sábado, 31 de dezembro de 2011

Parábola das Dez Virgens

A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS

            “O reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
                E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
                As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
                Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
                E, tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram.
                Mas, à meia-noite, ouviu-se um clamor: - Aí vem o esposo, sai-lhe ao seu encontro.
                Então todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas.
                E as loucas disseram às prudentes: - Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
                Mas as prudentes responderam, dizendo: - Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
                E, tendo ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas  entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
                E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: - Senhor, Senhor, abra-nos.
                E ele respondendo, disse: - Em verdade vos digo, que não vos conheço.
                Vigiai pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.”
                                                                                              (Mateus: cap. 25, v. 1-13)


            Esta magnífica parábola emanada dos lábios de Jesus, objetiva concitar-nos à prática de obras boas e dignas, que venham a ajudar-nos quando, no limiar do túmulo, tivermos que nos defrontar com os problemas inerentes ao processo de enquadramento das nossas almas nos múltiplos planos espirituais, que formam as imensas moradas dos Espíritos.
            Milhões de criaturas passam pela Terra completamente despreocupadas no tocante à necessidade de acumular um tesouro no Céu, preferindo perderem-se nos labirintos do orgulho, do ódio, da avareza e do egoísmo. Outros tantos milhões enveredaram e ainda há os que seguem pelo caminho do crime e dos vícios. Outros ainda não conseguem edificar qualquer coisa de útil no aprendizado comum – não praticando o mal, mas também deixando de fazer qualquer bem.
           

            As virgens prudentes, da parábola, simbolizam aqueles que se compenetram da seriedade da vida terrena, guardando os ensinamentos evangélicos em seus corações e pautando seus atos dentro da mais irrestrita moral, adornando-os com a prática de atos virtuosos e nobilitantes.
            Estes levam quantidade suficiente do combustível do amor, o que lhes dará possibilidades infindas de se integrarem na comunidade dos Espíritos Bons, que habitam as elevadas esferas da Espiritualidade Sublime, quando tiverem vencido as etapas de provações impostas pelas leis eternas do Pai, provações essas indispensáveis para que possamos nos tornar seres sábios, inteligentes e bons, virtudes que caracterizam as almas eleitas que já atingiram o Mundo Maior.
           

            As virgens imprudentes significam simbolicamente, aqueles que passam pela Terra sem terem praticado coisas edificantes, ou sem terem amealhado as aquisições dignas, as quais iluminam as almas no roteiro das vidas sucessivas.
            São os que se chafurdam nos interesses mesquinhos da vida material, esquecidos dos seus deveres e fingindo ignorar que, há quase vinte séculos, um grande missionário deu a Sua vida no empenho de legar à Humanidade sofredora um código de luz e de verdade, susceptível de iluminar o roteiro de todas as almas.
            São aqueles, cujas cogitações primárias giram em torno dos seus interesses mais imediatos, preocupados excessivamente com as mesas fartas e com a vida regalada na Terra.
            São os que, encastelados no egoísmo, apenas vêem o seu restrito círculo familiar, pouco se importando com a sorte de milhões e milhões de sofredores que vivem à sua volta.


            As virgens imprudentes não quiseram ter o trabalho de levar o azeite suficiente para a longa caminhada a riram-se das virgens prudentes que, além do combustível do candeeiro, levaram uma reserva. Certamente, é cômodo não ter o trabalho de levar o peso de tanta responsabilidade. A vida humana é bem melhor sem as amarras do dever e sem a necessidade da observância do respeito aos direitos alheios.
            As virgens prudentes, pelo contrário, muniram-se do combustível suficiente para o longo percurso, pois, o Senhor nos afirmou que ninguém sabe quando é chegada a hora. A desencarnação chega inopinadamente, e por isso é imprescindível que nos precatemos contra os imprevistos da hora fatal, acumulando suficiente dotes de virtude – necessários para nos facultar acesso aos planos mais espiritualizados e não teremos que nos reter nos umbrais inferiores, onde o sofrimento é o instrumento de reabilitação.
            Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, dando a todos, as mesmas possibilidades de progresso. Virgens da prática de atos maus, essas criaturas jamais poderão alegar que o Pai cumulou, um mais do que outros, de privilégios ou dons excepcionais. Colocados, entretanto, no roteiro comum da evolução, esses Espíritos escolhem a senda que melhor lhes aprouver: enquanto uns fazem reservas de boas obras, aureolando-se de virtudes edificantes, outros preferem enveredar pelos caminhos obscuros que conduzem à falência e às penosas lutas expiatórias.


            João Batista afirmou no capítulo 3, versículo 29 do Evangelho de João: “Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim pois já este meu gozo está cumprido.” Jesus ( o esposo) uniu-se à Humanidade (sua esposa), e João, o precursor do Mestre  (amigo do esposo), alegrou-se sobremaneira com a Sua presença na Terra.


            Jesus é o esposo da Humanidade. É de encontro a Ele que teremos de caminhar, iluminando o nosso roteiro com as nossas próprias aquisições espirituais. Na parábola, vemos de modo positivo que as virgens prudentes não puderam ceder o azeite para as imprudentes, porque as virtudes do Espírito são intransferíveis, não se transmitem, pois são inerentes a cada um. O acesso aos planos superiores foi encontrado vedado pelas virgens imprudentes que tiveram que voltar à Terra, para, em lutas reencarnatórias soerguerem  os seus Espíritos; e, pela dor e lágrimas, comprarem o azeite suficiente para, em novas caminhadas, não se defrontarem com a mais horrível contingência de não ter as boas obras para lhes facultar o ingresso aos planos mais felizes.

AS MARAVILHOSAS PARÁBOLAS DE JESUS – Paulo Alves Godoy
 


O HOMEM DE BEM


            O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal,  se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
            Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.
            Tem fé no futuro; por isso coloca os bens espirituais acima dos terrenos. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem se queixar.
            O homem compenetrado do sentimento de caridade e do amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa; paga o mal com o bem, defende o fraco contra o forte e sacrifica sempre seu interesse à justiça.
            Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que concede aos aflitos. O seu primeiro movimento é pensar nos outros antes que em si, e acudir aos interesses dos outros primeiros que aos seus. (O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e os prejuízos de qualquer ação generosa).
            É bom, humano e benevolente, para com todos, sem exceção de raças ou de crenças, porque a todos considera irmãos.
            Respeita as convicções sinceras dos outros, e não maldiz os que não pensam como ele.
            Em todas circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.
            Não guarda ódio, nem rancor, nem desejos de vingança. A exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas, e não se lembra  senão de beneficiar, por saber que está perdoado conforme houver perdoado aos outros.
            É indulgente com as fraquezas de outrem, por saber que também precisa dela, lembrando-se das palavras do Cristo quando disse que, aquele que estivesse sem pecado, atirasse a primeira pedra.
            Não se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.
            Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.
            Não busca fazer prevalecer nem o seu espírito, nem os seus talentos em prejuízo de outrem; ao contrário, descobre as ocasiões para fazer sobressair o que excede nos outros.
            Não se envaidece da fortuna, nem de superioridade pessoal, por saber que tudo quanto lhe foi concedido pode ser-lhe retirado.
            Usa mas não abusa dos bens que lhe foram facultados, sabendo que representam um depósito de que terá de prestar contas, e que o emprego mais prejudicial que lhes pode dar, é o de destiná-los à satisfação das suas paixões. Se nas relações sociais alguns homens se encontram na sua dependência, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus. Usa sua autoridade para erguer-lhes a moral, e não para os esmagar com o seu orgulho, e evitar tudo quanto poderia tornar mais penosa a sua posição subalterna.
            O subordinado, de seu lado, compreende os deveres da sua posição, e mantém o escrúpulo em os preencher conscienciosamente.
            O homem de bem, finalmente, respeita nos seus semelhantes todos os direitos concedidos pelas leis da natureza, como quereria que respeitassem os seus.
            Esta não é a relação completa das qualidades que distinguem o homem de bem, mas quem quer que se esforce para possuí-las, estará no caminho que conduz às demais.

            O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Allan Kardec – cap.XVII – 3.

AVISOS DO CAMINHO


A caridade é a virtude
Que, embora vivendo ao léu,
Possui acesso a qualquer
Departamento do Céu.

Se desejas encontrar
A paz em verdade anseias,
Procure não comentar
As desventuras alheias.

Mesmo que chores ao chão
Da prova que te quebranta,
Recorda que, como estejas,
A Mão de Deus te levanta.

Às vezes, para que o homem
Consiga, enfim, ser feliz,
É bastante que na vida
Não faça sempre o que quis.

Por maior a tua luta,
Nunca te sintas sozinho.
Há quem te acompanhe os passos
No silêncio do caminho.

Em nossa casa mental,
Por mais se mantenha alerta,
Obsessor só penetra
Quando encontra a porta aberta.

A obsessão que começa
É qual a gripe manhosa
Que se instala pouco a pouco
E sai muito vagarosa. . .




Se te perdeste na estrada
Do prazer que te aborrece
Reconhecendo os teus erros,
Volta atrás e recomeça.

Almas que chegam da terra,
Anoto todos os dias,
Chorando ao trazer as mãos
Completamente vazias.

A vida não contraria
Esta verdade inconteste:
A Lei de Deus não premia
Quem não se aprova no teste.

Agradece, meu amigo,
A prova que te atordoa.
Só pode viver em paz
Quem as ofensas perdoa.

Se a caridade pudesse
Ser por nós fotografada,
Era a face de Jesus
Sobre a chapa revelada.

Meu amigo, a tua cruz
É a tua bendita escora,
Que te sustenta de pé
Pelos caminhos afora. . .



DOR E LUZ – Eurícledes Formiga –  Carlos Baccelli – Cap. 6
                       

TEMA
INCENTIVO INICIAL
ATIVIDADE
Trabalhar no bem aqui na Terra é trabalhar no bem no plano espiritual.
O contrário é verdadeiro.
Apresentar um coração bem colorido e outro preto.
Desenhar ou levar gravuras de dois meninos: um feliz (ajudou em casa antes de ir para a escola) e outro triste (brigou com o irmão).
Questionar: como está o coração do primeiro e o coração do segundo menino: colorido ou escuro? Por quê?
Cada criança deverá desenhar um coração e escrever nele as coisas erradas que fez. Em outro as coisas boas que já fez e as que pretende fazer. Elas deverão rasgar e jogar fora o coração escuro e levar para casa somente o bonito. (Mas executar somente na hora de ir embora)


         O que Deus colocou no coração de cada um de nós? ( A semente do bem).
         Dêem exemplo do que é o bem: ajudar as pessoas de nossa casa, arrumar nossas coisas, não quebrar nem       estragar nada, dividir com quem não tem nossos pertences (brinquedos, livros, roupas, etc.)
         Se procuramos fazer o bem, essa semente cresce forte, fica bem grande e bonita em nosso coração.
         Se não fazemos o bem, a semente não cresce, fica miúda, fraca...
         Quando morremos, levamos nossas roupas? Nosso corpo? Nossos brinquedos? Carros?
         Só levamos essa semente que pode estar bonita ou não.
         Tem pessoas que ao morrerem e chegarem na cidade espiritual, estão com o coração feio, escuro.
          O que elas faziam aqui na Terra? (Só se preocupavam com elas próprias).
         Elas vão para um lugar onde se trabalha para fazer o bem? (Não, geralmente vão para lugares de pessoas que        não gostam de ajudar).
        Aquelas que chegam com o coração bonito, o que faziam aqui na Terra? (Procuravam ajudar as outras pessoas).
        Como vocês querem chegar lá na cidade dos espíritos, e o que fazer para isso? (Começar desde pequenos a ajudar em casa, na rua, no ônibus, as pessoas...)






D. Filó Sophia comenta as Parábolas de Jesus
 Parábola: As Dez Virgens

D. Filó em visita a maternidade, era puro sorriso e festividade.
Ao ver os rostinhos miúdos que acabavam de chegar ao mundo, tão cheios de esperança e vivacidade.
O que era uma vida inteira para quem naquele momento tinha apenas alguns segundos, o que lhes teria reservado a nova realidade?
Presentes vinham de todos os lados, do avô, do pai e da tia.
E assim poderíamos deduzir que ao chegar em nova encarnação o nosso primeiro presente é mesmo uma Família.
Mas outros e muitos mais, nos são ofertados por Deus, nosso Primeiro Pai.
O Corpo que nos recebe...
O Mundo como  morada...
O Tempo para contar...
O Livre arbítrio para com as escolhas ensinar.
O Efeito de nossas ações para nos limitar.
A Fé para amparar.
A Força e a Inteligência para trabalhar.
Os Irmãos para dividir e compartilhar nossa estrada.
Dez Presentes, para cuidarmos com zelo e consciência.
Como imaculada castidade das moças de tenra idade que prezam pela decência.
Que devem cuidam do seu maior bem com todo respeito e prudência.
A espera de se casar com a certa oportunidade, que pra sempre lhe devotará o  amor e a fidelidade.
Esses dez presentes que ganhamos ao nascer devemos, somente na hora em que a boa oportunidade ao nosso lado passar, fazer deles o melhor uso.
Sem prodigalizar a contento, mas também sem ser avarento,
Como o óleo da candeia, que seja consumido sem abuso, para na hora em que de sua luz precisar, não ser pouco e não faltar.
Se esses presentes soubermos para sempre preservar, a porta jamais vai se fechar, quando o noivo : Felicidade,
Para nós se apresentar.
 
(Paty Bolonha - 2007)
Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Por que o Senhor ficou feliz quando voltou das bodas? (viu o servo, que vigiando, logo foi abrir a porta).
Por que ele se sente tão feliz vendo o seu servo vigiar? (Sabia que ele estava disposto, estava trabalhando)
Como o senhor tratou o servo quando o viu vigiar? (Com respeito, foi servi-lo) 
Devemos respeitar as pessoas que nos auxiliam: o professor na escola, a empregada, o porteiro...
Nós somos servos? (Sim)
Quem é o nosso senhor? (Deus)
Como podemos estar vigiando? (Trabalhando no bem. Fazer o bem aqui na Terra é estar disposto para o trabalho que Jesus nos ensinou).
Por que devemos vigiar? (Nunca sabemos a hora de voltar para a cidade dos Espíritos. Nessa hora teremos que explicar o bem ou o mal que fizemos).

Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Onde eu estava antes de nascer? (Com amigos, numa cidade espiritual)
Por que vivo junto às pessoas da minha família? (Para aprender coisas boas. Ajudar, não brigar, estudar...)
Se errarmos quando estamos aprendendo a escrever, o que a professora faz? (Ensina novamente até que eu aprenda)
Se eu me vestir errado, o que a mamãe faz? (Orienta para que eu acerte na próxima)
Se as pessoas que estão ao meu redor sempre me dão novas oportunidades de aprender, o que Deus faz quando não aprendemos tudo o que seria bom para nós em uma vida? (Dá nova oportunidade através da reencarnação).



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