UMA LIÇÃO DE VIDA – Ansiedade – Aproveitamento do tempo –
Males da pressa
Autor desconhecido
Lacerda, apressado como sempre,
arrumava as coisas empurrando-as na pasta, deixava o nó da gravata torta e mal
desenhado, terminava de tomar o café em pé, enquanto jogava o paletó no ombro,
como se não dispusesse de tempo suficiente para vesti-lo com acerto.
- Para que tanta pressa, Lacerda?
– questionava a esposa dedicada.
- Tenho pressa. O tempo que passa
nunca mais será recuperado.
- A pressa não quer dizer que o
tempo está sendo bem aproveitado.
Lacerda despediu-se e saiu como
um bólido, pois precisava ganhar tempo.
Um senhor, avançado em anos,
quase foi pisoteado pelo apressado Lacerda, que retirava algo da pasta,
enquanto andava. Não podia parar, tinha pressa.
No ato de abrir a pasta, o nosso
viajor apressado deixou cair um pequeno maço de papéis que foi pisoteado pela
multidão apressada e indiferente.
O ancião apanhou o pacote e
constatou que continha títulos a serem pagos naquele dia e os cheques correspondentes,
de alto valor, para fazê-lo.
Ele, então, velho pensou:
- Os títulos deve ser pagos hoje
sob pena de multas ou protestos. Os valores estão aqui, para efetivação do
pagamento. Eu tenho tempo.
Entrou na agência bancária,
postou-se calmamente na fila e efetuou o pagamento.
Lacerda, que era cliente do
Banco, entrou como um furacão, gritando da porta pelo gerente:
- Preciso de tua ajuda, quero
cancelar cheques que perdi!
- Não, meu caro Lacerda, esse
senhor encontrou os cheques e veio fazer o pagamento em teu lugar.
Lacerda agradeceu, aliviado. O senhor
observou:
- Meu filho! Você perdeu pela
irreflexão da pressa. A vida vai te ensinar que nem sempre a pressa indica um
bom aproveitamento do tempo.
Fonte:
Revista Renovação nº 8
Retirado do livro “A luz
dissipa as trevas”.
Paulo Daltro de
Oliveira
Páginas 29 e 30

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