quinta-feira, 24 de setembro de 2020

OS ANEIS – Apego aos bens materiais – Sobrevivência do Espírito

 

OS ANEIS – Apego aos bens materiais – Sobrevivência do Espírito

 

 

O Sr. Miller era espírita. Sua esposa, porém, não mostrava a menor simpatia pelas ideias dele. Ela faleceu. Ele ficou muito triste. Alguns dias depois do enterro, o Sr. Miller foi à casa de uma grande amiga, a médium Elizabeth d’Esperance, não com o intuito de assistir a alguma sessão. Mas, ali, se achando, ficou para o trabalho...

Logo no começo da sessão as cortinas do Gabinete, segundo a Sr.ª d’Esperance, abriram-se com certa violência, deixando a luz dar em cheio sobre a Sr.ª Miller. Não podia haver engano: eram seus traços, seus gestos, era ela própria, e foi logo reconhecida pelas pessoas que a tinham conhecido em vida. Seu marido, emocionado, quis abraça-la, porém ela, dando um passo para trás, perguntou-lhe severamente:

- Que fizeste dos meus anéis?

- Minha querida. Não possuo os seus anéis; não estão eles em seus dedos?

Sensibilizado, o pobre homem prorrompeu em soluços. A Sr.ª Miller desapareceu, retornando ao Gabinete.

Ele, então explicou que sua mulher, antes de falecer, lhe dissera que desejava ser enterrada com os dois anéis que costumava usar. Tendo concordado, ele, agora, não podia compreender a interrogação áspera que a esposa lhe fizera.

Voltando à sua casa, questionou a filha a respeito dos tais anéis e ela disse que, não sabendo do desejo da mãe, os havia retirado antes do enterro, pois acreditava que ele ficaria feliz em tornar a vê-los.

Assim, foi possível entender a preocupação do espírito.

 

 

Texto retirado do livro: “A luz dissipa as trevas”

de Paulo Daltro de Oliveira

Páginas 53 e 54




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