terça-feira, 19 de julho de 2016

Suicídio

SUICÍDIO – Aula para 2º Ciclo de Infância

Objetivo: dar uma noção às crianças que o suicida é um doente que não tem fé e que não acredita na Providência Divina.

Conteúdo:
·         O homem não tem jamais o direito de dispor da própria vida, porque só a Deus cabe tirá-lo do cativeiro terrestre, quando julga oportuno. Todavia, a justiça divina pode abrandar os seus rigores em favor das circunstâncias, mas reserva toda a sua severidade para aquele que quis se subtrair às provas da vida. O suicida é como o prisioneiro que se evade da prisão, antes de expiar a sua pena, e que, quando é recapturado, é mantido mais severamente. Assim ocorre com o suicida, que crê escapar às misérias presentes, e mergulha em infelicidades maiores.
·         A calma e a resignação, hauridas na maneira de encarar a vida terrestre e na fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura é devida à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem força de suportar, se, pois, pela maneira que o Espiritismo lhe faz encarar as coisas deste mundo, ele recebe com indiferença, com alegria mesmo, os reveses e as decepções que o desesperariam em outras circunstâncias, é evidente que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, preserva sua razão dos abalos que, sem ela, o sacudiriam.
·         ... Mas para aquele que não crê na eternidade, que crê que tudo se acaba com a vida, se está oprimido pelo desgosto e pelo infortúnio, não vê seu termo senão na morte; não esperando nada, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar suas misérias pelo suicídio.
·         SUICÍDIO = COVARDIA MORAL.
·         A propagação das ideias materialistas é, pois, o veneno que inocula em um grande número de pessoas o pensamento do suicídio, e aqueles que se fazem seus apóstolos assumem sobre si uma terrível responsabilidade.
·          O Espiritismo nos mostra os próprios suicidas, vindo revelar sua posição infeliz, e provar que ninguém viola impunemente a lei de Deus.
·         Quando todos acreditarem na Providência Divina, não haverá mais suicídios conscientes.
·         E não podemos esquecer-nos de mencionar os suicidas involuntários ou inconscientes:
o   fumantes
o   alcoólatras
o   glutões
o   esportistas radicais
o   os que não procuram a cura de doenças
o   sexólatras inveterados
o   viciados
o   cultivadores de pessimismo
o   cultivadores de enfermidades
o   não se cuidam ao andar pelas ruas
o   anoréxicos e bulímicos.
·         Motivos que levam os suicidas ao ato extremo:
o   Ato de rebeldia
o   Orgulho desmedido
o   Vingança de grande porte
o   Covardia
o   Medo de doença de longa presença
o   Predisposição à repetição.
·         Frases como: “Eu prefiro morrer, do que... “ , devemos apagar de nosso vocabulário.
·         Nos anos 50 Divaldo Pereira foi a um enterro. Lá, enquanto o sepultamento acontecia, ele ouviu uma linda música tocada por um violonista desencarnado que, apaixonado ao lado de sua tumba, tocava e cantava para sua amada, também desencarnada. E ali bem perto dele, um não via o outro. Estavam afastados pela Lei que pretenderam burlar. Por problemas familiares resolveram se suicidar, acreditando que ficariam juntos após o desenlace. Sucedeu exatamente o contrário. Divaldo via a ambos.

Retirado do jornal Mundo Espírita (não guardei a data)

Tomei conhecimento de um fato real que me intrigou muito e me levou a inúmeras considerações, pelo qual solicito que me seja colocado à luz da Doutrina Espírita, esclarecendo de antemão que não se trata de curiosidade doentia, mas sim, para estudo e conhecimento pessoal. Vamos a ela:
Em serviço no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, fiz amizade com uma enfermeira que me relatou a seguinte história:
Uma instrumentador cirúrgica, jovem e bela, suicidou-se. Como era doadora de órgãos, retiraram todos os seus órgãos para doação, inclusive pele, ossos e olhos, sendo-lhe colocados canos de PVC no lugar dos ossos.
Conhecendo o destino dos suicidas, me ocorreu imediatamente o quanto essa menina deve ter sofrido com a dor e a visão de seus antigos colegas de trabalho realizando tal ação.
Bem, com meus conhecimentos dos postulados da Doutrina são ainda incipientes, e, sabendo que o suicida permanece ligado ao seu corpo físico, no caso em pleno vigor da juventude, com isso se daria, uma vez que o mesmo foi retalhado? Seria possível, hipoteticamente, a desencarnação da mesma (ou seu desligamento da matéria) diante de tal procedimento, pois, creio, haveria mérito com o benefício a muitos com a implantação de tais órgãos?
São apenas esses os dados de que disponho, mas creio ser possível conseguir outros, tais como datas e nomes. Agradeço imensamente a atenção e reafirmo o propósito digno desta solicitação aos senhores, irmãos mais esclarecidos que eu.
Jesus nos abençoe a todos.
Carlos A.V.

“Mundo Espírita” responde:
Todos os suicidas sofrem, pavorosamente, por três razões distintas:
a)      Por repercussão magnética. A degradação do corpo físico repercute no corpo ao longo dos meses, ou seja, a desintegração do corpo físico.
b)      Por auto hipnose. O ato extremo do suicídio, resultante do desequilíbrio, produz formas-pensamento que permanecem vibrando no campo mental, obrigando o suicida a ver as imagens do ato louco que cometeu. É a fotografia do pensamento (ler “Obras Póstumas”, Primeira Parte, item 7).
c)      Por questão moral. O suicida, ao ver-se vivo na Espiritualidade, enche-se de frustração, de vergonha, de revolta, agravando suas dores físicas, que se associam ao sofrimento moral.

Os méritos que porventura o suicida possua, certamente colaborarão com a redução das dores e levarão os benfeitores a ajuda-lo, depois de constatado o arrependimento.
Mas a pior das dores é a certeza de um futuro corpo comprometida com lesões e doenças em encarnação repleta de angústias. “A cada um segundo suas obras”, proclamou Jesus. É a Lei. Pensemos antes nas consequências dos nossos atos. Oremos por ela.

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SUICÍDIO INCONSCIENTE

A cortina fúnebre, à porta, anuncia o velório. Sobre a mesa, em sala de regulares proporções, está a urna funerária em que um homem dorme seu último sono. Não terá mais de 45 anos…
Ao lado, a viúva, inconsolável, recebe condolências. Muitos repetem, a guisa de conforto, as clássicas palavras: “Chegou sua hora... Deus o levou!...”
Piedosa mentira! Aquele homem foi um suicida! Aniquilou-se, lentamente, fazendo uso desse terrível corrosivo que se chama irritação. Incapaz de sofrer impulsos violentos, eterno repetente nos exames de compreensão, favoreceu a evolução de distúrbios circulatórios, culminando com a trombose coronária fulminante que lhe abreviou os dias!
A máquina física possuía vitalidade para mais vinte anos, no mínimo. Duas décadas perdidas na Escola da Reencarnação! Regressa ao plano espiritual enquadrado no suicídio inconsciente, que lhe imporá longo período de perturbação e sofrimento nas regiões umbralinas.
Raros, segundo André Luiz, os que atingem a condição de completistas, isto é, que aproveitam, integralmente, experiências humanas, estagiando na carne pelo tempo que lhes fora concedido. E há muitas maneiras de auto aniquilar-se em prestações.
A atualidade terrestre é de pleno domínio das sensações, em que a criatura humana pretende, com a satisfação dos sentidos, compensar suas frustrações ou libertar-se da tensão, males próprios de uma sociedade que atinge culminâncias no campo material, mas permanece subdesenvolvida moralmente.
Sob a orientação da propaganda mercenária, multidões buscam a maneira mais agradável de minar as defesas orgânicas com álcool, cigarro, excessos à mesa. Muitos resvalam para as drogas, ante as perspectivas da tranquilidade artificial ou da euforia ilusória, sempre seguidos pelo inferno da dependência e comprometedores desajustes físicos.
E há os vícios mentais: hipocondríacos, que tanto imaginam enfermidades que acabam vitimados por elas; melancólicos, que recusam às células físicas o indispensável suprimento de energias psíquicas; maledicentes, que se envenenam com o mal que julgam identificar nos outros; rebeldes que rompem as próprias entranhas com os ácidos da inconformação e do pessimismo; apegados aos bens terrenos, que sobrecarregam o veículo carnal com preocupações injustificáveis...
Para que o Espírito reencarnado transite em segurança na Terra, movimentam-se, no plano espiritual, familiares, amigos, instrutores, médicos e enfermeiros que o amparam e protegem, orientam e socorrem em todas as circunstâncias.
No entanto, apesar de tantos cuidados, seus pupilos, com raras exceções, são expulsos do vaso físico, depois de o haverem destruído de fora para dentro, com a intemperança, e de dentro para fora, com a má direção que imprimem à vida mental.
Haverá sempre quem proclame que semelhantes observações estão impregnadas do ranço de puritanismo retrógrado, sem considerar que são inevitáveis conclusões a que não se pode furtar quem estima a lógica.
Se a roupagem carnal é concessão divina que nos permite abençoado aprendizado nas asperezas do mundo, por que não preservá-la, observando disciplinas que a própria Medicina demonstra serem indispensáveis à estabilidade orgânica?
Cercado por dezenas de visitantes, após a reunião mediúnica, na Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba, dizia Chico Xavier:
– Meus irmãos, quando eu psicografava o livro Nosso Lar, tive, muitas vezes, a visão de milhares de Espíritos que aguardavam, há longo tempo, a oportunidade de reencarnar, ansiosos pelo reajuste. Respeitemos o corpo que o Senhor nos concedeu, porque não será fácil uma nova oportunidade. Tenhamos cuidado com os enganos do mundo e, sobretudo, estimemos a serenidade. Se alguém nos der uma alfinetada, digamos: Obrigado por me espetar com um alfinete novo! Eu merecia um enferrujado!
A visão do querido médium é um convite a sérias reflexões, e a singela alegoria do alfinete consagra a Humildade. O homem verdadeiramente humilde, que conhece suas fragilidades e reconhece a grandeza de Deus, faz-se, espontaneamente, servo da compreensão e da tolerância, da simplicidade e da fraternidade, sobrepondo-se aos lamentáveis desvios que conduzem multidões desvairadas aos precipícios do suicídio inconsciente.


Richard Simonetti
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