segunda-feira, 30 de maio de 2022

A aranha e a teia - Deus, divindade

 

A ARANHA E A TEIA

 

Uma aranha vivia no alto, nos caibros do telhado de um velho celeiro.

Um dia ela desceu por um longo fio até uma viga mais baixa, onde descobriu que as moscas eram mais abundantes e mais fáceis de capturar.

Ela, então, decidiu que passaria a viver nessa viga mais baixa e teceu ali uma confortável teia.

Mas um dia, ela reparou por acaso no longo fio que vinha de cima, mergulhado na escuridão lá em cima e disse: “Eu não preciso mais desse fio. Ele só está atrapalhando”. Ela, então, cortou o fio, e aos fazer isso, destruiu toda a sua teia, que era sustentada por esse fio.

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Essa á também a história do ser humano.

Um fio liga você ao supremo, ao mais elevado – chame-o de Deus, Tao, existência, divindade.

Você pode ter esquecido completamente que desceu por esse fio.

Você veio do Todo e tem de voltar para lá. Tudo volta para a fonte original: tem de voltar.

Então, você pode até sentir o que essa aranha sentiu, que o fio que o liga ao plano mais elevado só está atrapalhando. Muitas vezes é por causa dele que você não pode fazer algumas coisas: ele sempre acaba ficando no meio do caminho.

Às vezes você pode se sentir como essa aranha – com vontade de cortá-lo, de parti-lo como ela fez, para desobstruir o seu caminho. Foi isso que disse Nietzsche: “Deus está morto”. Nietzsche partiu o fio. Mas em seguida ele enlouqueceu.

No momento em que ele disse que Deus está morto, ele enlouqueceu porque rompeu a ligação com a fonte original de toda a vida.

Quando faz isso, a pessoa passa a ter fome de algo vital, essencial. Ela acaba perdendo alguma coisa e se esquece de completamente que ela era a própria base da sua vida.

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Autor desconhecido.


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