RESPONSABILIDADE
Jesus disse: “Quem é fiel no pouco, é fiel no muito”.
Winston Churchill disse: “A responsabilidade é a ferramenta
necessária para atingir a grandeza humana”.
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Se
houvesse mais responsabilidade no mundo, haveria mais homens corajosos.
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Se
houvesse mais responsabilidade nas prestações de serviço, os técnicos nunca
chegariam atrasados para cumprir um acordo.
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Se
houvesse mais responsabilidade no comércio, ninguém deixaria de pagar as
contas, e os comerciantes nunca venderiam algo inapropriado aos seus clientes.
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Se
houvesse mais responsabilidade nas indústrias, não haveria poluição; e as de
cunho alimentício jamais prejudicariam os consumidores com alimentos
impróprios.
Como
verificamos, a ganância, o egoísmo, a ambição, cegam todas as oportunidades
humanas de cumprir com suas responsabilidades assumidas com o Divino Criador.
De “O Livro das Virtudes”, há um conto que
exemplifica muito bem as palavras do Mestre Jesus, citadas acima:
Conta-se que na
Inglaterra, há muito tempo atrás, havia um rei muito sábio e justo, como
deveriam ser todos os monarcas. Ainda hoje se lembram dele como Alfredo, o
Grande.
Como acontece em
várias épocas, seu reinado passava por dias difíceis. Seu país havia sido
invadido pelos dinamarqueses vindos pelo mar. Eram muitos, fortes e audazes, e
costumavam ganhar todas as batalhas, e ambicionavam serem senhores da
Inglaterra.
O rei Alfredo,
vendo que seu exército estava disperso e enfraquecido, deu ordens para que se
salvassem como pudessem e ele mesmo, disfarçou-se de pastor e se embrenhou
pelas florestas e pântanos, vagando por muitos dias, até que chegou à cabana de
um lenhador.
Muito cansado e
faminto bateu à porta e pediu comida e abrigo. O lenhador não estava naquele
momento, mas a esposa se prontificou a ajuda-lo, pois em períodos de guerra, a
piedade é a única que acaba salvando muitas vidas.
Como ele estava
em farrapos, a nobre mulher nunca poderia imaginar que estava diante do rei da
Inglaterra.
Ela se
comprometeu a servir-lhe o jantar desde que ele a pudesse ajudar cuidando de
bolinhos no forno, pois além dos trabalhos no lar, ela precisava ordenhar as
vacas, para colher o valioso leite que os ajudava a manter o corpo bem
alimentado.
Mas salientou o
quanto era importante não deixar os bolinhos queimarem, pois seria o alimento
do jantar.
Alfredo
agradeceu e sentou-se frente ao forno, tentando prestar a devida atenção aos
bolinhos. Porém, os problemas enfrentados por seu país logo tomaram conta de
sua mente.
O que faria para
reorganizar seus exércitos?
Como prepararia
seus soldados para enfrentar os inimigos?
Como expulsaria
os invasores do seu país?
Quanto mais o
tormento aumentava, menor ficavam suas esperanças de reerguer a Inglaterra.
Pensava em
desistir da luta, pois muitos problemas ainda teriam que ser solucionados.
Por momentos
esqueceu onde estava e o que fazia.
Esqueceu a fome.
Esqueceu os
bolinhos.
Quando a mulher
do lenhador voltou, a casa estava tomada pela fumaça e os bolinhos
completamente queimados. E Alfredo sentado na frente do forno, com a cabeça
entre as mãos, totalmente alheio ao que acontecia.
A mulher gritou
o quanto era preguiçoso e desleixado, irresponsável com a comida que ela
ofereceria a ele e à família.
O rei ficou
muito envergonhado, deixando cair a cabeça, quando no exato instante entrou o
lenhador, reconhecendo-o imediatamente, e vendo que sua mulher ainda gritava
com ele, pediu que se calasse, pois estava diante do rei da Inglaterra.
A mulher vendo o
quanto havia sido rude, suplicou-lhe perdão, ajoelhando-se. Mas o sábio rei mandou
que se levantasse, dizendo que ela tinha razão, que ele merecia, pois não
conseguira cumprir uma simples tarefa. Que não importava o tamanho de uma
responsabilidade aceita. Que havia fracassado por esta tarefa tão pequena,
porém que não falharia com seu reino.
E assim fez.
Depois de agradecer a acolhida na humilde cabana, voltou, organizou seus
exércitos e venceu os dinamarqueses, expulsando-os da Inglaterra.
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- O senso de responsabilidade é precioso recurso adquirido pela criatura que necessita ser conservado e aprimorado constantemente.
- Pela responsabilidade individual, que expressa maturidade, nos colocamos na posição de melhores cooperadores da obra de Deus.
- O espírita, interessado que é na reforma íntima, mais do que qualquer outra pessoa, deve empenhar-se o cultivo da responsabilidade exemplificando-a em todas as suas tarefas. Não se descuidando da prática do bem e do amor, procura viver o que aprende da Doutrina e do Evangelho.
- O homem responsável não se descuida do cumprimento de seus deveres no lar, na rua, no trabalho e na escola.
- Cultivando a responsabilidade, nos sentiremos felizes em ser úteis e executar com zelo tarefas a nosso cargo, sem necessidade de alertas constantes ou lembranças por parte dos outros companheiros. Só assim executaremos os nossos compromissos sempre por iniciativa própria, com alegria e espontaneidade.
- Receberemos maiores recursos para realizações, à medida que desenvolvermos as noções de responsabilidade íntima perante a própria via, Deus e o nosso próximo.
- À medida que vamos aprendendo, entendemos que é preciso desenvolver o senso de responsabilidade. Desenvolvamos, pois, nossos melhores esforços como pessoas responsáveis, porque assim agindo estaremos caminhando com segurança e ajudando os outros, principalmente, pelo exemplo.
- Como espíritas, conhecedores do Evangelho e da Espiritualidade, nossa responsabilidade perante os semelhantes é maior, principalmente nos dias atuais em que o mundo atravessa uma fase de transição.
- A criança e o jovem conscientes dos seus deveres não esquecem suas responsabilidades no trabalho, na rua, no lar, na escola, estudando suas lições e dando às suas atividades, ou mesmo entretenimentos, o sentido positivo e equilibrado que o Evangelho e a Doutrina Espírita recomendam. Não podemos conceber aprendizado espiritual sem o cumprimento dos deveres mínimos.
- Observemos com muito critério tudo aquilo que nos cabe fazer, empreendendo cada tarefa com a responsabilidade indispensável que nos fará cada vez mais merecedores da confiança Divina.
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Referências práticas para o desenvolvimento da aula:
- o cuidados com os irmãos menores
- transmitir com fidelidade um recado
- o mecânico consertando o carro
- o médico e a operação do doente
- construção de uma barragem
- o estudo e as provas do aluno
- o tratamento de água para a população
- o farmacêutico e a manipulação dos remédios
- o pássaro e os filhotes no ninho aguardando o alimento
- os pais e os cuidados com os filhos
- o motorista do ônibus e os passageiros
- os professores e os alunos
- o dever de casa
- a informação correta para o transeunte
- o Codificador
- a preservação da Natureza
- o engenheiro e a planta do edifício
- um cientista e as descobertas que faz
- o dirigente de uma Casa Espírita
- o escritor de livros
- o calculista do material de construção
- o espírita perante a sociedade
- o comentário de uma notícia
- o aviador e o avião de passageiros
- os cientistas e a viagem espacial
- o operário e os utensílios de segurança
- o empregado e o bem estar de todos
- a revisão do veículo
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