PERDÃO
OBJETIVO:
Ensinar
às crianças a necessidade e a importância do perdão.
INCENTIVO
INICIAL:
- Perguntar às crianças o que
elas fazem quando alguém as magoa, quando os pais lhes chamam a atenção,
quando os professores os humilham, ou quando são acusados injustamente.
Deixar elas contarem suas experiências.
- Mostrar a gravura de uma mãe
abraçando o filho, mesmo após ele ter quebrado a vidraça e perguntar:
ü O que aconteceu?
ü Por que a mãe
está abraçando o filho?
ü Por que ele está
chorando?
ü A mãe ficou
triste?
ü O que a mãe
falou para ele?
ü O que a sua mãe
faria?
ü A atitude da mãe
do menino está certa?
ü Como é o nome
dessa atitude?
CONTEÚDO:
- Este assunto está contido no
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. X.
- “Bem-aventurados
os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”.
- A misericórdia é o
complemento da doçura, porque os que não são misericordiosos não costumam
ser benignos e pacíficos, a misericórdia consiste no esquecimento e no
perdão das ofensas.
- O ódio e o rancor são
próprios da alma sem elevação e sem grandeza, porque o esquecimento das
ofensas é própria das almas elevadas, que estão fora do alcance do mal,
que se lhes queria fazer.
- Pobre daquele que diz: “Nunca perdoarei”. Esse, se não for
condenado pelos homens, sê-lo-á por Deus. Com que direito reclamaria ele o
perdão de suas próprias faltas, se não perdoa a dos outros? Jesus nos
ensinou que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que cada um
perdoe ao seu irmão, “não sete, mas
setenta vezes sete vezes”.
- O que é perdoar?
- Perdoar é esquecer totalmente
o mal que alguém nos possa fazer.
- Por que devemos perdoar?
- O Evangelho nos recomenda
perdoar incondicionalmente, porque também estamos sujeitos ao erro e por
isso necessitamos do perdão alheio.
- O perdão começa em nosso
lar, com nossos pais, irmãos e amigos. Nossa mãe é o ser que mais perdoa.
- Como Deus prova que nos
perdoa?
ü A Misericórdia
Divina sempre concede, através das encarnações, oportunidades de repararmos
nosso passado culposo, alicerçando-nos um novo destino.
ü Deus tem nos
perdoado sempre, e porventura temos contado o número de vezes que o Seu perdão
tem vindo apagar nossas faltas?
- Como provamos alguém que nos
ofendeu, que já o perdoamos?
ü Fazendo a ele
aquilo que desejamos para nós.
ü Se reconhecermos
no inimigo de hoje uma vítima do nosso passado culposo, aprendemos que orar por
ele é caminhar para a nossa própria libertação espiritual.
ü Perdoá-los é
pedir perdão para nós mesmos.
- O perdão é tão importante
para a evolução espiritual, como o ar para o corpo físico.
- Imperfeitos que somos,
inúmeros têm sido os nossos erros, quem nos ofende hoje, provavelmente
esteja retribuindo aquilo que, invigilantemente, lhe oferecemos no
passado.
- Jesus nos recomendou:
“Perdoar setenta vezes sete”.
ü Quando Ele disse
isso, estava nos incentivando a perdoar sem restrições, quantas vezes forem
necessárias, em favor do nosso próprio equilíbrio espiritual.
- Depois de perdoarmos sete
vezes, tudo fica mais fácil. Perdoar não tem limite. Deve-se perdoar
sempre.
- Feliz daquele que pode, cada
noite, adormecer dizendo: “Nada guardo
contra o meu próximo”.
- O verdadeiro perdão se
reconhece mais pelos atos que pelas palavras.
- Há, na prática do perdão, e
na prática do bem em geral, além de um efeito moral, um efeito também
material. A morte, como se sabe, não nos livra dos nossos inimigos. É preciso
ver neste fato a causa da maior parte das obsessões, das que, sobretudo
apresentam maior gravidade, como a subjugação e a possessão. O obsedado e
o possesso são quase sempre vítimas de uma vingança anterior, à qual
provavelmente deram causa pela sua conduta. Deus o permite para puni-los
do mal que fizeram, ou se não o fizeram, por haverem faltado com a
indulgência e a caridade, não perdoando.
- Quando Jesus recomenda nos
reconciliemos com os adversários é para apaziguar as discórdias e para que
não se perpetuem nas existências futuras.
- É velho hábito de a
Humanidade ver o defeito alheio antes do próprio. É o orgulho que leva o homem a dissimular suas próprias faltas,
tanto morais quanto materiais. A criatura caridosa é modesta, simples e
indulgente.
- “Não
julgueis para não serdes julgados. Aquele que estiver sem pecado atire a
primeira pedra”.
- Jesus disse ao ser
crucificado: “Pai, perdoai-lhes.
Eles não sabem o que fazem”. Embora Ele estivesse passando por todo
aquele sofrimento, Ele não e sentia traído, pois éramos crianças
espirituais e crianças, geralmente, não sabem o que fazem.
- Antes de condenarmos alguém
por uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.
- Mas há duas maneiras bem
diversas de perdoar: o perdão dos lábios e o do coração, muitas pessoas
dizem que perdoam o adversário, ao passo que interiormente gozam certo
prazer com o mal que lhe advém, achando que foi muito bem feito. Ex.: “Eu perdoo, mas nunca mais quero ver
a cada dele”.
- O perdão cristão, sincero, é
o que lança um véu sobre o passado.
- Devemos ser
severos conosco e indulgentes para com os outros. Todos têm maus pendores
a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar.
FIXAÇÃO:
- Exemplos de perdão:
·
Germinação
da semente
·
Florescer
após a poda.
·
Burilamento
das pedras preciosas
·
A
madeira moldada em móveis
·
O
carneiro e a lã
·
A
roupa passada a ferro.
·
História
do livro “Ideias e Ilustrações”, nº 21, página 83: “Mesmo Ferido”.
·
História
“A jarra de cristal” da apostila Primário C da Editora Aliança, página 194.
·
História
“A tristeza de Nagô”, da apostila da FEB, Jardim de Infância VI Unidade, aula
10.
·
História
“Os vasos preciosos”, da apostila da Editora Aliança.
OS
VASOS PRECIOSOS
Um príncipe poderoso possuía vinte vasos
de porcelana belíssimos e raros, que erma o seu orgulho.
Guardava-os numa sala especial, onde
ficava durante muitas hortas a admirá-los.
Um dia, sem querer, um criado quebrou um
dos vasos. O príncipe, enfurecido e inconsolável com a perda do precioso
objeto, condenou à morte o desastrado empregado.
Nessa ocasião, apresentou-se no palácio
um velho sábio que se dispôs a consertar o vaso, de maneira a ficar igualmente
aos outros, mas para isso, precisava ver todos juntos.
A sua proposta foi aceita. Sobre uma
mesa coberta com riquíssima toalha, estavam os dezenove vasos enfileirados.
Aproximando-se, o sábio, como se
houvesse enlouquecido, puxou com violência a toalha e os vasos tombaram no
chão, quebrando em milhares de pedaços.
O príncipe ficou mudo de cólera, e antes
que alguém falasse qualquer coisa, o sábio explicou:
- Majestade,
estes dezenove vasos poderiam custar a vida de dezenove infelizes. Assim, dou
por eles a minha, porque, velho como sou, para nada mais sirvo.
Refletindo, o príncipe compreendeu que
todos os vasos do mundo, por mais belos e preciosos, não valiam a vida de um
ser humano.
Perdoou o sábio
e o servo desastrado.
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