Data:
17.06.2018
Tema:
Jesus e o Consolador Prometido
Incentivo
Inicial:
Fazer os 5 minutos de relaxamento. Prece inicial.
Fixação: numa mesa previamente
preparada, faremos uma encenação da última Ceia. Teremos pão e suco de uva.
Conteúdo:
Façam isto em
memória de mim.
Lucas 22:19
A
ÚLTIMA CEIA – do
livro Boa Nova
Reunidos os discípulos em companhia de Jesus, no primeiro dia das
festas da Páscoa, como de outras vezes, o Mestre partiu o pão com a costumeira
ternura. Seu olhar, contudo, embora sem trair a serenidade de todos os
momentos, apresentava misterioso fulgor, como se sua alma, naquele instante,
vibrasse ainda mais com os altos planos do invisível. Os companheiros
comentavam com simplicidade e alegria os sentimentos do povo, enquanto o Mestre
meditava silencioso.
Em dado instante, tendo-se feito
longa pausa entre os amigos palradores, o messias acentuou com firmeza
impressionante.
– Amados, é chegada a hora em que
se cumprirá a profecia da Escritura. Humilhado e ferido, terei de ensinar em
Jerusalém a necessidade do sacrifício próprio, para que triunfe apenas uma
espécie de vitória, tão passageira quanto as edificações do egoísmo ou do
orgulho humano. Os homens têm aplaudido, em todos os tempos, as tribunas
douradas, as marchas retumbantes dos exércitos que se glorificaram com despojos
sangrentos, os grandes ambiciosos que dominaram à força o espírito inquieto das
multidões; entretanto, eu
vim de meu Pai a fim de ensinar como triunfam os que tombam no mundo, cumprindo
um sagrado dever de amor, como mensageiros de um mundo melhor, onde reinam o
bem e a verdade. Minha vitória é a dos que sabem ser derrotados entre os
homens, para triunfarem com Deus, na divina construção de suas obras,
imolando-se, com alegria, para glória de uma vida maior.
Ante a resolução expressa
naquelas palavras firmes, os companheiros se entreolharam, ansiosos.
O Messias continuou:
– Não vos perturbeis com as minhas afirmativas, porque, em
verdade, um de vós outros me há de trair! As mãos, que eu acariciei, voltam-se
agora contra mim. Todavia, minh’alma está pronta para a execução dos desígnios
de meu Pai.
A pequena assembleia fez-se
lívida. Com exceção de Judas, que entabulara negociações particulares com os
doutores do Templo, faltando apenas o ato do beijo, a fim de consumar-se a sua
defecção, ninguém poderia contar com as palavras amargas do Messias. Penosa
sensação de mal-estar se estabelecera entre todos. O filho de Iscariote fazia o
possível por dissimular as suas angustiosas impressões, guardado os
companheiros se dirigiam ao Cristo com perguntas angustiadas.
– Quem serão o traidor? – Disse
Felipe, com estranho fulgor nos olhos.
– Serei eu? – Exclamou André,
ingenuamente.
– Mas, afinal – objetou Tiago,
filho de Alfeu, em voz alta – onde está Deus que não conjura semelhante perigo?
Jesus, que se mantivera em
silêncio ante as primeiras interrogações, ergueu o olhar para o filho de
Cléofas e advertiu:
– Tiago, faze calar a voz de tua
pouca confiança na sabedoria que nos rege os destinos. Uma das maiores virtudes do discípulo do Evangelho
é a de estar sempre pronto ao chamado da Providência Divina. Não importa onde e
como seja o testemunho de nossa fé. O essencial é revelarmos a nossa união com
Deus, em todas as circunstâncias, É indispensável não esquecer a nossa condição
de servos de Deus, para bem lhe atendermos ao chamado, nas horas de
tranquilidade ou de sofrimento.
A esse tempo, havendo-se o
Messias calado de novo, João interveio, perguntando:
– Senhor, compreendo a vossa
exortação e rogo ao Pai necessária fortaleza de ânimo; mas, por que motivo será
justamente um dos vossos discípulos o traidor de vossa causa? Já nos ensinastes
que, para se eliminarem do mundo os escândalos, outros escândalos se tornam
necessários; contudo, ainda não pude atinar com a razão de um possível traidor,
em nosso próprio colégio de edificação e de amizade.
Jesus pousou no interlocutor os
olhos serenos e acentuou:
– Em verdade, cumpre-me afirmar que não me será possível dizer-vos tudo
agora; entretanto, mais tarde, enviarei o Consolador, que vos esclarecerá em
meu nome, como agora vos falo em nome de meu Pai.
E,
detendo-se um pouco a refletir, continuou para o discípulo em particular:
– Ouve, João. Os desígnios de
Deus, se são insondáveis, também são invariavelmente justos e sábios. O
escândalo desabrochará em nosso próprio círculo bem-amado, mas servirá de lição a todos
aqueles que vierem depois de nossos passos, no divino serviço do Evangelho.
Eles compreenderão que para atingirem a porta estreita da renúncia redentora
hão de encontrar, muitas vezes, o abandono, a ingratidão e o desentendimento
dos seres mais queridos. Isso revelará a necessidade de cada qual firmar-se no
seu caminho para Deus, por mais espinhoso e sombrio que ele seja.
O apóstolo impressionara-se
vivamente com as derradeiras palavras do Mestre e passou a meditar sobre seus
ensinos.
***
As sensações de estranheza perduravam em toda a assembleia. Jesus,
então, levantou-se e, oferecendo a cada companheiro um pedaço de pão, exclamou:
– Tornai e comei! Este é o meu corpo.
Em seguida, servindo a todos de uma pequena bilha de vinho,
acrescentou:
– Bebei! Porque este é o meu sangue, dentro do Novo-Testamento, a
confirmar as verdades de Deus.
Os discípulos lhe acolheram a
suave recomendação, naturalmente surpreendidos, e Simão Pedro, sem dissimular a
sua incompreensão do símbolo, interrogou:
– Mestre, que vem a ser isso?
– Amados – disse Jesus, com
emoção – está muito próximo o nosso último instante de trabalho em conjunto e
quero reiterar-vos as minhas recomendações de amor, feitas desde o primeiro dia
do apostolado. Este pão
significa o do banquete do Evangelho, este vinho é o sinal do espírito
renovador dos meus ensinamentos. Constituirão o símbolo de nossa comunhão
perene, no sagrado idealismo do amor, com que operaremos no mundo até o último
dia. Todos os que partilharem conosco, através do tempo, desse pão eterno e desse
vinho sagrado da alma, terão o espírito fecundado pela luz gloriosa do Reino de
Deus que representa o objetivo santo dos nossos destinos.
Ponderando a intensidade do
esforço a ser empregado e aludindo às multidões espirituais que se conservam
sob a sua amorosa direção fora dos círculos da carne, nas esferas mais próximas
da Terra, o Cristo acrescentou:
– Imenso é o trabalho da
redenção, mesmo porque tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; mas, o
Reino nos espera com sua eternidade luminosa!...
Altamente tocados pelas suas
exortações solenes, porém, maravilhados ainda mais com as promessas daquele
reinado venturoso e sem fim, que ainda não podiam compreender claramente, a
maioria dos discípulos começou a discutir as aspirações e conquistas do futuro.
Enquanto Jesus se entretinha com
João, em observações afetuosas, os filhos de Alfeu examinavam com Tiago as
possíveis realizações dos tempos vindouros, antecipando opiniões sobre qual dos
companheiros poderia ser o maior de todos, quando chegasse o Reino com as suas
inauditas grandiosidades. Felipe afirmava a Simão Pedro que, depois do triunfo,
todos deveriam entrar em Nazaré para revelar aos doutores e aos ricos da cidade
a sua superioridade espiritual. Levi dirigia-se a Tomé e lhe fazia sentir que,
verificada a vitória, se lhes constituía uma obrigação a marcha para o Templo
ilustre, onde exigiriam seus poderes supremos. Tadeu esclarecia que o seu
intento era dominar os mais fortes e impenitentes do mundo, para que
aceitassem, de qualquer modo, a lição de Jesus.
O Mestre interrompera a sua
palestra íntima com João, e os observava. As discussões iam acirradas. As
palavras “maior de todos” soavam
insistentemente aos seus ouvidos. Parecia que os componentes do sagrado colégio
estavam na véspera da divisão de uma conquista material e, como os triunfadores
do mundo, cada qual desejava a maior parte da presa. Com exceção de Judas, que
se fechava num silêncio sombrio, quase todos discutiam com veemência.
Sentindo-lhes a incompreensão, o Mestre pareceu contemplá-los com entristecida
piedade.
***
Nesse instante, os apóstolos
observaram que ele se erguia, Com espanto de todos, despiu a túnica singela e
cingiu-se com uma toalha em torno dos rins, à moda dos escravos mais íntimos, a
serviço dos seus senhores. E, como se fossem dispensáveis as palavras naquela
hora decisiva de exemplificação, tomou de um vaso de água perfumada e,
ajoelhando-se, começou a lavar os pés dos discípulos. Ante o protesto geral em
face daquele ato de suprema humildade, Jesus repetiu o seu imorredouro
ensinamento:
– Vós me
chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Se eu, Senhor e Mestre,
vos lavo os pés, deveis igualmente lavar os pés uns dos outros no caminho da
vida, porque no Reino do Bem e da Verdade o maior será sempre aquele que se fez
sinceramente o menor de todos.
Ao se reunir com os discípulos,
Jesus já sabia que seria a última vez que estariam juntos.
O Mestre avisou que Pedro o
negaria 3 vezes antes do amanhecer daquele dia e Judas Iscariotes o trairia
naquela noite.
Mesmo assim, serenou todos os
corações e prometeu que enviaria um Consolador: O Espírito Da Verdade, que continuaria com Seus ensinamentos.
E assim no século XIX surgiu o
Espiritismo, doutrina que consola os que sofrem, fala do que Jesus não pôde
revelar naquela época. O Cristianismo
Redivivo que revela:
·
A
existência de um Deus único
·
A
imortalidade do Espírito
·
A
Reencarnação
·
A
comunicabilidade dos Espíritos
·
A
Evolução
Atividade: as crianças receberão um desenho
da Santa Ceia. Poderão pintar, e levarão para suas casas.
Prece final.
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