sexta-feira, 16 de abril de 2021

Chico Xavier - Aula para crianças de 7 a 10 anos

 

Aula para 1º e 2º Ciclo de Infância – 7 a 10 anos

Tema: CHICO XAVIER

Data: 17.04.2021

Elaborada por: Marita

 

OBJETIVO: Relembrar a vida de Francisco Cândido Xavier e a importância para o Espiritismo no Brasil.



 

INCENTIVO INICIAL:

Pedir à criança que conte como foi sua vida até hoje.

Por exemplo: lembram quando nasceu? Morava onde? Brincava com que? Tinha irmãos? Sofria? Passava fome? Ficava triste? Trabalhava? O que pretende fazer no futuro?

É muito importante que as recordações sejam lembradas, para poder comparar com a vida de sofrimento que Chico teve, e mesmo assim, ele teve um papel muito importante na divulgação do Espiritismo no Brasil.

 

CONTEÚDO TEÓRICO:

Chico Xavier nasceu no dia 2 de abril de 1910, na pequena cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.

 Filho do vendedor de bilhetes de loteria João Cândido Xavier e da dona-de-casa Maria João de Deus, ele manifestou cedo sua extraordinária capacidade de entrar em contato com o outro mundo. Com 4 anos, surpreendeu a todos ao explicar, em linguagem médica, o aborto de uma vizinha: “O que houve foi um problema de nidação inadequada do ovo, de modo que a criança adquiriu posição equitópica”, disse o pequeno Chico, repetindo o que lhe era soprado aos ouvidos por um espírito.

Aos cinco anos ele ficou órfão de mãe e o pai, por não poder criá-los, separou os nove filhos entre parentes e amigos. Chico passa a viver então com a madrinha Rita de Cássia e o padrinho José Felizardo Sobrinho. Ele permaneceu com o casal por dois anos.

Durante o tempo em que viveu com a madrinha passou por dolorosas experiências. Acreditando que o afilhado tinha o diabo no corpo, já que ele lhe contava suas visões do outro mundo, a madrinha lhe ministrava surras com vara de marmelo e lhe espetava garfos na barriga.

O menino passou a ver a mãe desencarnada no quintal da casa da madrinha, onde costumava se refugiar para rezar, e ela lhe disse que logo apareceria um “anjo” para ajudá-lo.

Pouco tempo depois, o pai casou-se novamente com Cidália Batista, que exigiu que os filhos do primeiro casamento do marido viessem morar com ela, inclusive o pequeno Chico.

Com o passar dos anos, Chico começou a ter um contato cada vez mais frequente com os espíritos. Nas missas, pela manhã, via figuras reluzentes transformarem hóstias em focos de luz e pessoas já mortas trazendo rosas nas mãos e beijando os santos.

Relatou o que viu e o que ouviu, mas o pai pensou que o filho estava louco, pensando em interná-lo num hospício.

Chico escapou da internação por obra do vigário de Pedro Leopoldo, Sebastião Scarzelli, que sugeriu a João Cândido colocar o menino para trabalhar na fábrica de tecidos de Pedro Leopoldo, que estava empregando crianças para o turno da noite. Isso permitiria o reforço do pequeno orçamento doméstico da família.

Aos nove anos, ele iniciou uma dura jornada. Às 3h da tarde entrava na fábrica, onde desempenhava a função de tecelão até uma da manhã. Dormia até às 6h, ia para a escola, saía às 11h, almoçava, dormia uma hora depois do almoço, e retornava para a pesada rotina.

Em 1922, o país comemorava o centenário da independência e o governo de Minas Gerais instituiu vários prêmios para redações sobre o tema. No grupo escolar de Pedro Leopoldo, Chico, já entrando na adolescência, escreveu, ditado por um ser invisível, o seguinte: “O Brasil, descoberto por Pedro Álvares Cabral, pode ser comparado ao mais precioso diamante do mundo...”.

Chico comentou a visão com a professora, dona Rosária Laranjeiras, que não lhe deu crédito, mandando-o retornar a carteira e terminar a redação. O trabalho recebeu menção honrosa da Secretaria de Educação de Minas, mas os colegas de Chico, desconfiando que ele havia copiado o texto de um livro, desafiaram-no a fazer um exame público para que comprovasse sua capacidade de redação.

Sortearam um novo tema, mais difícil: “AREIA”. O misterioso ser surgiu novamente e lhe ditou: “Ninguém escarneça da criação. O grão de areia é quase nada, mas parece uma estrela pequenina refletindo o Sol de Deus...”.

Chico concluiu o primário em 1923, tendo repetido o último ano por problemas de saúde: dificuldades respiratórias originárias da poeira de algodão na fábrica de tecidos, onde trabalhava.

Com a saúde prejudicada em função da longa jornada e do tipo de trabalho, Chico decidiu tentar outra atividade. Passou a trabalhar no Bar do Dove, de Claudomiro Rocha, onde varria o chão, lavava louça e cozinhava.

Com o salário reduzido, que não lhe permitiu comprar um par de sapatos, trocou o Bar do Dove, onde foi empregado durante dois anos, pelo armazém do padrinho José Felizardo Sobrinho. Apesar de ter que trabalhar como balconista das 7 às 20 horas, a exigência física e os perigos contra a saúde (já fragilizada), eram muito menores que na fábrica de tecidos e o pagamento maior que no bar.

Em maio de 1927, uma das irmãs de Chico Xavier, Maria Xavier, sofreu grave desequilíbrio mental. Até então toda a família seguia os preceitos da Igreja Católica, mas foi requisitado o auxílio espírita, já que o problema não conseguia ser solucionado através da medicina.

Depois da aplicação de passes a moça recuperou-se. A partir de então o jovem Chico Xavier passou a se aprofundar no conhecimento do Espiritismo, lendo o Evangelho Segundo o Espiritismo e o Livro dos Espíritos.

Ainda em 1927, ele ajudou na fundação do primeiro centro espírita de Pedro Leopoldo, num barracão onde morava um irmão de Chico Xavier, o José Xavier, que assumiu a presidência. Chico se tornou secretário e seu patrão, José Felizardo, tesoureiro. A primeira mensagem que Chico Xavier recebeu foi de sua mãe, Maria João de Deus.

No ano de 1931, Chico Xavier teve seu primeiro contato com Emmanuel, seu orientador espiritual. Ao buscar a beira de um açude, nas cercanias de Pedro Leopoldo, onde costumava se refugiar para meditar e orar, foi surpreendido com a imagem envolta por raios de luzes de um senhor imponente, vestido de túnica típica de sacerdote.

Emmanuel logo se apresentou e lhe relatou as exigências que deveria cumprir caso quisesse trabalhar na mediunidade: “Disciplina, disciplina, disciplina”.

Em 1932 foi publicada a primeira obra psicografada por Chico Xavier: “Parnaso de Além-Túmulo”, que reuniu 14 nomes da literatura brasileira, um coletânea de 56 poesias ditadas pelos espíritos de Augusto dos Anjos e Castro Alves, entre outros, que causou polêmica no meio literário.

O armazém de José Felizardo foi à falência e Chico Xavier entrou como escrevente-datilógrafo para o Ministério da Agricultura, sendo mais tarde transferido para Uberaba.

Chico dedicou a sua vida ao próximo. Manteve em Uberaba trabalhos de assistência material e espiritual. Além de levar o consolo a milhares de pessoas do mundo inteiro através dos livros que psicografou (mais de 400).

O médium Chico Xavier morreu na noite 30 de junho de 2002, aos 92 anos em Uberaba, Minas Gerais. Ele estava com vários problemas de saúde e teve uma parada cardíaca. Em 8 de julho do mesmo ano completaria 75 anos de atividade mediúnica.




















 

FIXAÇÃO: contar a seguinte história de Chico.

CHICO NO ALÉM

 

Dr. Bezerra vindo ao encontro do amigo Chico aproximou-se e deu-lhe afetuoso e reluzente abraço; e foi logo dizendo:

— Como vai Chico? Muito trabalho?

— Ah! Sim Dr. Bezerra, o trabalho é uma bênção! Espero continuar trabalhando…

— Então vamos Chico? A reunião está prestes a começar e Jesus já está a caminho.

Embargados pela emoção permaneceram calados por alguns instantes, e Chico na sua simplicidade, pondo-se de pé, fitou aquele belo par de olhos azuis, que mais pareciam dois diamantes faiscando.

Pronto a obedecer àquele convite, o Chico ajeitou o paletó, passou as mãos no rosto, deixando transparecer sua disciplina de verdadeiro apóstolo do Mestre.

Dr. Bezerra, observando os pormenores, não pode deixar de fazer uma brincadeira para quebrar a emoção do momento.

— Chico — falou o Dr. Bezerra —, deixa o paletó; você não precisa mais dele, suas vestes agora são outras.

Chico, como que meio envergonhado, sorrindo, respondeu ao amigo com a humildade que lhe é peculiar:

— Dr. Bezerra, se o senhor me permite, irei de paletó, tenho receio que os participantes da reunião não me reconheçam; ainda me sinto um cisco de paletó, ele irá dar-me uma presença melhor diante dos amigos. O senhor não acha?

Dr. Bezerra, já com os olhos molhados pelas lágrimas, pensava consigo mesmo em silêncio:

“Meu Deus! Como pode um Espírito da envergadura espiritual do Chico esconder tanta luz detrás de um paletó velho e amarrotado?”

Chico, sentindo a emoção e ouvindo os pensamentos do amigo, falou-lhe:

— Oh! Dr. Bezerra!… Foi neste paletó que eu aprendi a amar o meu próximo, a respeitar o sofrimento alheio. Quantos bilhetes de mães em lágrimas foram colocados nos bolsos do meu paletó? Pedidos de preces, rogativas por uma mensagem de consolo, pela perda de um ente querido… Bilhetes simples… mas eu não deixei de ler nenhum deles, e chorava beijando aqueles pedaços de papeis, sentindo-me um cisco. Era uma alegria muito grande levar as mãos aos bolsos e encontrar aqueles pedacinhos de papéis que nada mais eram que bênçãos vindas dos céus para o meu coração. Confesso ao senhor, que eram um elixir revigorando o meu Espírito. O senhor imagina que o meu paletó vivia perfumado de rosas que colocavam no meu bolso. Chegaram a dizer que o perfume era meu, mas na verdade eram deles, que me amavam muito. Portanto, se o senhor não se importar, estou pronto, mas irei mesmo é de paletó. Nosso Senhor Jesus Cristo irá sentir o perfume dos irmãos que sofrem na Terra. Ainda tenho alguns bilhetes no bolso, colocá-los-ei à disposição de Jesus, nosso mestre. Eu ainda me considero um verme rastejante vestido de paletó.

Risos…

- Dr. Bezerra — falou o Chico com alegria —, agradeço sua presença e companhia; a paciência que sempre dispensou em minha caminhada pela Terra. Sou-lhe muito grato! O senhor ajudou-me a concluir as tarefas com a Doutrina Espírita. Por este motivo eu nunca desisti de trabalhar… Obrigado!

Naquele momento Dr. Bezerra viu que realmente estava diante de um apóstolo do Mestre Jesus.

Levou as mãos iluminadas ao ombro do amigo e, abraçando-o, saíram, deixando para trás dois rastros de luz em direção ao infinito.

(Espírito Odilon Fernandes, Médium Raulina Pontes)




Este encontro foi narrado pelo Espírito do Dr.Odilon à médium Raulina Pontes,

da Casa do Cinza, Uberaba, na madrugada do dia 17/08/2008.



ATIVIDADE:


 


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