Tema: PEDI E
OBTEREIS – A PRECE
Data: 25.09.2021
Para 1º e 2º Ciclos de
Infância
Elaborada por Marita
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pertencem aos seus respectivos autores. Isento-me de qualquer direito autoral.
Não tenho qualquer tipo de lucro monetário, usando o material apenas para a
prática didática da Evangelização Espírita Cristã.
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OBJETIVO:
desenvolver nas crianças o hábito de conversar com Deus, que está em toda
parte, inclusive dentro de nós. As crianças deverão identificar na prece um
meio de comunicação entre nós e Deus, através do Fluido Universal, que é o
veículo do pensamento, como o ar o é do som. A prece é a única forma de
comunicação com Deus.
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INCENTIVO INICIAL:
Mostrar o vídeo para as crianças, explicando que embora os homens já orassem em
todas as civilizações e tempos, Jesus ensinou que Deus é Nosso Pai Maior e
exemplificou todas as qualidades que uma pessoa deve ter.
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CONTEÚDO TEÓRICO:
A prece é um ato de adoração.
Orar a Deus é pensar nEle; é aproximar-se dEle; é pôr-se em comunicação com
Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e
agradecer.
Estudando O Evangelho Segundo o
Espiritismo – Cap. XXVII:
Seja o que for que peçais na
prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes. (Marcos, 11:24.)
Existem pessoas que falam que não
precisamos pedir nada a Deus, pois Ele conhece nossas necessidades. Também
dizem que existem Leis Eternas, que não podem mudar os decretos Divinos.
Sem dúvida alguma, há leis
naturais e imutáveis que não podem ser mudadas ao capricho de cada um; mas, daí
a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade,
vai grande distância.
Se assim fosse, a Humanidade
seria um brinquedo nas mãos de seu Criador, sem livre-arbítrio e sem
iniciativa. Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a cabeça diante dos
acontecimentos, sem pensar em evitá-los; não lutaria por sua vida como num
momento de desviar de um raio.
Possível é, portanto, que Deus atenda a certos
pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto.
Desta máxima: “Concedido
vos será o que quer que pedirdes pela prece”, fora ilógico deduzir que
basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda
súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para
nosso bem. É como um pai responsável que recusa ao filho o que seja contrário
aos seus interesses. Em geral, o homem apenas vê o presente; porém, se o
sofrimento é de utilidade para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer,
como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe
trará a cura.
O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a
coragem, a paciência, a resignação, meios de encontrar em si mesmo o caminho pra sair das dificuldades,
ideias que farão lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o
mérito da ação. Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com
esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu te
ajudará”; não ajuda os que esperam um socorro estranho, sem fazer uso de
suas próprias capacidades que possui, pois muitas vezes, o homem quer é ser
socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço.
Exemplo:
Um homem se acha perdido no deserto com muita sede. Desfalecido, cai por terra.
Pede ajuda a Deus, e espera. Nenhum anjo lhe virá dar de beber. Contudo, um bom
Espírito lhe sugere a ideia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem
diante de si. Por um movimento maquinal, reunindo todas as forças que lhe
restam, ele se ergue, caminha e descobre ao longe um regato. Ao divisá-lo,
ganha coragem. Se tiver fé, exclamará: “Obrigado, meu Deus, pela ideia que me
inspiraste e pela força que me deste.” Se lhe falta a fé, exclamará: “Que boa
ideia tive! Que sorte a minha de tomar o caminho da direita, em vez do da
esquerda! Quanto me felicito pela minha coragem e por não me ter deixado
abater!” Por que o bom Espírito não lhe disse claramente o melhor caminho? - Porque
assim ele não lhe ferira a vontade e nenhum mérito teria.
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Quer Deus que seja assim, para que tenhamos a
responsabilidade dos nossos atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal.
Atendendo ao pedido que fazemos, Deus muitas vezes
objetiva recompensar a nossa intenção, nosso devotamento e a nossa fé.
Está no pensamento o poder da prece, não dependendo
de palavras, do lugar, nem do momento em que seja feita.
Deus vê o que se passa no fundo de nossos corações;
lê nosso pensamento e percebe nossa sinceridade.
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Jesus definiu claramente as
qualidades da prece. Quando orardes, diz ele, não vos ponhais em evidência;
antes, orai em secreto. Não é
necessário orar muito, pois não é pelo número palavras que seremos escutados,
mas pela sinceridade delas. Antes de orar, se tivermos qualquer coisa contra
alguém, perdoemos, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não partir
de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. Oremos com
humildade, e não com orgulho. Examinemos nossos defeitos, não as nossas
qualidades e, se nos compararmos aos outros, procuremos o que há em nós de mau.
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Curiosidade:
O costume de rezar ajoelhado e com as mãos unidas tem origem
na época das conquistas romanas. Os derrotados nas lutas corriam em direção aos
vitoriosos, ajoelhavam-se e escondiam as mãos pedindo para serem acorrentados.
Essa atitude de súplica difundiu-se na Era Cristã. Cristo era
tido como o conquistador divino de todos os povos, e os fiéis repetiam a
atitude de humildade dos vencidos na hora de rezar.
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Quem canta seus males espanta. Música faz bem ao coração.
Contar a história de Abubaquer com as gravuras.
A HISTÓRIA DE ABUBAQUER
Tudo aconteceu na época da 2ª Guerra Mundial. Exércitos inimigos invadiam as aldeias na
Índia.
Casas eram destruídas, pessoas morriam e famílias inteiras
ficavam separadas. Abubaquer era filho único, amava seus pais.
Ele não queria imaginar que essa tragédia pudesse acontecer a ele. Ficar longe do pai? Nem
pensar!
Todos os dias Abubaquer chegava da escola, almoçava com a
mamãe, fazia o seu dever de casa e
passava o resto da tarde na mercearia do pai.
O pai vendia pão, leite, frutas, cereais, brinquedos feitos
em madeira e pipas. Abubaquer ajudava o
pai nas vendas.
Ele ficava ansioso, olhando para o relógio, pois às 17 horas
em ponto, o pai fechava a mercearia e os dois subiam uma montanha para soltar
pipa.
Abubaquer ficava tão feliz,
ficar bem pertinho do papai era tudo o que ele queria.
Em certas ocasiões, o papai dizia:
- Hoje não vai dar para brincar, soltar pipa. Eu tenho que
pintar a cerca.
Abubaquer dizia:
- Não tem importância, papai, eu só quero ficar pertinho de
você, eu posso até mesmo lhe ajudar!
Estar bem junto do papai era tudo o que Abubaquer queria.
Num certo dia, porém, Abubaquer almoçava com a mamãe, o pai estava saindo para ir à mercearia,
quando ouviram os gritos dos vizinhos:
- Fujam! Fujam! Soldados inimigos estão aí! Fujam!
Era tarde demais! O papai foi capturado. Um soldado enorme o
agarrou e o levou.
Abubaquer e a mamãe conseguiram fugir junto com outros
vizinhos. Correram muito, foram o mais rápido que puderam...
O tempo passava lentamente. A mamãe conseguiu se estabelecer
em uma nova aldeia. Ela conseguiu trabalho, conseguiu uma casinha para morar,
uma nova escola para Abubaquer.
Mas ele não queria reagir, não comia, não brincava com os
novos amigos, não queria ir à escola...
Abubaquer só pensava no papai e no dia me que pudesse
encontrá-lo novamente.
A mãe de Abubaquer estava muito preocupada, ela dizia:
- Abubaquer, você precisa reagir, sair dessa tristeza.
Comer, brincar, ir à escola. Quem sabe, um dia, a gente
encontra o papai.
- A mamãe tem razão! Eu preciso reagir! - pensou Abubaquer.
Ele decidiu ir à escola. Quando voltou, enquanto passava
diante de uma casa, Abubaquer percebeu
que algumas crianças estavam de joelhos, com as mãos postas, conversando
com alguém. Elas estavam de olhos fechados e Abubaquer não entendia com quem elas falavam,
pois ele não via ninguém por perto. Ele ficou muito curioso, queria saber com
quem as crianças falavam! Abubaquer esperou.
Quando um dos meninos saiu, Abubaquer perguntou:
- Ei, amigo! Com quem vocês estavam falando? Eu fiquei tão
curioso, quis ficar aqui esperando, só para perguntar.
O menino parou, olhou atentamente para Abubaquer e lhe
perguntou:
- Abubaquer, você já ouviu falar de Jesus?
- Eu, não, quem é "Ele"?
- Ele é o único e perfeito filho de Deus, que veio do céu,
nasceu como um nenê para morrer numa cruz e ser o nosso Salvador. Ele venceu a
morte e ressuscitou para nos dar vida, vida eterna, que dura para sempre. Ele é tão poderoso,
Abubaquer, que Ele faz existir as coisas que não existem (Romanos 4:17). Deus
criou tudo o que há apenas falando.
Abubaquer ficou tão impressionado, ele não conhecia nada
sobre Deus, sobre Jesus... Ele pediu a
Jesus que perdoasse os seus pecados.
Abubaquer se despediu do menino e foi embora.
No caminho, ele entrou numa venda, comprou uma pipa e
escreveu nela um recadinho assim:
- Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, o meu pai também se
chama Abubaquer, eu moro na Aldeia da Montanha.
Por favor, Deus, traz o meu papai pra casa. Abubaquer subiu
na montanha mais alta e soltou a pipa.
Ele deu toda linha que ele tinha. A pipa chegou bem pertinho
das nuvens. Abubaquer pensou:
Agora sim, Deus já leu o meu recadinho, a pipa chegou lá bem
pertinho d'Ele!
De repente, a linha da pipa arrebentou e ela foi embora,
caindo... Abubaquer pensou:
- Não tem problema, Deus já leu mesmo! Eu vou para casa
esperar o papai chegar.
Em outra cidade, numa estação de trem, um homem esperava
ansioso que os passageiros descessem.
Era o pai de Abubaquer. Ele tinha esperança que
Abubaquer e a mamãe descobrissem onde
ele estava e fossem ao seu encontro. Ele ia todos os dias à estação e esperava
a chegada do trem. Ele sempre ficava decepcionado.
Nesse dia, porém, ele percebeu que havia uma pipa presa no
alto do último vagão. Ele se lembrou
de Abubaquer, era a brincadeira predileta do filho. Ele
correu até o trem, retirou a pipa e, para sua surpresa, leu:
- Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, o meu pai também se
chama Abubaquer, eu moro na Aldeia da Montanha.
Por favor, Deus, traz o meu papai pra casa.
Quando o pai leu aquele bilhete, pulou de alegria! Aldeia da Montanha é para lá que eu preciso
ir.
O papai entrou na estação e foi rapidamente para a Aldeia da
Montanha. Quando ele desceu do trem,
entrou numa mercearia e perguntou ao dono:
- O senhor conhece um menino chamado Abubaquer?
As aldeias eram bem pequenas, todos se conheciam. O homem
respondeu:
- Conheço, sim. Ele mora na rua de cima, na terceira casa à
direita.
O papai encontrou a casa, bateu na porta e Abubaquer veio
atender.
Quando ele viu o pai, gritou: - Papai! Papai! Deus existe de
verdade!
Ele trouxe você de volta pra casa. O pai abraçou Abubaquer,
abraçou a mamãe.
Ele queria saber sobre "Deus", que é Todo
Poderoso, que faz existir o que não
existe.
O Deus que faz uma pipa voar quilômetros, só para que um pai reencontre a sua família.
ATIVIDADE:
Montar um relógio, marcando tudo o que a criança faz durante o dia, com
instruções dela. Verificar se a criança anotou em algum lugar o momento da
prece, seja para agradecer, pedir ou louvar.
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