Tema: A PARÁBOLA DOS
TALENTOS
MISSÃO DO HOMEM
INTELIGENTE
Data: 19.06.2021
Para 1º e 2º Ciclos de
Infância
Elaborada por Marita
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OBJETIVO: ensinar às crianças que tudo o que recebemos do
Pai, inteligência, sabedoria, riqueza ou qualquer outro bem espiritual ou
material, devemos multiplicar em benefício próprio e da Humanidade.
INCENTIVO INICIAL:
CONTEÚDO TEÓRICO:
“Porque
isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus
servos e entregou-lhes os seus bens.
E a um deu cinco talentos, e a
outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se
logo para longe.
E tendo ele partido, o que
recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco.
Da mesma sorte, o que recebera
dois, granjeou outros dois.
Mas o que recebera um, foi e
cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
E muito tempo depois veio o
senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
Então aproximou-se o que
recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco, dizendo: - Senhor,
entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com
eles.
E o senhor lhe disse: - Bem
está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei;
entra no gozo do seu senhor.
E chegando também o que tinha
recebido dois talentos, disse: - Senhor, entregaste-me dois talentos, eis que
com eles granjeei outros dois.
Disse-lhe o senhor: - Bem está,
bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no
gozo do teu senhor.
Mas, chegando também o que
recebera um talento, disse: - Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que
ceifas onde não semeaste e ajuntai onde não espalhaste;
E, atemorizado, escondi na terra
o teu talento; aqui tens o que é teu.
Respondendo, porém, o seu
senhor, disse-lhe: - Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e
ajunto onde não espalhei;
Devias então ter dado o meu
dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o meu com juros.
Tirai-lhe, pois o talento, e dai-o ao que tem
os dez talentos.
Porque a qualquer que tiver será
dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á
tirado.
Lançai, pois o servo inútil nas
trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.”
(Mateus:
cap. 25, v. 14-30)
Dentre as parábolas de Jesus, talvez esta seja uma das
mais importantes, pois, indubitavelmente, ela encerra uma advertência aos que
não fazem bom ao que Deus lhes concede, enquanto encarnados na Terra.
Todos recebemos uma parcela de bens quando nascemos:
riqueza, sabedoria e outros bens, e, algumas vezes, todos eles juntos. Tudo
isso em maior ou menor proporção, entretanto, uma coisa é inquestionável: a
quem muito foi dado, muito será pedido, ou, em outras palavras, teremos que
prestar contas de tudo aquilo que nos foi confiado, na proporção que tenhamos
recebido.
Na parábola deparamos com três personagens distintos: um
deles recebendo cinco talentos, outro recebendo dois e o terceiro recebendo
apenas um. Os dois primeiros, embora recebendo quantidades diferentes, foram
previdentes e aplicaram o que haviam recebido, acumulando juros e prestando
contas satisfatórias a seu senhor; o terceiro, por sua vez, embora recebendo a
menor quantia, enterrou-a, deixando-a completamente improdutiva, tendo por isso
sido severamente admoestado pelo seu senhor, em face de não ter procurado
aumentar o capital que lhe fora confiado.
Em nossa vida de relação ocorre o mesmo. Muitos de nós
somos aquinhoados com sabedoria e outros bens, aplicamo-los de forma a aumentar
o nosso cabedal de conhecimento, prestando contas a Deus quando da nossa
reintegração no mundo espiritual, fazendo jus à recompensa, traduzida nas
palavras: “Servo bom e fiel, foste fiel
no pouco, muito te será confiado”.
Existem, porém, os que guardam egoisticamente para si
tudo aquilo que recebem, “enterram os talentos”, não beneficiando nem a si
próprio nem ao seu próximo. Tanto os talentos e eles ficaram improdutivos.
Um exemplo típico do servo
bom e fiel, que soube aplicar e multiplicar os talentos recebidos, nos é
propiciado por Paulo de Tarso. Recebendo na estrada de Damasco, o convite
generoso para seguir a Jesus, não trepidou, e os talentos que havia recebido, e
que até então estavam enterrados, duplicaram, triplicaram, quadruplicaram. . .
Enquanto era implacável perseguidor dos cristãos e amante
das tradições religiosas, distanciadas da verdade, ele havia enterrado os
talentos, porém, tão logo se transformou no maior paladino da divulgação
cristã, tornando-se de vacilante discípulo em verdadeiro consolidador das
verdades cristãs, ele fez com que os seus talentos multiplicassem, merecendo de
Jesus o qualificativo de “servo bom e fiel”, a quem muito mais seria confiado.
Ao homem compete a responsabilidade de retribuir tudo o
que recebe de Deus, no entanto, algumas pessoas se tornam preguiçosas, anulando
todo o bem que recebem não produzindo nada de bom.
Podemos simbolizar os que enterram seus talentos, homens
como os doutores da Lei, do tempo de Jesus, os quais, com receio de perderem
suas posições terrenas, não hesitaram em se levantar contra as verdades
trazidas por Jesus Cristo e até aprovando a sua condenação.
Homem diligente e sábio é aquele que faz com que os
homens que Deus lhe confiou, se dupliquem, beneficiando a coletividade e
disseminando bens de todos os matizes, trazendo luz e esclarecimento àqueles
que necessitam.
Homem negligente é o que enterra os talentos, é o que
guarda as suas aquisições espirituais apenas para si, fazendo com que ela se
torne improdutivas, constituindo um verdadeiro peso morto no seio da
Humanidade.
O homem, que enterra o seu talento, equivale ao que
acende a luz e a coloca sob um vaso. Um deixa de beneficiar os seus
semelhantes, outros deixa de iluminar aqueles que estão carentes de luz.
Texto retirado em parte
do livro: AS MARAVILHOSAS PARÁBOLAS DE JESUS – Paulo Alves Godoy
A PARÁBOLA DOS TALENTOS
O capítulo XVI de “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”,
uma das obras integrantes do Pentateuco kardequiano, encerra preciosos
comentários sobre a Parábola dos Talentos, extraída do Evangelho de Mateus,
Capítulo XXV, v. l4.
De entre esses comentários, destacamos aquele que nos
parece de autoria do próprio Allan Kardec, embora não leve o seu nome. O estilo,
dentro daquela linha de coerência e objetividade características do mestre
lionês, reforça a nossa suposição. Assim sendo, tomemos a dissertação a
respeito da passagem evangélica, como da lavra do Codificador dos princípios
básicos da Doutrina Espírita.
O arrazoado fundamenta-se na palpitante questão da
desigualdade das riquezas, “um dos problemas que em vão se procura resolver, ao
considerar-se apenas a vida atual”. Após esta breve, porém incisiva colocação,
Kardec indaga: “Por que motivo não são todos os homens igualmente ricos?” E ele
próprio responde, nestes termos: “Não o são pelo fato muito simples de não
serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirirem a riqueza,
nem sóbrios e previdentes para a conservarem”.
“Ademais – continua Kardec – está matematicamente
demonstrado que a fortuna igualmente repartida daria a cada pessoa bem pequena
e insuficiente parcela.” De fato. Além de esse processo provocar o
desequilíbrio econômico, criaria outros graves e decorrentes problemas de profunda
repercussão social. Recorda-nos, a propósito, o que aconteceu ao círculo
apostólico de Jerusalém, após a desencarnação do Mestre Jesus, quando se
pretendeu instituir um “fundo comum de participação”, igualando-se, todos,
econômica e financeiramente.
Essa experiência comunitária viria encontrar fortes
obstáculos que tenderam à sua dissolução. E por quê? Pelos mesmos motivos já
apontados por Kardec, além das diferenças de caracteres, e, sobretudo, pelas
inevitáveis pressões ambientais, além das fronteiras do grupo. Talvez, porém,
desse certo se se tornasse hermético quais certas ordens religiosas, que se
isolam. . . e se estiolam.
Utópica seria, pois, qualquer tentativa de se estabelecer
paridade econômica e financeira entre os homens, porque iria de encontro a
naturais anseios de desenvolvimento das potencialidades morais e espirituais,
acicates que impulsionam os Espíritos para frente e para o alto.
Um dia, talvez, vivamos em sociedade onde prevaleça a
justiça social e a equitativa distribuição da renda, com base nas leis
naturais, porquanto a igualdade, em termos absolutos, como se pretende,
torna-se impraticável, levando-se em consideração que a perfeição é infinita;
e, destarte, sendo infinita, onde a igualdade plena?
Enquanto isso, procuremos, a todo o custo, tentar por em
prática os ordenamentos evangélicos, ponto de partida para a consecução de
nossos mais lídimos e transcendentais desideratos: a conscientização das
realidades da existência, em espírito e verdade!
ELUCIDAÇÕES
KARDECISTAS – Carlos Bernardo Loureiro – cap. 3
INVESTIMENTOS
Na desenfreada correria da ambição,
a que se vê impelido, o homem moderno investe.
Investimento na bolsa de valores,
perseguindo moedas, acumulando títulos contábeis.
Investimento
nas loterias. Tentando as raras explosões da “sorte”.
Investimento em negócios
mirabolantes, buscando resultados de alta compensação.
Investimento nos jogos cambiais,
ante as perspectivas da oscilação frequente da moeda-ouro, na balança
internacional, para os cometimentos da estroinice.
Investimento no mercado de capitais,
para os grandes jogos financeiros, de modo a alcançar as altas metas do poder
terreno.
Investimento da saúde nas
competições desportivas, disputando primazia.
Investimento de paz, nos complexos
mecanismos da usura como da desonestidade, por cujos processos, supõe e quer
vencer. . .
E não poucos são vencidos em tais
investimentos, padecendo neuroses angustiantes, aflições inomináveis,
desgovernos odientos.
A máquina publicitária, muito bem
trabalhada para estimular a ganância dos incautos que sintonizam com os refrões
da moda negocista, estimula o comércio hediondo do sexo desgovernado,
conspirando afrontosamente contra as fontes genésicas, abastardando-as, ante a
conivência e aceitação mais ou menos generalizada.
A onda alucinógena, invadindo lares
e educandários, reduz as aspirações da inteligência e as expressões da
emotividade, conduzindo todos às fugas espetaculares da realidade objetiva,
facultando inevitáveis conúbios obsessivos com desencarnados do mesmo teor, em
intercâmbio nefário.
A pregação da filosofia cínica
encarrega-se de descoroçoar os ideais da beleza, fomentando os campeonatos da
insensatez como da desordem, reduzindo a cultura e a moral à condição de
ultrapassadas pelo impositivo da nova ordem em que os valores apresentados são
destituídos de valor real.
Indubitavelmente o progresso é
imperiosa necessidade de crescimento.
Progressos, no entanto, na vertical
das conquistas superiores e não na horizontalidade das paixões animalizantes e
dos agentes dissociativos da comunidade, da família, do indivíduo.
Investe, porém, tu, espírito
imortal.
Sem que abandones o campo de
trabalho onde foste convidado a operar, lembra-se dos tesouros inesgotáveis da
vida e aplica algum capital de horas, de valores monetários, morais,
intelectuais e da saúde nos sublimes comércios com a Espiritualidade Superior.
Com certeza, no jogo dos
investimentos chegará a hora da prestação de contas, e então compreenderás que
imediatos ficarão retidos nas aduanas da Terra, enquanto os da vida abundante,
e somente estes, seguirão contigo por todo o sempre.
FLORAÇÕES
EVANGÉLICAS – Joanna de Ângelis – Divaldo Pereira Franco – cap. 6
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FIXAÇÃO:
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