quinta-feira, 4 de abril de 2024

O EFEITO DA CÓLERA - causa e efeito, perdão, enfermidade

 

O EFEITO DA CÓLERA

 

 

Um velho judeu, de alma torturada por pesados remorsos, chegou, certo dia, aos pés de Jesus, e confessou-lhe estranhos pecados.

Valendo-se da autoridade que detinha no passado, havia despojado vários amigos de suas terras e bens, arremessando-os à ruína total e reduzindo-lhes as famílias a doloroso cativeiro. Com maldade premeditada, semeara em muitos corações o desespero, a aflição e a morte.

Achava-se, desse modo, enfermo, aflito e perturbado… Médicos não lhe solucionavam os problemas, cujas raízes se perdiam nos profundos labirintos da consciência dilacerada.

O Mestre Divino, porém, ali mesmo, na casa de Simão Pedro, onde se encontrava, orou pelo doente e, em seguida, lhe disse:

— Vai em paz e não peques mais.

O ancião notou que uma onda de vida nova lhe penetrara o corpo, sentiu-se curado, e saiu, rendendo graças a Deus.

Parecia plenamente feliz, quando, ao atravessar a extensa fila dos sofredores que esperavam pelo Cristo, um pobre mendigo, sem querer, pisou-lhe num dos calos que trazia nos pés.

O enfermo restaurado soltou um grito terrível e atacou o mendigo a bengaladas.

Estabeleceu-se grande tumulto.

Jesus veio à rua apaziguar os ânimos.

Contemplando a vítima em sangue, abeirou-se do ofensor e falou:

— Depois de receberes o perdão, em nome de Deus, para tantas faltas, não pudeste desculpar a ligeira precipitação de um companheiro mais desventurado que tu?

O velho judeu, agora muito pálido, pôs as mãos sobre o peito e bradou para o Cristo:

— Mestre, socorre-me!… Sinto-me desfalecer de novo... Que será isto?

Mas, Jesus apenas respondeu, muito triste:

— Isso, meu irmão, é o ódio e a cólera que outra vez chamaste ao próprio coração.

E, ainda hoje, isso acontece a muitos que, por falta de paciência e de amor, adquirem amargura, perturbação e enfermidade.

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PAI NOSSO 

Chico Xavier / Meimei















 

HISTÓRIA DE JOSÉ - caridade, causa e efeito, desencarnação

 

HISTÓRIA DE JOSÉ

Aparecida Maria Daher

Numa cidadezinha do interior de São Paulo morava um senhor muito simpático chamado José.

Ele andava muito, pois entregava as compras que eram feitas num mercadinho da cidade.


Em sua vida não fez nada que fugisse à vida normal de um homem. Era solteiro, morava sozinho, seus pais haviam morrido e ele era filho único.

Seus tios e primos moravam na capital.

Acreditava na existência de Deus, mas não seguia nenhuma religião, não frequentava nem igreja, templo ou Casa Espírita.

Sempre dizia aos colegas que quando morresse, não sabia o que seria dele, pois não fazia nada de caridade, não tinha dinheiro, não podia visitar asilos nem orfanatos, pois trabalhava muito e não tinha tempo.

O tempo foi passando e José, com idade avançada, teve algumas doenças, que o levaram ao desencarne.

No plano espiritual, nosso querido José, sentiu-se triste. Julgava que iria ser questionado sobre o que fez de bem ou de mal a seu próximo.

Preocupado, pensava: “O que acontecerá comigo? Enquanto estava vivo deveria ter me preocupado mais com meu próximo, com a vida depois da morte.”.

O mentor espiritual se aproxima de José e o encontra perdido em seus pensamentos e o chama.

José levanta-se e, emocionado, aproxima-se do mentor.

Este o cumprimenta com alegria e amor e diz:

- José, quando você esteve na Terra fez uma caridade muito importante ao seu próximo.

José se surpreende!

- Eu? Não, acho que o senhor está enganado. Talvez tenha confundido com algum outro José.

O mentor lhe diz:

- Não, não me confundi. Lembre-se José, que todo o caminho que percorria, exercendo o seu trabalho material, você ia olhando, analisando se não havia nenhum perigo para que ninguém se machucasse?

- Quantas vezes você recolheu cacos de vidro, madeiras com prego enferrujado, casca de banana, arame farpado e outras coisas mais?

- José, você praticou a caridade desinteressada, por preocupação com as crianças, com teu próximo. Você exerceu a caridade mais desinteressada.

José chorava de emoção e disse:

- Não fazia aquilo por obrigação ou para que vissem, mas com a intenção de que ninguém se machucasse.

- Muito bem, José – falou o mentor – com o seu desinteresse e amor ao próximo, ficará conosco para uma conscientização da necessidade de ensino àqueles que ainda não sabem amar verdadeiramente.

E José começou assim, a preparar-se para uma nova encarnação quando virá como expositor espírita, dando exemplo de tudo o que ensina. Isto levará um tempo no Plano Espiritual, até que esteja devidamente preparado e sua nova família organizada.

 

 

 

 

 

 

sábado, 23 de março de 2024

OS VASOS PRECIOSOS - Perdão

 

OS VASOS PRECIOSOS

 

Um príncipe poderoso possuía vinte vasos de porcelana, belíssimos, que eram o seu orgulho.

Guardava-os numa sala especial, onde ficava durante horas a admirá-los.

Um dia, sem querer, um criado quebrou um dos vasos. O príncipe, enfurecido e inconsolável com a perda do precioso objeto, condenou à morte o desastrado empregado.



Nessa ocasião, apresentou-se no palácio um velho sábio que se dispôs a consertar o vaso, de maneira s ficar perfeitamente igual aos outros, mas, para isso, precisava ver todos juntos.

A sua proposta foi aceita. Sobre uma mesa coberta com riquíssima toalha, estavam os dezenove vasos enfileirados.

Aproximando-se, o sábio, como se houvesse enlouquecido, puxou com violência a toalha e os vasos tombaram no chão, em pedaços.

O príncipe ficou mudo de cólera, e antes que alguém falasse qualquer coisa, o sábio explicou:

- Senhor, estes dezenove vasos poderiam custar a vida de dezenove infelizes. Assim, dou para eles a minha, porque, velho como sou, para nada mais sirvo.

Refletindo, o príncipe compreendeu que todos os vasos do mundo, por mais belos e preciosos, não valiam a vida de um ser humano.

Perdoou o sábio e também ao servo desastrado.

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Evangelização Infanto-Juvenil

Primário B – Aula 24

Editora Aliança