Tema: QUEM É NOSSO INIMIGO E COMO DEVO
TRATÁ-LO.
Data: 22.05.2021
Para 1º e 2º Ciclo de
Infância
Elaborada por Marita
OBJETIVO: Fazer a criança refletir sobre quem é a pessoa que
nos odeia ou a quem odiamos. É um ser de outro planeta? É um animal irracional?
É uma pessoa isenta de problemas? Ou é uma pessoa com problemas ou traumas
igual a nós?
INCENTIVO INICIAL: pedir às crianças que façam uma relação
de pessoas que consideram amigas e outra que pensa que são inimigas. Se ainda
não sabem ler e escrever, apenas falar.
Ao lado deverão colocar o porquê
de serem amigas ou não.
Exemplo: a mãe, porque é sua mãe
e sabe que ela a ama.
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Em seguida, perguntar às
crianças se elas sabem o que faz um “hater”.
Hoje é uma expressão moderna,
uma espécie de bullying virtual.
É interessante ver o quanto
algumas pessoas sentem prazer em odiar tudo o que é postado na internet. Essas
pessoas se escondem atrás de um computador, e ficam atacando os outros. Não
imaginam que o que fazem pode deixar as pessoas atacadas deprimidas...
CONTEÚDO TEÓRICO:
Disse Jesus: “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos
que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos de vosso Pai que está
nossa Céus e que faz se levante o sol para os bons e para os maus e que chova
sobre os justos e os injustos. Porque, se só amardes os que vos amam, qual será
a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se apenas os
vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros? Não
fazem outro tanto os pagãos?” (Mateus, 5:43 a 47).
Não pretendeu Jesus, assim
falando, que cada um de nós tenha para com o seu inimigo a ternura que dispensa
a um irmão ou amigo... ninguém pode sentir, em estar com um inimigo, prazer
igual ao que sente na companhia de um amigo.
Amar os inimigos não é, portanto,
dar-lhes uma afeição que não está na natureza.
Se o amor do próximo constitui o
princípio da caridade, amar os inimigos é a mais sublime aplicação desse
princípio...
Amar os inimigos é não lhes
guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem
pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem.
É não opor nenhum obstáculo à
reconciliação com eles; é desejar-lhes o bem; ficar contente com a vitória
deles, socorrê-los, é retribuir-lhes sempre o mal com o bem, sem a intenção de
os humilhar, não se vingar, ter paciência, entender que pode ser uma prova e
aquele que você considera seu inimigo é o instrumento que você precisa para
melhorar.
Os homens não nasceram para serem
maus. Um dia reconhecerão seus erros e passarão a serem bons.
Não há coração tão perverso que
não se mostre sensível ao bem proceder.
Se não houvesse homens maus na
Terra, não haveria Espíritos maus ao seu derredor que se manifestam pelas
obsessões.
Jesus disse também: “... Não resistais ao mal que vos queiram
fazer; se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra.”
Há mais coragem em suportar um insulto do que tomar uma vingança.
Não se deve pagar o mal com o
mal...
A fé na vida futura e na Justiça
de Deus dá ao homem forças para suportar com paciência os golpes que lhe sejam
desferidos. Deus jamais deixa impune o mal.
Quanto mais elevarmos o
pensamento acima da vida material, menos nos magoarão as coisas da Terra.
Chico Xavier disse certa vez:
“Prefiro ser o ofendido, a ser o ofensor.”
Amando seremos felizes e nos
aproximaremos mais de Deus.
(O Evangelho Segundo o
Espiritismo, Cap. XII)
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Se
alguém é criminoso, por exemplo, precisa ser preso para não fazer mal a mais ninguém.
Mas não podemos odiá-lo. Talvez se tivesse vivido uma vida melhor, familiar, de
carinho e afeto, nunca tivesse cometido tal crime. Se ele tiver fome, é preciso
dar-lhe de comer.
Quando
o filho faz traquinagens, a mãe o repreende e até lhe dá um pequeno castigo.
Ela faz isso porque o ama e quer que ele melhore.
Se você
tiver algum inimigo, procure antes saber se não é devido a algo maldoso que
você fez. Se for culpado, é seu dever pedir desculpas, para que o mal-entendido
se desfaça.
Procure
perceber algumas qualidades no inimigo. Muitas vezes o que você conhece dele
deriva apenas de fofocas e preconceitos dos demais. Nunca se fixe na primeira
impressão em relação a uma pessoa; procure conhecê-la melhor.
Precisamos
abolir de nossa vida os sentimentos negativos e rancorosos. Devemos abraçar e
guardar somente os sentimentos positivos de amor, alegria, paciência,
misericórdia, caridade.
Se não
pudermos amar as pessoas por causa das maldades que praticam, que possamos
amá-las ao menos por serem filhos do mesmo Pai Criador.
Amemos as pessoas, e não os pecados que fazem. "Gosto
de você, mas não gosto do mal que você faz".
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Mídias
As mídias utilizadas nas imagens foram retiradas do Google e
pertencem aos seus respectivos autores. Isento-me de qualquer direito autoral.
Não tenho qualquer tipo de lucro monetário, usando o material apenas para a
prática didática da Evangelização Espírita Cristã.
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FIXAÇÃO: Contar a história:
VERDUGO E VÍTIMA
O rio
transbordava.
Aqui e
ali, na crista espumosa da corrente pesada, boiavam animais mortos ou
deslizavam toras e ramarias.
Vazantes
em torno davam expansão ao crescente lençol de massa barrenta.
Famílias
inteiras abandonavam casebres, sob a chuva, carregando aves espantadiças,
quando não estivessem puxando algum cavalo magro.
Quirino,
o jovem barqueiro, que vinte e seis anos de sol no sertão haviam enrijado de
todo, ruminava plano sinistro.
Não
longe, em casinhola fortificada, vivia Licurgo, conhecido usurário das
redondezas.
Todos o
sabiam proprietário de pequena fortuna a que montava guarda, vigilante.
Ninguém,
no entanto, poderia avaliar-lhe a extensão, porque, sozinho, envelhecera e,
sozinho, atendia às próprias necessidades.
- “O velho – dizia Quirino de si para consigo – será atingido na certa. É a
primeira vez que surge uma cheia como esta. Agarrado aos próprios haveres, será
levado de roldão... E se as águas devem acabar com tudo, por que não me
beneficiar? O homem já passou dos setenta... Morrerá a qualquer hora. Se não
for hoje, será amanhã, depois de amanhã... E o dinheiro guardado? Não poderia
servir para mim, que estou moço e com pleno direito ao futuro?...”
O
aguaceiro caía sempre, na tarde fria.
O
rapaz, hesitante, bateu à porta da choupana molhada...
-
“Seu” Licurgo!” “Seu” Licurgo!...
E, ante
o rosto assombrado do velhinho que assomara à janela, informou:
- Se
o senhor não quer morrer, não demore. Mais um pouco de tempo e as águas
chegarão. Todos os vizinhos já se foram...
- Não, não... – resmungou o
proprietário – moro aqui há
muitos anos. Tenho confiança em Deus e no rio... Não sairei.
-
Venho fazer-lhe um favor...
-
Agradeço, mas não sairei.
Tomado
de criminoso impulso, o barqueiro empurrou a porta mal fechada e avançou sobre
o velho, que procurou em vão reagir.
-
Não me mate, assassino!
A voz
rouquenha, contudo, silêncio nos dedos robustos do jovem.
Quirino
largou para um lado o corpo amolecido, como traste inútil, arrebatou pequeno
molho de chaves do grande cinto e, em seguida, varejou todos os escaninhos...
Gavetas
abertas mostravam cédulas mofadas, moedas antigas e diamantes, sobretudo
diamantes.
Enceguecido
de ambição, o moço recolhe quanto acha.
A noite
descera completa...
Quirino
toma os despojos da vítima num cobertor, e em minutos, o cadáver mergulha no
rio.
Logo
após, volta à casa despovoada, recompõe o ambiente e afasta-se, enfim,
carregando a fortuna.
Passado
algum tempo, o homicida não vê que uma sombra se lhe esgueira à retaguarda.
É o
Espírito de Licurgo, que acompanha o tesouro.
Pressionado
pelo remorso, o barqueiro abandona a região e instala-se em grande cidade, com
pequena casa comercial, e casa-se, procurando esquecer o próprio
arrependimento, mas recebe o velho Licurgo, reencarnado, por seu primeiro
filho...
Irmão X / Francisco Cândido Xavier
Ideias e Ilustrações, cap. 20, página 80
A
história reflete bem o que o Espiritismo ensina. O mal que fazemos hoje será
reparado amanhã.
O inimigo de hoje será o amigo de amanhã.
ATIVIDADE: Fazer a centopeia e escrever em cada parte do seu corpo o que podemos fazer para aprender a amar aqueles que consideramos inimigos.
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