terça-feira, 8 de setembro de 2020

CHEIRO DE LAMPARINA – Dedicação – Evolução – Genialidade - Persistência

 

CHEIRO DE LAMPARINA – Dedicação – Evolução – Genialidade - Persistência

 

 

Plutarco, o historiador grego, relata que Demóstenes, advogado grego que viveu há, aproximadamente, quatro séculos antes de Cristo, tornou-se um dos maiores oradores gregos, graças a muito esforço.

Dedicava-se ao estudo incessante, buscando, sobretudo, aperfeiçoar os dons da palavra. Para treinar a oratória e superar suas dificuldades de dicção, passava horas junto ao mar, pronunciando em altas vozes, longos discursos.

Píteas, um de sues opositores, caçoava dele dizendo que seus dons “cheiravam a lamparina”, não eram naturais, exigiam muito esforço de sua parte. Antes do advento da lâmpada elétrica, usava-se a lamparina, rústica lâmpada, em que um pavio aceso fornecia luz, alimentado por óleo combustível. Iluminação precária, era necessário tê-la bem perto do texto quando de pretendia ler à noite. Daí a expressão “queimar as pestanas”, para definir alguém que se dedica ao estudo.

Demóstenes, respondendo a Píteas, disse-lhe que havia uma grande diferença entre os resultados do trabalho de ambos, à luz da lamparina, o que a posteridade evidenciaria.

Demóstenes será, sempre, lembrado pelos dons de oratória que desenvolveu.

Quanto a Píteas, quem já ouvir falar dele?

* * *

 

Esta história foi reproduzida pelo companheiro Richard Simonetti em texto sobre a genialidade.

 

Texto retirado do livro “A luz dissipa as trevas”

De Paulo Daltro de Oliveira

Páginas 37 e 38




 

 

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