sábado, 24 de agosto de 2024

A órfã de 14 anos - mediunidade. manifestações físicas, Espírito Protetor, prece

 

A ÓRFÃ DE 14 ANOS

 

A história a seguir foi adaptada da Revista Espírita, janeiro de 1858, Manifestações Físicas, mas não representa a cópia exata da mesma. Com o intuito de dar colorido às histórias e torna-las mais agradáveis para a leitura das crianças e jovens, a equipe que assinou o texto precisou atribuir nomes para os personagens, que no texto original não foram criados, e também criar pequenas situações que permitissem um mínimo enredo. Entretanto, as realizarmos esses acréscimos, procuramos manter os fatos espirituais fiéis aos casos trazidos por Allan Kardec e também utilizar os comentários do próprio codificador para o melhor aproveitamento doutrinário da peça.

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Lorena era uma menina de olhar triste e pensamentos distantes. Dentro dos seus quatorze anos, a vida já havia lhe trazido algumas dores. Ela morava na casa da família Durand em Paris, no ano de 1857. Órfã de pai e mãe, Lorena foi trazida pela senhora Nancy Durand. Os familiares dela eram pessoas muito pobres e seria muito difícil para ela se manter após a partida dos seus pais para a outra vida.

Naquela época, era comum uma família receber uma pessoa jovem como Lorena para servir de empregada doméstica. E a senhora Nancy havia se encantado com a bondade e doçura tão espontânea na menina.

Lorena se esforçava para atender às mínimas tarefas da casa. Sua dedicação para cumprir todos os pedidos dos seus patrões era admirável. Mesmo sendo tão jovem, Lorena sabia realizar tudo quanto lhe pediam. Isso graças à educação que recebera de sua mãezinha, que desde os seus 8 anos de idade a havia instruído nos trabalhos do lar.

Talvez a lição mais importante que tenha recebido de sua mãe tenha sido a da boa vontade. Lorena não tinha preguiça para fazer as coisas. Ela não só fazia o serviço mais pesado de arrumação e limpeza da casa, como também conseguia tempo para agradar o casal amigo com bolos e outras poucas coisas que havia aprendido a cozinhar. Parecia ainda ouvir sua mãe falar: “Filha devemos colocar amor em tudo o que fazemos”. E era o que ela fazia.

Agora vamos apresentar a senhora Olívia, vizinha do casal Durand. Ela não é o tipo de pessoa que poderemos chamar de simpática, mas com certeza vem trazer um pouco de emoção nessa história.

Ninguém sabia explicar por que ela tinha tanta raiva da menina. Era como se todas as desgraças do mundo fossem culpa dela. 

Até que um dia, quando Lorena estava retornando do mercado, trazendo os mantimentos para preparar o almoço, a senhora Olívia tem um surto de cólera. Ela avistou a menina ao longe e começou a gritar como louca. Com a vassoura na mão, correu na direção dela como quem ia acertá-la em cheio.


Lorena quando viu a senhora Olívia com uma vassoura na mão esbravejando e correndo atrás dela, ficou assustada. Quem não estaria assustado numa hora dessas?

A menina correu para tocar a antiga campainha da casa, mas o cordão que puxava estava cortado e ela não tinha a altura para alcançar o pedaço que sobrara. Pois não é que a campainha tocou sozinha? Por sorte alguém de dentro da casa abriu a tempo de Lorena entrar.

Durante o acontecido ela não se deu conta da ajuda inesperada que havia recebido. Mas, desde então, a campainha não parou mais de tocar, de tempos em tempos, sem nenhum motivo aparente. Isso acontecia de dia e de noite, e, quando se ia até a porta para ver quem era, não se encontrava ninguém ali. A família imaginou que isso seria uma brincadeira de algum vizinho e até chamaram a polícia para investigar. 

O casal Durand decidiu seguir o conselho de algumas pessoas que imaginavam que o fato acontecia devido à presença da menina. Afastaram Lorena dali e a enviaram para morar com amigos do campo. Desde então, a campainha dos Durand não mais tocou e nada aconteceu na nova residência de Lorena.

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 O fato, narrado por Allan Kardec, traz como uma das possíveis causas do misterioso som da campainha a ação de algum Espírito. Indo mais além no seu raciocínio, o Codificador sugeriu que aquela situação inicial ocorreu para proteger a menina, e que um Espírito Protetor provavelmente quis salvá-la do risco que corria com os ataques de raiva da senhora Olívia.

Mesmo considerando o carinho que os patrões tinham por ela, esse Espírito insistiu em fazer aqueles ruídos para forçar que ela partisse daquela casa com o fim de evitar situações ainda mais perigosas.

Kardec fez referência ao Espírito Protetor, à intervenção dos Espíritos no mundo corporal e à imoralidade da alma. O conceito de imortalidade da alma está ligado ao de protetor ou guia espiritual, que é também um Espírito que já esteve em um corpo de carne e que prossegue na sua vida imortal.

No campo das relações morais, compreendemos que em tempos de tanta ansiedade e aflição, é muito importante sabermos que um Amigo integral está ao nosso lado para nos proteger e levantar em todas as situações, como por exemplo: bullying, solidão, tristeza, agressões, depressão, etc. Que ele se preocupa conosco tanto moral, como intelectualmente.

FIXAÇÃO:

·         Questões que podem ser abordadas:

·         Você já se sentiu sozinho (a)?

·         Teve medo de que algo pode te acontecer?

·         Deus pode nos proteger?

·         Como?

·         Como você se sentiria no lugar da Lorena?

·         Por que a senhora Olívia odiava tanto a menina?

·         Quem estava tocando a campainha?

·         Você sabe o que Anjo da Guarda ou Espírito Protetor?

·         Como ele ajudou a menina?

·         Você tem um Anjo da Guarda?

·         Sabendo disso, você ainda se sente sozinho (a)?

·         Como podemos agradecer a companhia do nosso Anjo da Guarda? (Você pode falar com ele através da prece, para agradecer, pedir ajuda e conselhos)

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Ler em O Livro dos Espíritos, questões 489 a 521.

 

Na questão 495 podemos ler o seguinte trecho:

“É uma doutrina esta, dos anjos guardiões, que, pelo seu encanto de doçura, devera converter os mais incrédulos”.

“Não vos parece grandemente consoladora a ideia de terdes sempre junto de vós, seres que vos são superiores, prontos a vos ajudar na ascensão de abrupta montanha do bem; mais sinceros e dedicados amigos do que todos os mais intimamente se vos liguem na Terra? Eles se acham ao vosso lado por ordem de Deus. Foi Deus quem os aí colocou e, aí permanecendo por amor de Deus, desempenham bela, porém penosa missão”.

“Ah! se conhecêsseis bem esta verdade! Quanto vos ajudaria nos momentos de crise! Quanto vos livraria dos maus Espíritos”.

“Oh! Interrogai os vossos anjos guardiões; estabelecei entre eles e vós essa terna intimidade que reina entre os melhores amigos. Não penseis em lhes ocultar nada, pois que eles têm o olhar de Deus e não podeis enganá-los”.

                                                                                                                                                  FEB/DIJ

 

 

 

 

 

 

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