sexta-feira, 24 de setembro de 2021

PEDI E OBTEREIS - A PRECE

 

Tema: PEDI E OBTEREIS – A PRECE

Data: 25.09.2021

Para 1º e 2º Ciclos de Infância

Elaborada por Marita

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 Mídias 

As mídias utilizadas nas imagens foram retiradas do Google e pertencem aos seus respectivos autores. Isento-me de qualquer direito autoral. Não tenho qualquer tipo de lucro monetário, usando o material apenas para a prática didática da Evangelização Espírita Cristã.

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OBJETIVO: desenvolver nas crianças o hábito de conversar com Deus, que está em toda parte, inclusive dentro de nós. As crianças deverão identificar na prece um meio de comunicação entre nós e Deus, através do Fluido Universal, que é o veículo do pensamento, como o ar o é do som. A prece é a única forma de comunicação com Deus.

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INCENTIVO INICIAL: Mostrar o vídeo para as crianças, explicando que embora os homens já orassem em todas as civilizações e tempos, Jesus ensinou que Deus é Nosso Pai Maior e exemplificou todas as qualidades que uma pessoa deve ter.



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CONTEÚDO TEÓRICO:

A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nEle; é aproximar-se dEle; é pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e agradecer.

Estudando O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XXVII:

Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes. (Marcos, 11:24.)

Existem pessoas que falam que não precisamos pedir nada a Deus, pois Ele conhece nossas necessidades. Também dizem que existem Leis Eternas, que não podem mudar os decretos Divinos.

Sem dúvida alguma, há leis naturais e imutáveis que não podem ser mudadas ao capricho de cada um; mas, daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância.

Se assim fosse, a Humanidade seria um brinquedo nas mãos de seu Criador, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a cabeça diante dos acontecimentos, sem pensar em evitá-los; não lutaria por sua vida como num momento de desviar de um raio.

Possível é, portanto, que Deus atenda a certos pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto.

Desta máxima: “Concedido vos será o que quer que pedirdes pela prece”, fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem. É como um pai responsável que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. Em geral, o homem apenas vê o presente; porém, se o sofrimento é de utilidade para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.

O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem, a paciência, a resignação, meios de encontrar em si mesmo o caminho pra sair das dificuldades, ideias que farão lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação. Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”; não ajuda os que esperam um socorro estranho, sem fazer uso de suas próprias capacidades que possui, pois muitas vezes, o homem quer é ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço.

Exemplo: Um homem se acha perdido no deserto com muita sede. Desfalecido, cai por terra. Pede ajuda a Deus, e espera. Nenhum anjo lhe virá dar de beber. Contudo, um bom Espírito lhe sugere a ideia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem diante de si. Por um movimento maquinal, reunindo todas as forças que lhe restam, ele se ergue, caminha e descobre ao longe um regato. Ao divisá-lo, ganha coragem. Se tiver fé, exclamará: “Obrigado, meu Deus, pela ideia que me inspiraste e pela força que me deste.” Se lhe falta a fé, exclamará: “Que boa ideia tive! Que sorte a minha de tomar o caminho da direita, em vez do da esquerda! Quanto me felicito pela minha coragem e por não me ter deixado abater!” Por que o bom Espírito não lhe disse claramente o melhor caminho? - Porque assim ele não lhe ferira a vontade e nenhum mérito teria.

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Quer Deus que seja assim, para que tenhamos a responsabilidade dos nossos atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal.

Atendendo ao pedido que fazemos, Deus muitas vezes objetiva recompensar a nossa intenção, nosso devotamento e a nossa fé.

Está no pensamento o poder da prece, não dependendo de palavras, do lugar, nem do momento em que seja feita.

Deus vê o que se passa no fundo de nossos corações; lê nosso pensamento e percebe nossa sinceridade.

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Jesus definiu claramente as qualidades da prece. Quando orardes, diz ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não é necessário orar muito, pois não é pelo número palavras que seremos escutados, mas pela sinceridade delas. Antes de orar, se tivermos qualquer coisa contra alguém, perdoemos, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não partir de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. Oremos com humildade, e não com orgulho. Examinemos nossos defeitos, não as nossas qualidades e, se nos compararmos aos outros, procuremos o que há em nós de mau.

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Curiosidade:

O costume de rezar ajoelhado e com as mãos unidas tem origem na época das conquistas romanas. Os derrotados nas lutas corriam em direção aos vitoriosos, ajoelhavam-se e escondiam as mãos pedindo para serem acorrentados.

Essa atitude de súplica difundiu-se na Era Cristã. Cristo era tido como o conquistador divino de todos os povos, e os fiéis repetiam a atitude de humildade dos vencidos na hora de rezar.

 

























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FIXAÇÃO: Música:


Quem canta seus males espanta. Música faz bem ao coração.

Contar a história de Abubaquer com as gravuras.

A HISTÓRIA DE ABUBAQUER

 

Tudo aconteceu na época da 2ª Guerra Mundial.  Exércitos inimigos invadiam as aldeias na Índia.

Casas eram destruídas, pessoas morriam e famílias inteiras ficavam separadas. Abubaquer era filho único, amava seus pais.

Ele não queria imaginar que essa tragédia pudesse  acontecer a ele. Ficar longe do pai? Nem pensar!

Todos os dias Abubaquer chegava da escola, almoçava com a mamãe,  fazia o seu dever de casa e passava o resto da tarde na mercearia do pai.

O pai vendia pão, leite, frutas, cereais, brinquedos feitos em  madeira e pipas. Abubaquer ajudava o pai nas vendas.

Ele ficava ansioso, olhando para o relógio, pois às 17 horas em ponto, o pai fechava a mercearia e os dois subiam uma montanha para soltar pipa.

Abubaquer ficava tão feliz,  ficar bem pertinho do papai era tudo o que ele queria.

Em certas ocasiões, o papai dizia:

- Hoje não vai dar para brincar, soltar pipa. Eu tenho que pintar a cerca.

Abubaquer dizia:

- Não tem importância, papai, eu só quero ficar pertinho de você, eu posso até mesmo lhe ajudar!

Estar bem junto do papai era tudo o que Abubaquer queria.

Num certo dia, porém, Abubaquer almoçava com a mamãe,  o pai estava saindo para ir à mercearia, quando ouviram os gritos dos vizinhos:

- Fujam! Fujam! Soldados inimigos estão aí! Fujam!

Era tarde demais! O papai foi capturado. Um soldado enorme o agarrou e o levou.

Abubaquer e a mamãe conseguiram fugir junto com outros vizinhos. Correram muito, foram o mais rápido que puderam...

O tempo passava lentamente. A mamãe conseguiu se estabelecer em uma nova aldeia. Ela conseguiu trabalho, conseguiu uma casinha para morar, uma nova escola para Abubaquer.

Mas ele não queria reagir, não comia, não brincava com os novos amigos, não queria ir à escola...

Abubaquer só pensava no papai e no dia me que pudesse encontrá-lo novamente.

A mãe de Abubaquer estava muito preocupada, ela dizia:

- Abubaquer, você precisa reagir, sair dessa tristeza.

Comer, brincar, ir à escola. Quem sabe, um dia, a gente encontra o papai.

- A mamãe tem razão! Eu preciso reagir! - pensou Abubaquer.

Ele decidiu ir à escola. Quando voltou, enquanto passava diante de uma casa, Abubaquer percebeu  que algumas crianças estavam de joelhos, com as mãos postas, conversando com alguém. Elas estavam de olhos fechados e  Abubaquer não entendia com quem elas falavam, pois ele não via ninguém por perto. Ele ficou muito curioso, queria saber com quem as crianças falavam! Abubaquer esperou.  Quando um dos meninos saiu, Abubaquer perguntou:

- Ei, amigo! Com quem vocês estavam falando? Eu fiquei tão curioso, quis ficar aqui esperando, só para perguntar.

O menino parou, olhou atentamente para Abubaquer e lhe perguntou:

- Abubaquer, você já ouviu falar de Jesus?

- Eu, não, quem é "Ele"?

- Ele é o único e perfeito filho de Deus, que veio do céu, nasceu como um nenê para morrer numa cruz e ser o nosso Salvador. Ele venceu a morte e ressuscitou para nos dar vida, vida eterna,  que dura para sempre. Ele é tão poderoso, Abubaquer, que Ele faz existir as coisas que não existem (Romanos 4:17). Deus criou tudo o que há apenas falando.

Abubaquer ficou tão impressionado, ele não conhecia nada sobre Deus,  sobre Jesus... Ele pediu a Jesus que perdoasse os seus pecados.

Abubaquer se despediu do menino e foi embora.

No caminho, ele entrou numa venda, comprou uma pipa e escreveu nela um recadinho assim:

- Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, o meu pai também se chama Abubaquer, eu moro na Aldeia da Montanha.

Por favor, Deus, traz o meu papai pra casa. Abubaquer subiu na montanha mais alta e soltou a pipa.

Ele deu toda linha que ele tinha. A pipa chegou bem pertinho das nuvens. Abubaquer pensou:

Agora sim, Deus já leu o meu recadinho, a pipa chegou lá bem pertinho d'Ele!

De repente, a linha da pipa arrebentou e ela foi embora, caindo... Abubaquer pensou:

- Não tem problema, Deus já leu mesmo! Eu vou para casa esperar o papai chegar.

Em outra cidade, numa estação de trem, um homem esperava ansioso que os passageiros descessem.

Era o pai de Abubaquer. Ele tinha esperança que Abubaquer  e a mamãe descobrissem onde ele estava e fossem ao seu encontro. Ele ia todos os dias à estação e esperava a chegada do trem. Ele sempre ficava decepcionado.

Nesse dia, porém, ele percebeu que havia uma pipa presa no alto do último vagão. Ele se lembrou

de Abubaquer, era a brincadeira predileta do filho. Ele correu até o trem, retirou a pipa e, para sua surpresa, leu:

- Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, o meu pai também se chama Abubaquer, eu moro na Aldeia da Montanha.

Por favor, Deus, traz o meu papai pra casa.

Quando o pai leu aquele bilhete, pulou de alegria!  Aldeia da Montanha é para lá que eu preciso ir.

O papai entrou na estação e foi rapidamente para a Aldeia da Montanha.  Quando ele desceu do trem, entrou numa mercearia e perguntou ao dono:

- O senhor conhece um menino chamado Abubaquer?

As aldeias eram bem pequenas, todos se conheciam. O homem respondeu:

- Conheço, sim. Ele mora na rua de cima, na terceira casa à direita.

O papai encontrou a casa, bateu na porta e Abubaquer veio atender.

Quando ele viu o pai, gritou: - Papai! Papai! Deus existe de verdade!

Ele trouxe você de volta pra casa. O pai abraçou Abubaquer, abraçou a mamãe.

Ele queria saber sobre "Deus", que é Todo Poderoso,  que faz existir o que não existe.

O Deus que faz uma pipa voar quilômetros,  só para que um pai reencontre a sua família.

 

 









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ATIVIDADE: Montar um relógio, marcando tudo o que a criança faz durante o dia, com instruções dela. Verificar se a criança anotou em algum lugar o momento da prece, seja para agradecer, pedir ou louvar.









 

 

 


















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