água.
Por que isto aconteceu?
Porque todos pensaram da mesma maneira que o morador que disse: “a ausência da minha parte não fará falta”.
Nós somos muitas vezes conduzidos a pensar: “tantas pessoas existem neste mundo que se eu não fizer a minha parte isto não terá importância”.
O que aconteceria se todos pensassem assim?



























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