segunda-feira, 23 de novembro de 2020

A HISTÓRIA DE DONA PÉSSIMA E DE DONA ÓTIMA – Consequências do bom e mau humor - Sabedoria

 

A HISTÓRIA DE DONA PÉSSIMA E DE DONA ÓTIMA – Consequências do bom e mau humor - Sabedoria

 

Sônia Centomo

 

Eis os acontecimentos de um dia, na vida de duas senhoras. Uma delas é um amor de pessoa, tranquila, gosta do que faz e sente-se feliz. Já a outra, é o mau-humor em pessoa. Resmunguenta, reclama de tudo, briga com todo mundo e nunca está contente.

Ambas levam uma vida simples e com muita dificuldade financeira. Vou chama-las carinhosamente, de Dona Péssima e Dona Ótima.

Num determinado dia, ambas levantaram cedo e, após darem o café a seus familiares, saíram para comprar algumas coisinhas de que necessitavam.

Dona Péssima pegou o ônibus e logo esbravejou, por não haver lugar para sentar-se. Afinal, estava cansada. Irritou-se com o congestionamento e ficou resmungando o tempo todo: “será que essas pessoas não têm o que fazer?” Dizia ainda, que estava perdendo muito do seu precioso tempo por causa delas. E continuou lá, em pé, xingando e reclamando da vida. De como sua vida era difícil.

Dona Ótima também pegou o ônibus lotado e, por causa do congestionamento, aproveitou o tempo para fazer uma análise de sua vida. Sentia-se muito bem. Saudável, com ótimos filhos e com esperança de um futuro melhor. Pôs-se a olhar para as outras pessoas e ficou se perguntando: “quantas delas são felizes como eu? Por trás daquela aparência quantos problemas estarão escondidos?”.

Dona Péssima continuou sua dura viagem e, chegando ao local das compras, havia muita gente, o que a fez ficar meio perdida. Entrou numa loja para adquirir certa mercadoria e, porque aquela já havia acabado, brigou com o vendedor e saiu à procura em outros lugares, ficando muito cansada, mais irritada e, por fim, acabou levando outra mercadoria que não era de seu agrado. Achou tudo muito caro e lamentou a sorte de ter tão pouco dinheiro.

Dona Ótima, entrando na loja e não encontrando o que desejava, ouviu a opinião do vendedor, que ofereceu uma mercadoria parecida e até de menor valor. Resolveu leva-la e logo havia terminado as compras, satisfeita com o que tinha feito e, até, economizado.

À noite, no jantar, diante daquela refeição simples de todos os dias, os filhos de Dona Péssima perguntaram-lhe com tinha sido seu dia. Ela, então, pôs-se a reclamar que lhe doíam as costas, as pernas, os pés, a cabeça, e que tudo dera errado, que o dinheiro era pouco e, ainda, por cima, só tinha aquela miséria para o jantar. “Como sou infeliz!”, exclamou.

Dona Ótima disse aos filhos que teve um dia maravilhoso. Aproveitou para muitas coisas, fez boas compras e, ainda, teve tempo para refletir sobre sua vida. Agradeceu a Deus pela família maravilhosa e pelo jantar que saboreavam juntos. “Como sou feliz!”, exclamou.

Dificuldades e problemas, todos temos bastante. Façamos deles uma experiência para o nosso progresso. O melhor aprendizado é aquele que tiramos de nossa própria vida.

 

Texto retirado do livro: “A luz dissipas as trevas”

de Paulo Daltro de Oliveira

Páginas 123 e 125




 

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