BOM DIA JOSÉ
– Bicorporeidade – Cura Espiritual – Fenômenos Espíritas
Na antiga vila do Espírito Santo
da Forquilha – MG, hoje Delfinópolis, não havia médico, nem farmácia. Os
espíritas locais mantinham um serviço de assistência, incluindo farmácia
homeopática, sob a orientação espiritual, sendo médium receitista Dona Josefina
de Melo Novellino, por vários anos.
Os meios de transporte eram o
carro de boi e animália, sendo que a cidade mais próxima, Santa Rita de Cássia,
distava dali 30 léguas.
O dentista José Gonçalves
Novellino se vira muitas vezes na contingência de fazer pequenas cirurgias com
seu instrumental dentário. E, um dia, ele fora chamado para atender o
fogueteiro artesanal, Joaquim de Araújo que, ao experimentar um foguete, tivera
o olho direito atingido por um estilhaço. Deitado na cama, face inchada e
febril, o fogueteiro foi logo dizendo ao dentista:
- Dr. José, mandei chamar você para tirar com uma pinça o “corpo
estranho” que está aqui...
E indicava o olho traumatizado,
de cuja córnea ferida despontava minúsculo objeto pontiagudo. Novellino, diante
da situação gravíssima, recorreu ao passe. E, inspirado, ele diz:
- Em Sacramento vive um santo homem, que nos pode socorrer. Ele costuma
sair do corpo e visitar enfermos levando esperança e cura a muitas pessoas.
Vamos rogar-lhe ajuda em nossas preces desta noite. Chama-se Eurípedes
Barsanulfo.
Combinaram a operação para o dia
seguinte às 8 horas. Mas Eurípedes chegou antes e realizou a cirurgia com o
sucesso de sempre e mandou dizer ao Novellino que o esperaria debaixo da árvore
de óleo...
O dentista, ao chegar à casa do
fogueteiro na hora marcada, ouviu deste a maravilhosa história e correu para
junto da mencionada árvore. Lá estava Eurípedes Barsanulfo que o saudou:
- Bom dia, José! Você me chamou e aqui estou... Não se preocupe com o
nosso enfermo. Nosso irmão já está fora de perigo e logo estará fazendo novas
artes com seus foguetes.
E, depois de oferecer preciosas
orientações ao movimento espírita local, frisando o compromisso de todos
perante os Mensageiros de Jesus, despediu-se e desapareceu, sem que Novellino,
estupefato, pudesse agradecer-lhe.
Texto retirado do livro
“A luz dissipa as trevas”
De Paulo Daltro de
Oliveira
Páginas 73 e 74
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