sábado, 22 de junho de 2024

AS ORAÇÕES DE PEDRINHO - oração, prece, confiança em Deus

 

AS ORAÇÕES DE PEDRINHO

Em um lugarejo do interior, bem afastado da cidade, morava Pedrinho com os pais. Tinham uma vida simples e seu pai Ganhava a vida como pedreiro, enquanto a mãe cuidada da casa.

Pedrinho era um menino obediente, bem educado e amava muito seus pais. Tudo fazia para lhes dar prazer. Por isso o pai costumava leva-lo à vila mais próxima onde trabalhava. Para chegar lá, precisava passar por uma região de muita mata onde moravam muitos animais. Pedrinho adorava os macaquinhos, seus amigos preferidos. Divertia-se em vê-los pular de árvore em árvore e ria-se de suas caretas engraçadas. E como eles passavam e não faziam mal aos bichinhos, já estavam acostumados com a presença do menino e de seu pai se aproximando algumas vezes. Por isso, Pedrinho ficava muito feliz em acompanhar o pai nesse caminho.

Certa vez, o pai do menino não se sentiu bem durante o trajeto e retornaram para casa mais cedo, muito preocupados.

- Não é nada, meu filho! – dizia ele, tentando sorrir. – Amanhã estarei bom.

Mas no dia seguinte acordou muito mal, nem conseguiu dormir.

A mãe de Pedrinho, Dona Laura assustou-se e pediu ao filho que fosse buscar o médico na vila. Porém, era muito distante, mas o menino conhecia bem o caminho.

Dona Laura abraçou o filho e falou baixinho:

- Meu Deus! Proteja meu filhinho! Ele é ainda tão pequeno...

Depois beijou o menino e falou:

- Lembre-se, Pedrinho, mamãe estará pedindo a Deus, nosso Pai, que proteja você!

Pedrinho saiu e andou muito depressa, preocupado com o pai.

Então, começou a ventar forte, e as nuvens do céu tornaram-se escuras e ameaçadoras.

- Que temporal! - murmurou Pedrinho, correndo para fugir da chuva, que chegou muito forte, inundando tudo, encharcando tudo.

Pedrinho ficou com as roupas muito molhadas, coladas ao seu corpinho. E junto com a tempestade vieram os raios e trovões que reboavam por toda a parte.

Pedrinho não parava de correr. No caminho tinha uma ponte velha, de madeira, que balançava com o vento forte, mas ele só pensava no pai doente e continuou em frente, murmurando aflito:

- Pai do Céu! Preciso buscar o médico! Não me deixe ficar com medo.

O temporal continuava e Pedrinho procurava manter o equilíbrio com muito esforço e enquanto avançava repetia:

- Pai do Céu! Ajude-me!

Enquanto atravessava a ponte sobre o rio agitado, percebeu que já estava no final dela quando ela desabou e o menino caiu.

Como já estava no final dela acabou caindo na margem do rio, onde tinha um mato, se agarrando forte nos galhos das plantas.

Alguém passava de carro e viu o ocorrido e gritou:

- Quem está aí?

Pedrinho gritou por socorro e desmaiou, devido ao grande esforço.

Quando abriu os olhos estava enrolado em cobertas e deitado no carro.

Conversou com a pessoa que o salvou, falando do pai doente e que estava indo chamar o médico na vila. A pessoa falou:

- Vamos procurar o médico! Vamos procurar outra estrada.

Encontraram o médico e o levaram até a casa do menino.

Depois que tudo estava resolvido, na casinha pobre de Pedrinho, mãe e filho oravam abraçados, enquanto o pai repousava melhor.

- Muito obrigada, Meu Deus! – dizia Dona Laura.

- Muito obrigado, Bom Deus! –repetia Pedrinho, lembrando-se dos pedidos que fizera no meio do temporal ao atravessar a velha ponte.

 

 

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