domingo, 18 de outubro de 2020

OS TRÊS CRIVOS – Bom senso - Maledicência

 

OS TRÊS CRIVOS – Bom senso - Maledicência

Irmão X

 

Certa feita, um homem esbaforido achegou-se a Sócrates e sussurrou-lhe aos ouvidos:

- Escuta, na condição de teu amigo, tenho alguma coisa muito grave para dizer-te, em particular...

- Espera!... Ajuntou o sábio prudente. Já passaste o que me vais dizer pelos três crivos?

- Três crivos? – perguntou o visitante, espantado.

- Sim, meu caro amigo, três crivos. Observemos se tua confidência passou por eles. O primeiro é o crivo da verdade. Guardas absoluta certeza quanto àquilo que pretender comunicar?

- Bem, ponderou o interlocutor, assegurar mesmo, não posso. Mas ouvi dizer e... então...

- Exato. Decerto peneiraste o assunto pelo segundo crivo, o da bondade. Ainda que não seja real o que julgas saber, será, pelo menos, bom o que me queres contar?

Hesitando, o homem replicou:

- Isso não!... Muito pelo contrário...

Ah! – tornou o sábio – então recorramos ao terceiro crivo, o da utilidade, e notemos o proveito do que tanto te aflige.

- Útil! – aduziu o visitante ainda agitado. – Útil não é...

- Bem, rematou o filósofo num sorriso, se o que tens a confiar não é verdadeiro, nem bom e nem útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que nada valem casos sem edificações para nós...

Aí esta, meu amigo, a lição de Sócrates, em questões de maledicência...

 

Página recebida pelo médium Chico Xavier, extraído do livro “Aulas da Vida”.

 

Texto retirado do livro “A luz dissipa as trevas”

de Paulo Daltro de Oliveira

Páginas 79 e 80




 

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