sábado, 31 de dezembro de 2011

Parábola do Bom Samaritano

A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO


     “E eis que se levantou um certo doutor da lei  tentando-O e dizendo: - Mestre, que farei para herdar a Vida Eterna?
      E Ele lhe disse: - Que está escrito na lei? Como lês?
      E, respondendo, ele disse: - Amará ao Senhor Deus de todo o teu coração, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
      E disse-lhe: - Respondestes bem; faze isso, e viverás.
      Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: - E quem é o meu próximo?
      E, respondendo, Jesus disse: - Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e, espancando-o, se retiraram deixando-o meio morto.
      E ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
      E de igual modo também, um levita, chegando àquele lugar, e vendo-o passou de largo.
      Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.
      E, aproximando-se, atou-lhe as feridas deitando-lhes azeite e vinho, e, podo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele.
      E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu t’o pagarei quando voltar.
             - Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
         E ele disse: - O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: - Vai e faze da mesma maneira.”
                                                                                                      
                                                                                                       (Lucas: Cap. X, v. 25-37)

       O ensino propiciado por Jesus nessa edificante parábola é dos mais elucidativos. Nele podemos apreciar o exercício da caridade imparcial, despretensiosa, incondicional, em seu sentido amplo, sem limitações.
       O samaritano, considerado herético e apóstata pelos judeus ortodoxos, foi o paradigma tomado pelo Mestre para nos dar o ensejo de tão profundo ensinamento.
       O grande mérito da Parábola do Bom Samaritano é de nos provar que o indivíduo que se intitula religioso e se julga o expoente do sistema religioso oficial, nem sempre é o verdadeiro praticante das virtudes que, geralmente, são ensinadas em profusão, mas pouco exemplificadas.
     O sacerdote que passou primeiramente pelo moribundo, atribuía a si qualidades excepcionais e se julgava zeloso cumpridor da lei e dos preceitos religiosos. Certamente, balbuciou algumas palavras de rogativa a Deus, em favor do homem que ali estava ferido, mas daí, até a ajuda direta a distância é enorme.
     O samaritano, considerado réprobo pelos judeus, porém, conscientemente cumpridor dos seus deveres humanos, não se limitou a se condoer do moribundo, e sim, achegou-se a ele e o socorreu do melhor modo possível, levando-o, em seguida, a um lugar de pouso, onde o assistiu melhor e o recomendou ao estalajadeiro, prontificando-se a pagar todos os gastos.
     A caridade foi, ali, dispensada a um desconhecido, e quem a praticou não objetivou retribuição de espécie alguma, o que escapa à quase generalidade dos casos, pois, na Terra, a maioria daqueles que se denomina religiosos, objetivam, quando fazem qualquer bem, a recompensa dos Ceús, fazendo com que haja um interesse em jogo, uma expectativa de retribuição.
     Os samaritanos eram dissidentes do sistema religioso dos escribas e fariseus – eram os protestantes da época. O Nazareno, com o fito de demonstrar a precariedade dos ensinamentos da religião oficial, geralmente figurava os samaritanos como sendo aqueles que haviam assimilado a parte melhor da religião: a parte prática, que consiste na concretização daquilo que os ensinamentos prescrevem.
     Jesus, além de nos ensinar o feito grandioso do samaritano da parábola, tomou, em outras circunstâncias, os samaritanos como modelo, haja vista o ensino em torno da mulher samaritana, (João, IV, 5-30), e o outro da cura dos dez leprosos, dentre os quais apenas um, que era samaritano, se lembrou de voltar para render graças à Deus, (Lucas, XVII, 11-19).
                                                    - AS MARAVILHOSAS PARÁBOLAS DE JESUS – Paulo Alves Godoy


     ...”Jesus coloca o samaritano, considerado como herege, mas que tem amor ao próximo, acima do ortodoxo a quem falta a caridade. Jesus não considera a caridade uma das condições para a salvação, mas a condição única; colocando a caridade no primeiro plano das virtudes, é porque ela enfeixa, implicitamente todas as outras: humildade, doçura, benevolência, indulgência, justiça, etc., e por ser a antítese absoluta do orgulho e do egoísmo.”
                      (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Cap.XV – 3 – Allan Kardec)


COM CARIDADE

    “Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade. ”Paulo.( I Coríntios, 16:14.)
    Ainda existe muita gente que não entende outra caridade, além daquela que se veste de trajes humildes aos sábados ou domingos para repartir algum pão com os desfavorecidos da sorte, que aguarda calamidades públicas para manifestar-se ou que lança apelos comovedores nos cartazes da imprensa.
    Não podemos discutir as intenções louváveis desse ou daquele grupo de pessoas; contudo, cabe-nos reconhecer que o Dom sublime é de sublime extensão.
    Paulo indica que a caridade, expressando amor cristão, deve abranger todas as manifestações de nossa vida.
    Estender a mão e distribuir reconforto é iniciar a execução da virtude excelsa. Todas as potências do espírito, no entanto, devem ajustar-se ao preceito divino, porque há caridade em falar e ouvir, impedir e favorecer, esquecer e recordar. Tempo virá em que a boca, os ouvidos e os pés serão aliados das mãos fraternas nos serviços do bem supremo.
    Cada pessoa, como cada coisa, necessita da contribuição da bondade, de modo particular. Homens que dirigem ou que obedecem reclamam-lhe o concurso santo, a fim de que sejam esclarecidos no departamento da Casa de Deus, em que se encontram. Sem amor sublimado, haverá sempre obscuridade, gerando complicações.
    Desempenha tuas mínimas tarefas com caridade, desde agora. Se não encontras retribuição espiritual, no domínio do entendimento, em sentido imediato, sabes que o Pai acompanha todos os filhos devotadamente.
Há pedras e espinheiros? Fixa-te em  Jesus e passa.
                                                PÃO NOSSO – Emmanuel – Chico Xavier – Cap.3l –



SE EU NÃO TIVER CARIDADE




De que me vale, Senhor,
Ser amigo da Verdade,
Se com os meus companheiros
Eu não tiver caridade?!. . .

De que me vale almejar
A conquista da humildade,
Se com quem me põe à prova
Eu não tiver caridade?!. . .

De que me vale o ideal
De servir à Humanidade,
Se com um só de meus irmãos
Eu não tiver caridade?!. . .

De que me vale guardar,
No coração, piedade,
Se no afã de minhas mãos
Eu não tiver caridade?!. . .
De que me vale aos Teus passos
Demonstrar fidelidade,
Se com quem segue comigo
Eu não tiver caridade?!. . .

De que me vale lá fora
Repartir felicidade,
Se dentro da própria casa
Eu não tiver caridade?!. . .

De que me vale saber
O idioma da bondade,
Se falando sobre alguém
Eu não tiver caridade?!. . .

De que me vale lutar
Contra a humana vaidade,
Se com os defeitos alheios
Eu não tiver caridade?!. . .


De que me vale sonhar
Com a paz que não se degrade,
Se ante as pedras do caminho
Eu não tiver caridade?!. . .



De que me vale, Senhor,
Conhecer Tua vontade,
Se, enfim, só faço o que quero
E não tenho caridade?!. . .



DOR E LUZ – Eurícledes Formiga – Carlos Baccelli – cap. 31



TEMA
INCENTIVO INICIAL
ATIVIDADE
Caridade
Apresentar um curativo.
Questionar: quando o usamos? Quem já se machucou?
Desenhar uma flor, colar algodão, colocar um pouco de perfume nela e cantar.

Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas,
nas mãos que sabem ser generosas.
Dar um pouco do que tem, a quem tem menor ainda,
favorece o doador,
faz sua alma ainda mais linda (bis).





Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Onde eu estava antes de nascer? (Com amigos, numa cidade espiritual)
Por que vivo junto às pessoas da minha família? (Para aprender coisas boas. Ajudar, não brigar, estudar...)
Se errarmos quando estamos aprendendo a escrever, o que a professora faz? (Ensina novamente até que eu aprenda)
Se eu me vestir errado, o que a mamãe faz? (Orienta para que eu acerte na próxima)
Se as pessoas que estão ao meu redor sempre me dão novas oportunidades de aprender, o que Deus faz quando não aprendemos tudo o que seria bom para nós em uma vida? (Dá nova oportunidade através da reencarnação). 
Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Por que o Senhor ficou feliz quando voltou das bodas? (viu o servo, que vigiando, logo foi abrir a porta).
Por que ele se sente tão feliz vendo o seu servo vigiar? (Sabia que ele estava disposto, estava trabalhando)
Como o senhor tratou o servo quando o viu vigiar? (Com respeito, foi servi-lo) 
Devemos respeitar as pessoas que nos auxiliam: o professor na escola, a empregada, o porteiro...
Nós somos servos? (Sim)
Quem é o nosso senhor? (Deus)
Como podemos estar vigiando? (Trabalhando no bem. Fazer o bem aqui na Terra é estar disposto para o trabalho que Jesus nos ensinou).
Por que devemos vigiar? (Nunca sabemos a hora de voltar para a cidade dos Espíritos. Nessa hora teremos que explicar o bem ou o mal que fizemos).



Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Quem era e o que faziam os dois primeiros que passaram perto do homem ferido?
O que era e o que fez o terceiro?
Quem é o próximo?
O que precisamos para ajudar o próximo?
Alguém já ajudou uma pessoa?
O que fez?
Como se sentiu?
O que é fazer caridade?

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