CHEIRO DE LAMPARINA
– Dedicação – Evolução – Genialidade - Persistência
Plutarco, o historiador grego,
relata que Demóstenes, advogado grego que viveu há, aproximadamente, quatro
séculos antes de Cristo, tornou-se um dos maiores oradores gregos, graças a
muito esforço.
Dedicava-se ao estudo incessante,
buscando, sobretudo, aperfeiçoar os dons da palavra. Para treinar a oratória e
superar suas dificuldades de dicção, passava horas junto ao mar, pronunciando
em altas vozes, longos discursos.
Píteas, um de sues opositores,
caçoava dele dizendo que seus dons “cheiravam a lamparina”, não eram naturais,
exigiam muito esforço de sua parte. Antes do advento da lâmpada elétrica,
usava-se a lamparina, rústica lâmpada, em que um pavio aceso fornecia luz,
alimentado por óleo combustível. Iluminação precária, era necessário tê-la bem
perto do texto quando de pretendia ler à noite. Daí a expressão “queimar as
pestanas”, para definir alguém que se dedica ao estudo.
Demóstenes, respondendo a Píteas,
disse-lhe que havia uma grande diferença entre os resultados do trabalho de
ambos, à luz da lamparina, o que a posteridade evidenciaria.
Demóstenes será, sempre, lembrado
pelos dons de oratória que desenvolveu.
Quanto a Píteas, quem já ouvir
falar dele?
* * *
Esta história
foi reproduzida pelo companheiro Richard Simonetti em texto sobre a
genialidade.
Texto retirado do livro
“A luz dissipa as trevas”
De Paulo Daltro de
Oliveira
Páginas 37 e 38
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