Tema: A VINGANÇA – RETRIBUIR O
MAL COM O BEM
Data: 11.09.2021
Para 1º e 2º Ciclos de Infância
Elaborada por Marita
Mídias
As mídias utilizadas nas imagens foram retiradas do Google e pertencem aos seus respectivos autores. Isento-me de qualquer direito autoral. Não tenho qualquer tipo de lucro monetário, usando o material apenas para a prática didática da Evangelização Espírita Cristã.
Apenas as imagens da história foram feitas por mim, as quais podem ser copiadas.
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OBJETIVO: A Doutrina Espírita nos ensina
que a vingança só desaparecerá da Terra, quando o homem, usando recursos do
Evangelho e da prece se esforçar para perdoar. ... O perdão liberta o agressor
e restaura a alegria de viver, e a vingança nada mais é do que o atraso moral o
espírito, já que é a manifestação de um coração rancoroso.
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INCENTIVO INICIAL: neste vídeo podemos mostrar às
crianças que o mal que hoje recebemos pode ser a ferramenta que Deus nos dá
para sermos melhores, para nos incentivar a sempre praticar o bem, a
transformar todas as oportunidades em benefícios os quais seremos os primeiros
a receber.
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CONTEÚDO TEÓRICO: significado: ação de se
vingar, de causar dano físico, moral ou prejuízo a alguém para reparar uma
ofensa, um dano ou uma afronta causada por essa pessoa; ato retaliativo contra
quem seria o causador de uma ofensa ou de um prejuízo; qualquer tipo de
punição, castigo; tudo o que pode castigar ou causar sofrimento: a prisão foi
uma vingança por seus crimes.
Em “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo XII item 9, temos a seguinte
abordagem:
A
vingança é um costume muito antigo que tende a desaparecer de nossa sociedade.
É, como o duelo, um hábito selvagem, que já não é mais permitido nas sociedades
organizadas.
Na Antiguidade o
princípio da justiça era entendido pela expressão "olho por olho, dente
por dente": a lei de talião (ou lei de retaliação), criada na Mesopotâmia.
Esta lei exigia
que o agressor fosse punido em igual medida do sofrimento que ele tivesse
causado. A lei de talião foi encontrada em muitos códigos de leis antigas. Ela
pode ser encontrada nos livros do Antigo Testamento da Bíblia em Êxodo,
Levítico e Deuteronômio. Mas, originalmente, a lei aparece no código babilônico
de Hamurabi (datado de 1.770 antes de Cristo), que antecede os livros de
direito judeus por centenas de anos.
Com a vinda de Jesus, a
vingança passou a ser vista como atraso espiritual dos homens, pois Ele ensinou
que devemos “oferecer a outra face”,
isto é, retribuir todo o mal que recebemos com um bem. Dar a outra face é
ensinar pelo exemplo, fazendo o contrário daquilo que ela nos fez. Exemplo:
Alguém grita conosco, é grosseiro e injusto; em resposta, podemos falar baixo
com a pessoa, tratá-la com educação e respeito. Pode ser que, vendo nossa forma
de agir, a pessoa agressora sinta vontade de se modificar.
Vingar-se
é contrário àquela prescrição do Cristo: “Perdoai
aos vossos inimigos”.
A
vingança é uma inspiração muito triste, tendo por companheiras assíduas a
falsidade e a baixeza.
E
todas as vezes que alguém quer se vingar, quase nunca se vinga a céu aberto. Assume
aparência hipócrita, ocultando no fundo do coração os maus sentimentos que o movem.
Toma caminhos ocultos, segue na sombra daquele que considera seu inimigo, que
de nada desconfia, e espera o momento certo para feri-lo. Esconde-se do outro, espiona-o
continuamente, prepara-lhe armadilhas e, no momento certo, derrama-lhe no copo
o veneno.
Quando
seu ódio não chega ao extremo, ataca-o então na honra e nas afeições; não recua
diante da calúnia, em traiçoeiras insinuações, habilmente espalhadas a todos os
ventos...
Em
consequência, quando o perseguido se apresenta nos lugares por onde passou o
sopro do perseguidor, espanta-se de dar com semblantes desconfiados, em vez de
fisionomias amigas e benevolentes que outrora o acolhiam.
Fica
espantado quando mãos que se lhe estendiam, agora se recusam a apertar as suas.
Enfim,
sente-se aniquilado, ao verificar que os seus mais caros amigos e parentes se
afastam e o evitam.
Ah! o
covarde que se vinga assim é cem vezes mais culpado do que o que enfrenta aquele
que considera seu inimigo e o insulta em plena face.
Hoje as pessoas usam as redes sociais para se
vingarem e praticar o mal a outras pessoas, principalmente com comentários
maldosos.
Todo
espírita que ainda hoje pretendesse ter o direito de vingar-se seria indigno de
figurar por mais tempo na falange que tem como divisa: Sem caridade não há salvação!
(Júlio Olivier. Paris, 1862.)
Deus
não coloca ninguém no mundo para ser instrumento de sofrimentos para outra
pessoa. A Lei Divina é infinitamente sábia e tem todas as formas de fazer com
que uma pessoa repare o mal que fez a alguém ou alguma coisa.
FIXAÇÃO: contar a história: “A arma infalível” com as gravuras.
A arma infalível
Certo dia, um homem revoltado e
com muito ódio, escreveu uma carta malcriada e mandou para o chefe da oficina
que o havia despedido.
Era uma
carta com ameaças cruéis. Quando o diretor do serviço leu as frases que
expressavam ódio, guardou no próprio coração, e ficou furioso sem saber por
quê. Encontrou, quase de imediato, o subchefe da oficina e, a pretexto de ver
uma peça quebrada, jogou sobre ele a bomba mental que trazia consigo.
Foi a vez
de o subchefe ficar nervoso. Guardou o sentimento de raiva, ficando aborrecido
por várias horas e, na hora do almoço, ao invés de comer, descarregou na esposa
o perigoso veneno. Só por causa de um sapato mal engraxado, disse dezenas de
palavras feias; sentiu-se aliviado e a mulher passou a sentir uma má sensação,
em forma de raiva sem saber por quê. Repentinamente transtornada, se aproximou
da empregada que fazia o serviço de calçados e desabafou com palavras ásperas,
ferindo o coração da menina.
Agora, era
uma pobre menina que tinha o sentimento ruim. Não podendo despejar nos pratos e
xícaras ao alcance de suas mãos, chegou perto do velho cão, dorminhoco e
paciente, e lhe deu um pontapé.
O animal
gritou, disparou e, mordeu a primeira pessoa que encontrou na rua.
Era a
esposa de um vizinho que, ferida na coxa, ficou enfurecida. Em gritaria
desesperada, foi levada até a farmácia; mas, transferiu ao enfermeiro que a
socorria todo aquele sentimento de raiva.
O rapaz
muito prestativo, de calmo que era, se transformou em fera verdadeira. Revidou
o tratamento com palavras ásperas e saiu, alucinado, para casa, onde a devotada
mãezinha o esperava para a refeição da tarde. Chegou e descarregou sobre ela
toda a ira de que era portador.
- Estou
farto! – gritou – a senhora é culpada dos aborrecimentos que me perseguem! Não
suporto mais esta vida infeliz! Fuja da minha frente!...
Disse
nomes terríveis. Blasfemou. Gritou, colérico, qual louco.
A mãezinha,
porém, longe de se aborrecer, segurou em suas mãos e disse com naturalidade e
carinho:
- Venha
cá, meu filho! Você está cansado e doente! Sei a extensão de seus sacrifícios
por mim e reconheço que tem razão para lamentar. Mas, tenhamos bom ânimo!
Lembremos de Jesus!... Tudo passa na Terra. Não esqueçamos do amor que o Mestre
nos deixou...
Abraçou-o,
comovida, e afagou seus cabelos!
O filho
observou seus olhos serenos e reconheceu que havia no carinho materno tanto
perdão e tanto entendimento que começou a chorar, pedindo desculpas.
Houve
então entre os dois uma explosão de alegrias. Jantaram felizes e oraram em
sinal de reconhecimento a Deus.
A projeção
destrutiva do ódio morrera, afinal, ali, dentro do lar humilde, diante da força
infalível e sublime do amor.
Espírito Neio Lúcio.
Alvorada Cristã.
Psicografado por Chico
Xavier
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