PRECES DE CRIANÇAS
– Espontaneidade – Pureza – Sinceridade Infantil
O garotinho, estudante, que vinha
sendo ensinado pela mãe criteriosa quanto à importância da oração, “pois que,
através dela, Deus resolve nossos problemas”, rezava naquela noite,
contritamente, ao deitar-se: “... e faça, Senhor, com que Aracaju seja a
capital do Piauí”.
A mãe indagou, espantada:
- Que é isso, menino,
que pedido estranho é esse a Deus?
- É que foi assim que
eu coloquei na prova de hoje, na escola – respondeu o guri.
* * *
Aquele outro menino ouvia a mãe
repetir, diariamente, na prece noturna:
- “ O pão nosso de cada dia dai-nos hoje...”
Um dia, intrigado, indagou:
- Mãe, por que pedir todo dia a mesma coisa? Por que a senhora não pede
logo, o pão da semana toda?
A irmãzinha se antecipa,
retrucando:
- Não seja bobo, Pedrinho. Se Ele der o pão da semana, o pão fica duro!
* * *
A garotinha, decididamente, não
gostava de feijão. A cada refeição era uma luta, tendo os pais que insistir
explicando que aquele, também, era um alimento valioso, que continha elementos
nutritivos importantes para o corpo humano. E a menina comia um pouco, sob protestos.
Um dia, no culto do Evangelho em
família, solicitada a fazer a prece, conforme havia sido ensinada, pronunciou:
- Senhor Deus, agradeço por tudo o que tenho:
meu lar, o papai, a mamãe, meus irmãozinhos... agradeço o alimento de cada dia
que o Senhor nos concede... menos pelo feijão!
Texto retirado do
livro: “A luz dissipa as trevas”
de Paulo Daltro de
Oliveira
Páginas 101 e 102
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