AMIGUINHOS DE JESUS
Décio era aluno de uma escola de
Evangelização e gostava muito de sua classe. A evangelizadora era muito boa,
dava bonitas aulas e contava lindas histórias, que alegravam as crianças.
A classe de Décio tinha um nome. Um
nome muito bonito: “Amiguinhos de Jesus”. Isso porque todos procuravam, cada
qual a seu modo, praticar ações que agradassem a Jesus. E, aos domingos,
costumavam contar à evangelizadora as coisas bonitas que faziam durante a
semana.
Era uma classe interessada mesmo,
e Dona Neide – a evangelizadora – estava muito contente com seus alunos. O curioso
é que eram todos meninos! Eram quase todos da mesma idade, 7 e 8 anos, quase do
mesmo tamanho. Quase! Porque havia Toshio, um japonesinho muito simpático, o
mais baixinho de todos, e Décio, que era o mais alto.
Pois bem, foi nessa classe – a classe
dos Amiguinhos de Jesus – que se deu um interessante fato que agora vou narrar
a vocês.
Era um domingo maravilhoso! O sol
brilhava no azul lindo do céu. Dona Neide entrou na sala de aula e, muito
contente, ouviu o ruidoso bom dia de seus evangelizandos, em resposta ao seu
cumprimento.
A sala estava repleta. Todos olhavam
para a bonita pasta vermelha que a evangelizadora colocava sobre a mesa. A criançada
sabia que ali, naquela pasta, estavam as surpresas que somente durante a aula
seriam reveladas.
Dona Neide sorriu, vendo a
curiosidade dos meninos e, muito alegre, dirigiu a cada um deles uma palavrinha
agradável. Depois ficou séria e falou:
- Minha gente, vamos iniciar a aula. Mas, antes, eu quero ouvir as
coisas boas que vocês fizeram durante a semana. Quem vai ser o primeiro?
Luiz contou que havia engraxado
os sapatos do seu pai e os deixara bem lustrosos. Paulinho disse que lavara a
garagem e o carro do seu Tio Nestor, que fizera compras para sua mãe no
supermercado e de lá voltara bem depressa, para que ela não ficasse preocupada.
E assim um por um, todos falaram
sobre a boa ação que haviam praticado na semana. Todos? Não! Um único menino
ficou bem caladinho, como se procurasse ser esquecido. Era Décio.
Dona Neide, porém, notando o
silêncio do menino, perguntou carinhosa:
- E você, Décio, que me conta de bom?
- Nada, Dona Neide. Eu me esqueci. - respondeu Décio, muito sem
jeito e com o rosto vermelho de vergonha, ao notar os olhos admirados dos
colegas.
Foi aí que Toshio, o japonesinho
baixinho, levantou a mão e pediu:
- Professora, posso contar uma coisa?
- Pode – respondeu Dona Neide.
E Toshio, meio encabulado,
enrolando e desenrolando o caderno nas mãos começou:
- Minha mãe vende verduras de casa em casa. Mamãe é muito baixinha e
não alcança as campainhas das portas. Então, muitas vezes ela bate, bate e
ninguém atende. Ela fica triste porque precisa andar mais, as verduras murcham
e as freguesas não compram. Mas ontem ela chegou em casa muito contente, com a
cesta vazia e bastante dinheiro. É que um menino, quando viu que ela não
alcançava as campainhas altas, começou a acompanha-la e tocou as campainhas que
ela precisava.
Toshio parou um instante para
tomar fôlego. Depois, com um sorriso brejeiro, continuou:
- Sabe, professora, quem é o menino? É o Décio!
Dona Neide tinha os olhos cheios
de lágrimas. Aproximando-se de Décio, beijou-lhe o rostinho e falou comovida:
- Jesus deve estar contento com você, meu amor.
Em seguida, muito feliz, convidou
a classe para acompanha-la numa prece a Jesus a fim de que pudesse começar a
aula do dia.
Mídias
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prática didática da Evangelização Espírita Cristã.




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