A PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA
“Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai atrás da perdida até que venha a achá-la.
E, achando-a, a põe sobre os ombros gostoso. E, chegando à casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: - Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.”
(Lucas: Cap. 15, v.4-7)
Jesus nos propiciou a mais efusiva demonstração do Seu amor quando, dando seqüência à uma série de ensinamentos edificantes, asseverou que o Bom Pastor deixa noventa e nove ovelhas no deserto para salvar uma que estava perdida.
Não é possível que alguém, diante da magnitude desse ensino, ainda possa duvidar da misericórdia infinita do Criador.
O sentido é claro: Deus, através dos Seus prepostos, tudo faz no intento de encaminhar o homem no roteiro que a Ele conduz. Assim como o Mestre foi buscar Madalena à beira do abismo dos vícios e da vaidade, e Zaqueu no despenhadeiro da ganância e da espoliação, os seus mensageiros buscam aqueles que se avizinham dos precipícios da miséria moral e das viciações. Assim como o Cristo advertiu Judas Iscariotes sobre o caminho perigoso que estava palmilhando, não intervindo, entretanto, na aplicação de seu livre-arbítrio, os emissários do Alto advertem perenemente todos os seres encarnados que se defrontam com os problemas agudos do crime, da intemperança e da revolta.
Da mesma forma que o Nazareno, em Espírito, manifestou-se a Paulo, na estrada de Damasco, convidando-o a abandonar o ódio e o fanatismo e ingressar na boa senda, os arautos do Céu também agem incessantemente no afã, de subtrair a fé cega, a intolerância e o ódio, em que os seres encarnados estão mergulhados.
O corpo denso que usamos na Terra, para o exercício do nosso aprendizado, oferece resistências ponderáveis à assimilação das inspirações que nos são transmitidas, sendo possível agravar-se pelo fato de darmos pouca guarida às sugestões generosas desses mentores espirituais. No entanto, tanto em nossa vida cotidiana e principalmente nos momentos de reflexão e de repouso do nosso corpo, a nossa alma, semi-liberta, volita no espaço, onde pode melhor sentir as influências dos Espíritos que lhe são afins, cujas admoestações do Alto se fazem expandir de modo amplo e decisivo.
O convite generoso da estrada de Damasco não foi formulado apenas ao futuro apóstolo dos gentios, mas é extensivo a todas as criaturas humanas.
Complementando a parábola, afirmou o Messias: “Há alegria no Céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” Com essa assertiva, o Mestre fulminou a crença inverossímil na condenação eterna e irremissível das almas.
O ponto alto desta Parábola é aquele quando o dedicado Pastor se encheu de júbilo ao encontrar a ovelha perdida. Diante desse evento ele convidou seus parentes, amigos e vizinhos para festejarem com ele o auspicioso acontecimento. Verdadeiramente, os Espíritos do Senhor regozijam-se quando conseguem fazer que um pecador deixe de continuar errando, e se decida a palmilhar a senda do Bem e do reajustamento.
Ensinando a Parábola da Ovelha Perdida, Jesus tinha em mente dirigir-se:
- ao rico avarento e egoísta
- ao pobre revoltado
- ao pai que não educa
- ao filho ingrato
- ao homem preguiçoso
- ao juiz iníquo e unilateral
- ao sacerdote que apregoa inverdade
- ao cônjuge que adultera
- ao mau esposo
- ao falsário, ao espoliador, ao sonegador
- ao escritor pornográfico
Sem contar, os ciumentos, os invejosos, os criminosos, os alcoólatras inveterados e todos aqueles que abandonam o caminho reto, e enveredam pela porta larga da devassidão e da falta de respeito pelos direitos alheios.
Entretanto, para que haja alegria nos planos espirituais pela conversão dessas “ovelhas desgarradas”, torna-se mister que haja decisão firme e decisiva de não voltar mais a abandonar o rebanho, “que conhece a voz do Pastor, porque o Bom Pastor ama as suas ovelhas, tendo chegado ao ponto de dar a vida por elas”.
- As Maravilhosas Parábolas de Jesus – Paulo Alves Godoy -
O ESPÍRITA
Se, realmente, desejas,
Ser espírita-cristão,
Companheiro, não te esqueças
Da própria transformação.
Não exige o Espiritismo
Que o homem se santifique,
Mas espera que se esforce
Para que se modifique.
Mostraria incoerência
E estranho modo de ser,
Quem, na crença que professa,
Não procurasse viver.
De todo, mergulharia
Neste equívoco profundo,
Quem jamais se preocupasse
Em reformar-se no mundo.
Mas o espírita fiel
À mensagem do Evangelho,
Faz nascer o homem-novo
Das sombras do homem-velho.
Combatendo imperfeições
Que consigo ainda carrega,
Consciente da vitória,
À derrota não se entrega.
Ferido em tantas batalhas
Travadas no dia-a-dia,
Embora esteja chorando,
Ele demonstra alegria.
Não recrimina ninguém,
Fugindo ao personalismo
Que obscurece a razão,
Em nome do fanatismo.
Se cai, levanta e caminha. . .
Não fica no chão a esmo,
Nem lamenta a dura sorte,
Tendo pena de si mesmo.
Pois, ser espírita, amigo,
É caminhar sob a cruz,
Um passo adiante de si,
Um passo atrás de Jesus!. . . DOR E LUZ – Eurícledes Formiga – Carlos Baccelli – cap. 25
TEMA
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INCENTIVO INICIAL
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ATIVIDADE
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Alegria dos bons espíritos quando nos decidimos a agir no bem.
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Apresentar um desenho de uma ovelha, com algodão colado.
Questionar: que bichinho é esse? Quem já viu uma de perto? Quem cuida delas?
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Desenhar ovelhas e colar algodão nelas.
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O que representa a ovelha que se perde?
Quem representa o pastor?
Por que o pastor fica feliz em trazer a ovelha perdida de volta?
Dêem exemplo de erros que cometemos e que ficamos parecidos com a ovelha perdida.
Dêem exemplo do que podemos fazer para sermos como as ovelhas do rebanho.
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