A HISTÓRIA DE DONA
PÉSSIMA E DE DONA ÓTIMA – Consequências do bom e mau humor -
Sabedoria
Sônia Centomo
Eis os acontecimentos de um dia,
na vida de duas senhoras. Uma delas é um amor de pessoa, tranquila, gosta do
que faz e sente-se feliz. Já a outra, é o mau-humor em pessoa. Resmunguenta, reclama
de tudo, briga com todo mundo e nunca está contente.
Ambas levam uma vida simples e
com muita dificuldade financeira. Vou chama-las carinhosamente, de Dona Péssima e Dona Ótima.
Num determinado dia, ambas
levantaram cedo e, após darem o café a seus familiares, saíram para comprar
algumas coisinhas de que necessitavam.
Dona Péssima pegou o ônibus e logo esbravejou, por não haver lugar
para sentar-se. Afinal, estava cansada. Irritou-se com o congestionamento e
ficou resmungando o tempo todo: “será que essas pessoas não têm o que fazer?”
Dizia ainda, que estava perdendo muito do seu precioso tempo por causa delas. E
continuou lá, em pé, xingando e reclamando da vida. De como sua vida era
difícil.
Dona Ótima também pegou o ônibus lotado e, por causa do
congestionamento, aproveitou o tempo para fazer uma análise de sua vida. Sentia-se
muito bem. Saudável, com ótimos filhos e com esperança de um futuro melhor. Pôs-se
a olhar para as outras pessoas e ficou se perguntando: “quantas delas são felizes como eu? Por trás daquela aparência quantos problemas estarão escondidos?”.
Dona Péssima continuou sua dura viagem e, chegando ao local das
compras, havia muita gente, o que a fez ficar meio perdida. Entrou numa loja
para adquirir certa mercadoria e, porque aquela já havia acabado, brigou com o
vendedor e saiu à procura em outros lugares, ficando muito cansada, mais
irritada e, por fim, acabou levando outra mercadoria que não era de seu agrado.
Achou tudo muito caro e lamentou a sorte de ter tão pouco dinheiro.
Dona Ótima, entrando na loja e não encontrando o que desejava,
ouviu a opinião do vendedor, que ofereceu uma mercadoria parecida e até de
menor valor. Resolveu leva-la e logo havia terminado as compras, satisfeita com
o que tinha feito e, até, economizado.
À noite, no jantar, diante
daquela refeição simples de todos os dias, os filhos de Dona Péssima perguntaram-lhe com tinha sido seu dia. Ela, então,
pôs-se a reclamar que lhe doíam as costas, as pernas, os pés, a cabeça, e que
tudo dera errado, que o dinheiro era pouco e, ainda, por cima, só tinha aquela
miséria para o jantar. “Como sou infeliz!”, exclamou.
Já Dona Ótima disse aos filhos que teve um dia maravilhoso. Aproveitou
para muitas coisas, fez boas compras e, ainda, teve tempo para refletir sobre
sua vida. Agradeceu a Deus pela família maravilhosa e pelo jantar que
saboreavam juntos. “Como sou feliz!”, exclamou.
Dificuldades
e problemas, todos temos bastante. Façamos deles uma experiência para o nosso
progresso. O melhor aprendizado é aquele que tiramos de nossa própria vida.
Texto retirado do
livro: “A luz dissipas as trevas”
de Paulo Daltro de
Oliveira
Páginas 123 e 125
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