OS ANEIS
– Apego aos bens materiais – Sobrevivência do Espírito
O Sr. Miller era espírita. Sua esposa,
porém, não mostrava a menor simpatia pelas ideias dele. Ela faleceu. Ele ficou
muito triste. Alguns dias depois do enterro, o Sr. Miller foi à casa de uma
grande amiga, a médium Elizabeth d’Esperance, não com o intuito de assistir a
alguma sessão. Mas, ali, se achando, ficou para o trabalho...
Logo no começo da sessão as
cortinas do Gabinete, segundo a Sr.ª d’Esperance, abriram-se com certa violência,
deixando a luz dar em cheio sobre a Sr.ª Miller. Não podia haver engano: eram
seus traços, seus gestos, era ela própria, e foi logo reconhecida pelas pessoas
que a tinham conhecido em vida. Seu marido, emocionado, quis abraça-la, porém
ela, dando um passo para trás, perguntou-lhe
severamente:
- Que fizeste dos meus anéis?
- Minha querida. Não possuo os seus anéis; não estão eles em seus
dedos?
Sensibilizado, o pobre homem
prorrompeu em soluços. A Sr.ª Miller desapareceu, retornando ao Gabinete.
Ele, então explicou que sua
mulher, antes de falecer, lhe dissera que desejava ser enterrada com os dois anéis
que costumava usar. Tendo concordado, ele, agora, não podia compreender a
interrogação áspera que a esposa lhe fizera.
Voltando à sua casa, questionou a
filha a respeito dos tais anéis e ela disse que, não sabendo do desejo da mãe,
os havia retirado antes do enterro, pois acreditava que ele ficaria feliz em
tornar a vê-los.
Assim, foi possível entender a
preocupação do espírito.
Texto retirado do
livro: “A luz dissipa as trevas”
de Paulo Daltro de
Oliveira
Páginas 53 e 54
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