sábado, 31 de dezembro de 2011

Parábola do Credor Incompassivo

A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPASSIVO


            “E por isso o reino dos Céus pode ser comparado a um certo rei que quis fazer contas com seus servos.
E começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.
E, não tendo com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.
Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: - Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida.
Saindo, porém, aquele servo encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários, e, lançando mão dele, sufocava-o dizendo: - Paga-me o que me deves.
Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: - Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Ele, porém. Não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: - Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.
Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes cada um a seu irmão, as suas ofensas.”
                                                                                              (Mateus: Cap. 18, v. 23-35)


A parábola do Credor Incompassivo merece uma análise mais profunda, pois ela deixa entrever, numa escala reduzida, o que ocorre na Justiça Divina: há necessidade de se perdoar, para também ser perdoado.
Jesus Cristo, num dos seus maravilhosos ensinos, recomenda que devemos perdoar os nossos desafetos enquanto estivermos a caminho com Ele, o que implica em dizer que cumpre perdoar os nossos ofensores enquanto estivermos com eles na Terra, porque, aqui, na realidade, é o palco dos reajustes e das expiações.
Indagado pelo apóstolo Pedro sobre quantas vezes dever-se-ia perdoar um ofensor: duas, três ou sete vezes, o Mestre retrucou: “Não deveis perdoar sete, mas setenta vezes sete vezes”. Isso significa que devemos estar sempre animados do desejo de perdoar, pois, Deus sempre leva em consideração aqueles que sabem relevar as faltas do seu próximo, esquecendo todo e qualquer ressentimento.
Na parábola, observamos que um determinado rei, face à súplica de um dos seus servos que lhe devia elevada quantia, e que estava ma iminência de ser vendido juntamente com seus familiares, para o ressarcimento da dívida, resolveu perdoá-lo, deixando-o ir livre.
Porém, o servo que havia merecido o perdão de suas dívidas, saindo dali, deparou com seu companheiro, o qual lhe devia uma quantia só que irrisória. Ao fazer a cobrança da dívida, o devedor arrojou-se a seus pés pedindo clemência. O credor, no entanto, foi incompassivo, ordenando que o homem fosse preso até que a dívida fossa paga, fazendo-o após agarrá-lo pelo pescoço, e praticado um ato de violência.
Outros seus companheiros, que estavam na praça e haviam presenciado a atitude inqualificável daquele homem, foram denunciar o fato ao rei.
O rei, indignado com o seu procedimento, ordenou que ele viesse à sua presença, e admoestou-o severamente pela sua atitude impiedosa, e voltando atrás em sua deliberação anterior, ordenou que o servo incompassivo fosse entregue aos torturadores, e mantido preso até que a dívida fosse quitada.
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Virtude santificante é saber perdoar, mas poucos sabem usá-la. Jesus Cristo, na hora extrema da sua crucificação, ergueu os olhos aos Céus e rogou ao Pai que perdoasse os seus algozes, porque eles não sabiam o que estavam fazendo, representando essa sua atitude um autêntico exemplo de bondade e de tolerância para com as faltas alheias. Essa demonstração de amor ao próximo deve servir de paradigma para todas as gerações.
A falta cometida por qualquer pessoa, reclama reajustamento no futuro, e as piores coisas que podem acontecer aos nossos Espíritos, ao adentrarem a vida futura, é levar aos corações inundados de ódio e de sentimentos de vingança. Isso, indubitavelmente, servirá para acarretar sensíveis atrasos em nosso processo evolutivo.
Quando suplicamos ao Pai, na oração dominical: “Perdoai as nossas dívidas, assim com perdoamos aos nossos devedores”, geralmente fazemos uma promessa inócua, um verdadeiro engodo. Queremos realmente que Deus perdoe as nossas grandes dívidas e ofensas, em retribuição prometemos, mas não cumprimos dispensar o perdão àqueles que nos devem muito pouco.
Não devemos, desta maneira, agir como o credor incompassivo. Sempre que suplicarmos o perdão a Deus, devemos ter em mente que se torna mister possuirmos um coração limpo de qualquer ressentimento, estando sempre animados do propósito de perdoar o nosso próximo, com o esquecimento de todos os males que nos tenham atingido.
                                                           - As Maravilhosas Parábolas de Jesus _ Paulo Alves Godoy -


    Quando pronunciamos as palavras “perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, não apenas estamos à espera do benefício para o nosso coração e para a nossa consciência, mas estamos igualmente assumindo o compromisso de desculpar os que nos ofendem.
    Todos possuímos a tendência de observar com evasivas os grandes defeitos que existem em nós, reprovando, entretanto, sem exame, pequeninas faltas alheias.
    Por isso mesmo Jesus, em nos ensinando a orar, recomendou-nos esquecer qualquer mágoa que alguém tenha nos causado.
    Se não oferecermos repouso à mente do próximo, como poderemos aguardar o descanso para os nossos pensamentos?
    Será justo conservar todo o pão, em nossa casa, deixando a fome aniquilar a residência do vizinho?
    A paz é também alimento da alma, e, se desejamos tranqüilidade para nós, não nos esqueçamos do entendimento e da harmonia que devemos aos demais.
    Quando pedirmos a tolerância do Pai Celeste em nosso favor, lembremo-nos também de ajudar aos outros com a nossa tolerância.
    Auxiliemos sempre.
    Se o Senhor pode suportar-nos e perdoar-nos, concedendo-nos constantemente novas e abençoadas oportunidades de retificação, aprendamos, igualmente, a espalhar a compreensão e o amor. E, benefício dos que nos cercam.”
                                                    - PAI NOSSO -           MEIMEI – CHICO XAVIER -

PERDOAR

            Sim, deves perdoar!  Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, em se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor. Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão.
            Ante a tua aflição, talvez ele sorria. A insanidade se apresenta em face múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo revestir-se de aspectos muito diversos.
            Se ele agiu, cruciado pela ira, sacando as armas da calúnia e da agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair desequilibrado ou comprometido organicamente. Possivelmente, não irá perceber esse problema, senão mais tarde.
            Quando te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo. Continuas o que és e não o que ele disse a teu respeito.
            Conquanto justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera da alienação com indisfarçável presunção.
Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for.
      O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental.
     
      Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para distendê-la largamente, sem parcimônia.
      O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é Espírito em lucro.
      Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem.
      Todo agressor sofre em si mesmo. É um Espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para ajudá-lo.
      Há tanto tempo não experimentavas aflição ou problema – graças à fé clara e nobre que enflora em tua alma – que te desacostumaste ao convívio do sofrimento. Por isso, estás considerando em demasia o petardo com que te atingiram, valorizando a ferida que podes de imediato cicatrizar.
      Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor.
      O que te é inusitado, nele é habitual.
Se não te permitires a ira ou a rebeldia – perdoarás!


A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações.
O regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus e os não pode afastar, contorna-os ou pára, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante.
A natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdecendo tudo e logo multiplicando flores e grãos.
E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim.
Que é o “Consolador”, que hoje nos conforta e esclarece, conduzindo uma plêiade de Embaixadores dos Céus para a Terra, em missão de misericórdia e amor, senão o perdão de Deus aos nossos erros, por intercessão de Jesus?
Perdoa, sim, e intercede ao Senhor por aquele que te ofende, olvidando todo o mal que ele supõe ter-te feito ou que supões que ele te fez, e, se o conseguires, ama-o, assim mesmo como ele é.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS – Joanna de Ângelis – Divaldo Pereira Franco – cap. 36



TEMA
INCENTIVO INICIAL
ATIVIDADE
Perdão
Apresentar uma coroa de papel sulfite com gliter dourado.
Questionar: quem a usa? Ele manda em que lugar?
Desenho livre de um rei e colar gliter na coroa dele.





         O que fez o rei quando o súdito pediu o perdão das dívidas?
         Que fez o súdito quando encontrou o seu devedor?
         Por que o súdito acabou indo para a prisão?
         Alguém aqui já ficou triste com outra pessoa porque essa não foi legal?
         Chegou a perdoar essa pessoa?
         Já pediram desculpas para alguém?
         Como se sentiu?         Quando somos perdoados podemos fazer as mesmas coisas novamente?
         Quantas vezes devemos perdoar em um dia?




Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Por que o Senhor ficou feliz quando voltou das bodas? (viu o servo, que vigiando, logo foi abrir a porta).
Por que ele se sente tão feliz vendo o seu servo vigiar? (Sabia que ele estava disposto, estava trabalhando)
Como o senhor tratou o servo quando o viu vigiar? (Com respeito, foi servi-lo) 
Devemos respeitar as pessoas que nos auxiliam: o professor na escola, a empregada, o porteiro...
Nós somos servos? (Sim)
Quem é o nosso senhor? (Deus)
Como podemos estar vigiando? (Trabalhando no bem. Fazer o bem aqui na Terra é estar disposto para o trabalho que Jesus nos ensinou).
Por que devemos vigiar? (Nunca sabemos a hora de voltar para a cidade dos Espíritos. Nessa hora teremos que explicar o bem ou o mal que fizemos).

Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Onde eu estava antes de nascer? (Com amigos, numa cidade espiritual)
Por que vivo junto às pessoas da minha família? (Para aprender coisas boas. Ajudar, não brigar, estudar...)
Se errarmos quando estamos aprendendo a escrever, o que a professora faz? (Ensina novamente até que eu aprenda)
Se eu me vestir errado, o que a mamãe faz? (Orienta para que eu acerte na próxima)
Se as pessoas que estão ao meu redor sempre me dão novas oportunidades de aprender, o que Deus faz quando não aprendemos tudo o que seria bom para nós em uma vida? (Dá nova oportunidade através da reencarnação).





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