SUICÍDIO
– Aula para 2º Ciclo de Infância
Objetivo: dar uma noção
às crianças que o suicida é um doente que não tem fé e que não acredita na
Providência Divina.
Conteúdo:
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O
homem não tem jamais o direito de dispor da própria vida, porque só a Deus cabe
tirá-lo do cativeiro terrestre, quando julga oportuno. Todavia, a justiça
divina pode abrandar os seus rigores em favor das circunstâncias, mas reserva
toda a sua severidade para aquele que quis se subtrair às provas da vida. O suicida
é como o prisioneiro que se evade da prisão, antes de expiar a sua pena, e que,
quando é recapturado, é mantido mais severamente. Assim ocorre com o suicida,
que crê escapar às misérias presentes, e mergulha em infelicidades maiores.
·
A
calma e a resignação, hauridas na maneira de encarar a vida terrestre e na fé
no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a
loucura e o suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura é
devida à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem força de
suportar, se, pois, pela maneira que o Espiritismo lhe faz encarar as coisas
deste mundo, ele recebe com indiferença, com alegria mesmo, os reveses e as
decepções que o desesperariam em outras circunstâncias, é evidente que essa
força, que o coloca acima dos acontecimentos, preserva sua razão dos abalos
que, sem ela, o sacudiriam.
·
...
Mas para aquele que não crê na eternidade, que crê que tudo se acaba com a
vida, se está oprimido pelo desgosto e pelo infortúnio, não vê seu termo senão
na morte; não esperando nada, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar
suas misérias pelo suicídio.
·
SUICÍDIO =
COVARDIA MORAL.
·
A
propagação das ideias materialistas é, pois, o veneno que inocula em um grande
número de pessoas o pensamento do suicídio, e aqueles que se fazem seus
apóstolos assumem sobre si uma terrível responsabilidade.
·
O Espiritismo nos mostra os próprios suicidas,
vindo revelar sua posição infeliz, e provar que ninguém viola impunemente a lei
de Deus.
·
Quando
todos acreditarem na Providência Divina, não haverá mais suicídios conscientes.
·
E
não podemos esquecer-nos de mencionar os suicidas involuntários ou
inconscientes:
o
fumantes
o
alcoólatras
o
glutões
o
esportistas
radicais
o
os
que não procuram a cura de doenças
o
sexólatras
inveterados
o
viciados
o
cultivadores
de pessimismo
o
cultivadores
de enfermidades
o
não
se cuidam ao andar pelas ruas
o
anoréxicos
e bulímicos.
·
Motivos
que levam os suicidas ao ato extremo:
o
Ato
de rebeldia
o
Orgulho
desmedido
o
Vingança
de grande porte
o
Covardia
o
Medo
de doença de longa presença
o
Predisposição
à repetição.
·
Frases
como: “Eu prefiro morrer, do que... “
, devemos apagar de nosso vocabulário.
·
Nos
anos 50 Divaldo Pereira foi a um enterro. Lá, enquanto o sepultamento
acontecia, ele ouviu uma linda música tocada por um violonista desencarnado
que, apaixonado ao lado de sua tumba, tocava e cantava para sua amada, também
desencarnada. E ali bem perto dele, um não via o outro. Estavam afastados pela
Lei que pretenderam burlar. Por problemas familiares resolveram se suicidar,
acreditando que ficariam juntos após o desenlace. Sucedeu exatamente o
contrário. Divaldo via a ambos.
Retirado do jornal Mundo Espírita (não
guardei a data)
Tomei
conhecimento de um fato real que me intrigou muito e me levou a inúmeras
considerações, pelo qual solicito que me seja colocado à luz da Doutrina
Espírita, esclarecendo de antemão que não se trata de curiosidade doentia, mas
sim, para estudo e conhecimento pessoal. Vamos a ela:
Em serviço no
Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, fiz amizade com uma enfermeira que me relatou
a seguinte história:
Uma instrumentador
cirúrgica, jovem e bela, suicidou-se. Como era doadora de órgãos, retiraram
todos os seus órgãos para doação, inclusive pele, ossos e olhos, sendo-lhe
colocados canos de PVC no lugar dos ossos.
Conhecendo o
destino dos suicidas, me ocorreu imediatamente o quanto essa menina deve ter
sofrido com a dor e a visão de seus antigos colegas de trabalho realizando tal
ação.
Bem, com meus
conhecimentos dos postulados da Doutrina são ainda incipientes, e, sabendo que
o suicida permanece ligado ao seu corpo físico, no caso em pleno vigor da
juventude, com isso se daria, uma vez que o mesmo foi retalhado? Seria
possível, hipoteticamente, a desencarnação da mesma (ou seu desligamento da
matéria) diante de tal procedimento, pois, creio, haveria mérito com o
benefício a muitos com a implantação de tais órgãos?
São apenas esses
os dados de que disponho, mas creio ser possível conseguir outros, tais como
datas e nomes. Agradeço imensamente a atenção e reafirmo o propósito digno
desta solicitação aos senhores, irmãos mais esclarecidos que eu.
Jesus nos
abençoe a todos.
Carlos A.V.
“Mundo Espírita” responde:
Todos os
suicidas sofrem, pavorosamente, por três razões distintas:
a)
Por repercussão
magnética.
A degradação do corpo físico repercute no corpo ao longo dos meses, ou seja, a
desintegração do corpo físico.
b)
Por auto hipnose. O ato extremo
do suicídio, resultante do desequilíbrio, produz formas-pensamento que
permanecem vibrando no campo mental, obrigando o suicida a ver as imagens do
ato louco que cometeu. É a fotografia do pensamento (ler “Obras Póstumas”,
Primeira Parte, item 7).
c)
Por questão
moral.
O suicida, ao ver-se vivo na Espiritualidade, enche-se de frustração, de
vergonha, de revolta, agravando suas dores físicas, que se associam ao
sofrimento moral.
Os méritos que
porventura o suicida possua, certamente colaborarão com a redução das dores e
levarão os benfeitores a ajuda-lo, depois de constatado o arrependimento.
Mas a pior das
dores é a certeza de um futuro corpo comprometida com lesões e doenças em
encarnação repleta de angústias. “A cada
um segundo suas obras”, proclamou Jesus. É a Lei. Pensemos antes nas
consequências dos nossos atos. Oremos por ela.
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SUICÍDIO
INCONSCIENTE
A cortina fúnebre, à porta, anuncia o
velório. Sobre a mesa, em sala de regulares proporções, está a urna funerária
em que um homem dorme seu último sono. Não terá mais de 45 anos…
Ao lado, a viúva, inconsolável, recebe
condolências. Muitos repetem, a guisa de conforto, as clássicas palavras: “Chegou sua hora... Deus o levou!...”
Piedosa mentira! Aquele homem foi um
suicida! Aniquilou-se, lentamente, fazendo uso desse terrível corrosivo que se
chama irritação. Incapaz de sofrer impulsos violentos, eterno repetente nos
exames de compreensão, favoreceu a evolução de distúrbios circulatórios,
culminando com a trombose coronária fulminante que lhe abreviou os dias!
A máquina física possuía vitalidade para
mais vinte anos, no mínimo. Duas décadas perdidas na Escola da Reencarnação!
Regressa ao plano espiritual enquadrado no suicídio inconsciente, que lhe
imporá longo período de perturbação e sofrimento nas regiões umbralinas.
Raros, segundo André Luiz, os que
atingem a condição de completistas, isto é, que aproveitam, integralmente,
experiências humanas, estagiando na carne pelo tempo que lhes fora concedido. E
há muitas maneiras de auto aniquilar-se em prestações.
A atualidade terrestre é de pleno
domínio das sensações, em que a criatura humana pretende, com a satisfação dos
sentidos, compensar suas frustrações ou libertar-se da tensão, males próprios
de uma sociedade que atinge culminâncias no campo material, mas permanece
subdesenvolvida moralmente.
Sob a orientação da propaganda mercenária,
multidões buscam a maneira mais agradável de minar as defesas orgânicas com
álcool, cigarro, excessos à mesa. Muitos resvalam para as drogas, ante as
perspectivas da tranquilidade artificial ou da euforia ilusória, sempre
seguidos pelo inferno da dependência e comprometedores desajustes físicos.
E há os vícios mentais: hipocondríacos,
que tanto imaginam enfermidades que acabam vitimados por elas; melancólicos,
que recusam às células físicas o indispensável suprimento de energias
psíquicas; maledicentes, que se envenenam com o mal que julgam identificar nos
outros; rebeldes que rompem as próprias entranhas com os ácidos da
inconformação e do pessimismo; apegados aos bens terrenos, que sobrecarregam o
veículo carnal com preocupações injustificáveis...
Para que o Espírito reencarnado transite
em segurança na Terra, movimentam-se, no plano espiritual, familiares, amigos,
instrutores, médicos e enfermeiros que o amparam e protegem, orientam e
socorrem em todas as circunstâncias.
No entanto, apesar de tantos cuidados,
seus pupilos, com raras exceções, são expulsos do vaso físico, depois de o
haverem destruído de fora para dentro, com a intemperança, e de dentro para
fora, com a má direção que imprimem à vida mental.
Haverá sempre quem proclame que semelhantes
observações estão impregnadas do ranço de puritanismo retrógrado, sem
considerar que são inevitáveis conclusões a que não se pode furtar quem estima
a lógica.
Se a roupagem carnal é concessão divina
que nos permite abençoado aprendizado nas asperezas do mundo, por que não
preservá-la, observando disciplinas que a própria Medicina demonstra serem
indispensáveis à estabilidade orgânica?
Cercado por dezenas de visitantes, após
a reunião mediúnica, na Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba, dizia Chico Xavier:
–
Meus irmãos, quando eu psicografava o livro Nosso Lar, tive, muitas vezes, a
visão de milhares de Espíritos que aguardavam, há longo tempo, a oportunidade
de reencarnar, ansiosos pelo reajuste. Respeitemos o corpo que o Senhor nos
concedeu, porque não será fácil uma nova oportunidade. Tenhamos cuidado com os
enganos do mundo e, sobretudo, estimemos a serenidade. Se alguém nos der uma
alfinetada, digamos: Obrigado por me espetar com um alfinete novo! Eu merecia
um enferrujado!
A visão do querido médium é um convite a
sérias reflexões, e a singela alegoria do alfinete consagra a Humildade. O
homem verdadeiramente humilde, que conhece suas fragilidades e reconhece a
grandeza de Deus, faz-se, espontaneamente, servo da compreensão e da
tolerância, da simplicidade e da fraternidade, sobrepondo-se aos lamentáveis
desvios que conduzem multidões desvairadas aos precipícios do suicídio
inconsciente.
Richard Simonetti
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