sábado, 31 de dezembro de 2011

Parábola do Rico Insensato

A PARÁBOLA DO RICO INSENSATO


“E disse-lhe um da multidão: - Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança.
Mas Ele lhe disse: - Homem, que me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?
E disse-lhe: - Acautelai-vos e guardai-vos da avareza: porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.
E propôs-lhe uma parábola, dizendo: -  A herdade dum homem rico tinha produzido em abundância:
E arrazoava entre si, dizendo: - Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
E disse: - Farei isto: derribarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
E direi à minha alma: - Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
Mas Deus lhe disse: - Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?
Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.”
                                               (Lucas: Cap. 12, v. 13-21)


Esta parábola tem duas destinações: a primeira parte objetiva corroborar a assertiva de Jesus Cristo, quando disse: “Não julgueis, pois, com a medida com que julgardes sereis julgados”.
Jesus Cristo, com toda a Sua autoridade moral, sendo o Ungido de Deus, enviado à Terra para a finalidade transcendental de concretizar uma revelação, não quis exercer o papel de juiz, numa questão comezinha, entre dois irmãos que disputavam uma herança.
Como poderemos nós, portanto, firmar juízo sobre coisas importantes, se podem afetar a vida dos nossos semelhantes.
Foi, pois, com relação a isso que o Mestre ponderou: “Quem me constitui juiz ou repartidor entre vós?”, demonstrando com isso a importância dos julgamentos que, muitas vezes, são apressados, quando os proferimos.
Por isso deveremos medir os nossos julgamentos, porque, sendo a justiça eqüitativa, ela não terá por inocentes, aqueles que julgam saber tudo e pensam que seus pareceres são sempre justos, mesmo que eles venham a ferir ou prejudicar o nosso próximo.


A segunda parte da parábola refere-se a um rico insensato, que possuindo vastos celeiros não estava satisfeito.  Demoliu-os e construiu outros ainda maiores. Acumulou bastante, de forma egoísta, sem beneficiar quem quer que seja, voltado exclusivamente para os seus interesses, e despreocupado da fome ou das tribulações que assolavam os seus semelhantes.
Quando estava no auge da riqueza, com seus celeiros superlotados, exclamou: “Agora, minha alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.” Porém, conforme asseverou Jesus, naquela mesma noite, Deus demandou a sua alma. Ele desencarnou, foi expiar nos planos espirituais as conseqüências do seu egoísmo e avareza, tendo deixado na Terra todos os seus bens.
Afirmou o Mestre que “é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, de que entrar um rico no reino dos Céus”. É óbvio que essa sentença do Cristo refere-se a ricos dessa estirpe, egoístas, que apenas cuidam dos seus próprios lucros, despreocupados das aflições que acometem aqueles que dele dependem, ou dos menos aquinhoados pelos bens materiais.
Conforme já descrevemos na Parábola do Rico e de Lázaro, a riqueza bem aplicada é um eficiente caminho de redenção para o Espírito humano, mas, quando mal aplicada, é perigoso abismo que faz o Espírito descer às mais lamentáveis condições de sofrimento, não tendo sequer uma alma para vir dessedentar a sua sede, para “. . . molhar a ponta dos dedos na água e vir dessedentar a sua boca.”, conforme explícito naquela parábola.
Muitos Espíritos, que renascem na Terra, são carentes do mínimo para viver. Os que vivem na mendicância, que trabalham arduamente para o sustento da família, são, muitas vezes, os ricos egoístas de ontem, que não souberam fazer com que as fortunas redundassem em fonte de bens, de  conforto, de saúde e de educação para aqueles que deles dependeram na Terra. Através das vidas sucessivas, num contínuo vai-e-vem, os Espíritos se revezam, experimentando riqueza e pobreza, para num aprendizado constante de saberem ser bons ricos e bons pobres, uma vez que também existem pobres revoltados, recalcitrantes, obstinados,  os quais acusam os Céus pelas suas desditas, ignorando que, no passado, em vidas pretéritas, foram os ricos perdulários que malbarataram seus bens, esquecidos de construir um tesouro imperecível nos Céus, onde os ladrões não roubam, e a ferrugem não ataca.

AS MARAVILHOSAS PARÁBOLAS DE JESUS – Paulo Alves Godoy
DESPERDÍCIOS


Há muito desperdício no mundo, fomentando larga faixa de miséria entre os homens.
O que abunda em tua mesa falta em muitos lares.
O excesso nas tuas mãos é escassez em inúmeras famílias.
O que te sobra e atiras fora, produz ausência em outros lugares.
O desperdício é fator expressivo de ruína na comunidade.
O homem, desejando fugir das realidades transcendentes da vida, afoga-se na fantasia, engendrando as “indústrias da inutilidade”, abarrotando-se com os acúmulos, padecendo sob o peso constritor da irresponsabilidade, em que sucumbe por fim.
A vida é simples nas suas exigências quase ascetas.
Muitos cristãos distraídos, porém,  ataviam-se, complicam os deveres, sobrecarregam-se do dispensável, desperdiçam valores, tempo e oportunidade edificante para o próprio burilamento.


Desperdiçam palavras, amontoando-as em verbalismo inútil a fim de esconderem as verdades.
Desperdiçam tempo em repousos e férias demorados, que anestesiam os centros combativos de ação da alma encarnada.
Desperdiçam alimentos em banquetes, recepções, festas extravagantes com que disputam vaidades.
Desperdiçam trajes e agasalhos em armários fechados, que não voltar a usar.
Desperdiçam moedas irrecuperáveis em jogos e abusos de todo gênero, sem qualquer recato ou zelo.
Desperdiçam a saúde nas volúpias do desejo e nas inquietações da posse com sofreguidão.
Desperdiçam a inteligência, a beleza, a cultura, a arte nos espetáculos do absurdo e da incoerência, a fim de fazerem a viagem da recuperação do que estragaram, em alucinada correria para lugar nenhum. . .
Não se recupera a malbaratada oportunidade.
Ninguém volta ao passado, na busca de refazê-lo, encaminhá-lo noutro rumo.
O desperdício alucina o extravagante e exaure o necessitado que se lhe faz vítima.
Há, sim, muito e incompreensível desperdício na Terra.



Reparte a tua fartura com a escassez do teu próximo.
Divide os teus recursos, tuas conquistas e vê-los-ás multiplicados em mil mãos que se erguerão louvando a abençoando as tuas generosas mãos.
Passarás pelo mundo queiras ou não. Os teus feitos ficarão aguardando o teu retorno.
Como semeares, assim colherás.
O que desperdiçares hoje, faltar-te-á amanhã, não o duvides.
Sê pródigo sem ser perdulário, generosos sem ser desperdiçador e o que conseguires será crédito ou débito na contabilidade da tua vida perene.

LEIS MORAIS DA VIDA – Joanna de Ângelis – Divaldo Pereira Franco – cap.20



Comentário de Kardec:

“... Os bens que Deus vos confiou despertam em vossos corações uma veemente e desordenada cobiça. Já refletistes, quando vos ligais imoderadamente à fortuna, perecível e transitória como vós, que dia virá em que devereis prestar contas ao Senhor daquilo que veio Dele? Esqueceis que, pela riqueza, vos revestis do caráter sagrado de ministros de caridade na Terra para serdes os inteligentes distribuidores? Que sereis então, quando usais em vosso único proveito o que vos foi confiado, senão depositários infiéis? Que resultará desse esquecimento voluntário dos vossos deveres? A morte inflexível, inexorável virá rasgar o véu sob o qual vos escondereis e vos obrigará a prestar contas ao próprio amigo a quem sois obrigado, e que nesse momento envergará a toga de juiz.”
Sendo o homem depositário da riqueza que Deus lhe permite gozar durante a vida, não tem o direito de transmiti-la aos seus descendentes?
O homem pode perfeitamente transmitir depois da morte aquilo que usufruiu durante a vida, porque o efeito desse desejo está sempre subordinado à vontade de Deus, que pode, quando quer, impedir aos descendentes esse gozo. Assim é que vedes desmoronarem-se fortunas que pareciam sólidas. A vontade do homem para manter a sua fortuna em família é, portanto, impotente: o que lhe tira o direito de transmitir o empréstimo recebido, pois Deus o retirará quando julgue oportuno. ( São Luís, Paris, 1860).”

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Kardec – Cap. XVI – 14-l5

TEMA
INCENTIVO INICIAL
ATIVIDADE
Não julgar as pessoas.
O mau uso da riqueza
Apresentar um jogo (tele sena, loto...)
Questionar: por que as pessoas jogam (na maioria dos casos para obter dinheiro fácil, para viver “férias eternas”).
·         Mímica: “minha maior riqueza é”-cada criança através de mímica “dirá” uma riqueza que possui, as outras tentarão adivinhar.
·         Jogo de adivinhação: ver abaixo

Jogo de adivinhação:

(1)    – Possui muito dinheiro (riqueza material)                       Maria: (  ) dona de rica fábrica
(2)     - Ajuda os outros (riqueza moral)                                                  (  ) paga muito mal seus empregados
(3)     - Não ajuda os outros (pobreza moral)                             Joana: (  ) é muito pobre
(4)     - Não possui dinheiro (pobreza material)                                    (  ) sabe muitas coisas                           
(5)     - É muito inteligente (riqueza intelectual)                                   (  ) não ensina ninguém sobre o que sabe
                                                                                           Roberto: (  ) dono de uma livraria
                                                                                                          (  ) muito caridoso: doa cadernos em uma            
                                                                                                                comunidade pobre e auxilia as
                                                                                                                famílias dos empregados.






Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Por que o Senhor ficou feliz quando voltou das bodas? (viu o servo, que vigiando, logo foi abrir a porta).
Por que ele se sente tão feliz vendo o seu servo vigiar? (Sabia que ele estava disposto, estava trabalhando)
Como o senhor tratou o servo quando o viu vigiar? (Com respeito, foi servi-lo) 
Devemos respeitar as pessoas que nos auxiliam: o professor na escola, a empregada, o porteiro...
Nós somos servos? (Sim)
Quem é o nosso senhor? (Deus)
Como podemos estar vigiando? (Trabalhando no bem. Fazer o bem aqui na Terra é estar disposto para o trabalho que Jesus nos ensinou).
Por que devemos vigiar? (Nunca sabemos a hora de voltar para a cidade dos Espíritos. Nessa hora teremos que explicar o bem ou o mal que fizemos).

Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Onde eu estava antes de nascer? (Com amigos, numa cidade espiritual)
Por que vivo junto às pessoas da minha família? (Para aprender coisas boas. Ajudar, não brigar, estudar...)
Se errarmos quando estamos aprendendo a escrever, o que a professora faz? (Ensina novamente até que eu aprenda)
Se eu me vestir errado, o que a mamãe faz? (Orienta para que eu acerte na próxima)
Se as pessoas que estão ao meu redor sempre me dão novas oportunidades de aprender, o que Deus faz quando não aprendemos tudo o que seria bom para nós em uma vida? (Dá nova oportunidade através da reencarnação).


Texto explicativo retangular com cantos arredondados: O que é ser insensato? (Louco, “não pensa em fazer a coisa certa”).
Por que o homem acumulava tanto alimento?
O que ele poderia ter feito no lugar de construir mais depósitos?
O que aconteceu quando ele pensava que já estava seguro e iria só descansar?
Por que nascemos pobres ou ricos (por nossa opção, para melhor aprender a fazer o bem).
Para que devemos usar a riqueza que Deus nos deixa ter em uma vida?
Quem é pobre não tem nenhuma riqueza para dividir? ( tem inteligência, saúde,...)
Quem tem muito dinheiro vive feliz? (A pessoa se ilude muitas vezes pensando que tendo muito dinheiro, nada vai lhe faltar, torna-se insensata, acumulando e não ajudando as demais pessoas; mas ela pode ficar doente, perder tudo.
Só vive bem quem usa a riqueza para auxiliar outras pessoas.



                                     

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