HOMENAGEM AO
IMPERADOR
Por ocasião de uma viagem ao
estado do Paraná, D. Pedro II foi hospedado na cidade da Lapa, por um fazendeiro
rude, David dos Santos Pacheco, mas trabalhador e leal, em 31 de maio de 1880.
Sem maiores cerimônias, ofereceu um
almoço ao monarca, e disse-lhe assim:
- Senhor Imperador! Eu podia ter feito mais alguma coisa. Podia ter
matado mais uma vitela, mais um peru. Mas preferi assinalar de outro modo a
vossa passagem por esta terra, e a honra de vir a esta casa: libertei todos os
meus escravos, cerca de setenta, e peço a Vossa Majestade o favor de lhes
entregar as cartas de liberdade!
Ao voltar à corte, o soberano
recebeu do Ministro do Império, os decretos que identificavam as pessoas que o
haviam homenageado durante sua excursão, e notou que para aquele fazendeiro
paranaense havia sido guardado o título da Ordem da Rosa.
- Isto é pouco para este homem, – declarou o Imperador – faça-o Barão!
- Mas, Majestade, – questionou o ministro – ele é quase analfabeto.
Pedro II fitou-o e respondeu:
- Não será o primeiro! Este fazendeiro é um homem muito digno, e tem
este merecimento. Mande-me o decreto fazendo-o Barão dos Campos Gerais.
A História do Brasil nos traz
esta passagem, que revela aos homens a melhor maneira de se homenagear seu
Criador, Seu Soberano: fazer o bem.
Deus não deseja homenagens
vistosas, não deseja cerimoniais luxuosos, sacrifícios humanos. A forma mais
bela de reconhecer Sua grandeza, de mostrar como somos gratos por tudo o que
somos, por tudo que temos, está no amor a Suas criaturas, Seus filhos.
O fazendeiro da história libertou
seus escravos; e nós podemos, quem sabe, dar liberdade a quem amamos,
procurando erradicar de nossas vidas o ciúme.
Ou, também, doarmo-nos um pouco mais
a quem precisa, concedendo alguns instantes de atenção a quem está ao nosso
redor, procurando ouvir mais, procurando guardar um tempo em nossos dias
atribulados para perguntar: “Como vai
você?” e, esperar pela resposta, realmente desejando saber como vai aquela
outra vida, aquele próximo.
Não há homenagem mais bela a Deus
do que praticar a lei maior do Universo, a
Lei do Amor.
Amando a criatura estaremos
amando seu Criador.
* * *
Admirar, sentir, respeitar a
Natureza é uma das formas de contemplação a Deus.
Procure, nos primeiros instantes do
dia, quando seus pulmões encontrarem os primeiros ares da manhã, fazer uma
prece, agradecendo pela vida, por mais um dia, pelo espetáculo belíssimo das obras
de Deus a inspirarem nossos corações, concedendo-lhes a certeza plena de que
estamos protegidos, e de que fazemos parte de um Universo perfeito.
Momento Espírita,
baseado em Chico Xavier,
D. Pedro II e o Brasil,
de Walter José Fae.
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