sábado, 25 de maio de 2024

TROCAS E CHANTAGENS INFANTIS - chantagem, corrupção, manha (choradeira sem motivo)

 

TROCAS E CHANTAGENS INFANTIS

 

OBJETIVO: levar a criança a perceber quando está fazendo chantagens e trocas com a família.

 

INCENTIVO INICIAL: fazer a brincadeira da “forca” com a palavra: CHANTAGEM e CORRUPÇÃO.

Perguntar às crianças se elas sabem o que é corrupção e chantagem. Explicar e mostrar a elas que essas palavras começam, muitas vezes, em nossa própria casa.

  

CONTEÚDO TEÓRICO:

Chantagem: ato de extorquir dinheiro, favores ou vantagens a alguém, sob ameaça de revelações escandalosas, fingir uma situação de perigo ou chorar e provocar uma situação escandalosa.

Corrupção: ato ou efeito de corromper, decomposição, devassidão, depravação, perversão, suborno.

 

·         O espírita, mais do que qualquer pessoa, não deve ser chantagista e desonesto, pois existe uma Lei Divina de Ação e Reação, onde receberemos de acordo com nossos comportamentos e pensamentos.

·         A criança, muitas vezes, usa de chantagem para se proteger, não tendo o intuito de prejudicar. Mesmo assim, é um defeito a ser trabalhado para mudar desde cedo.

·         Jesus, em nenhum momento em que esteve encarnado entre nós, usou de chantagem para que pessoas o seguissem, ou para serem curados. A única coisa que Ele pedia era que: “não pecassem mais e houvesse amor entre todos”.

·         A pessoa chantagista, além de ser egoísta, acaba ficando solitária, pois as demais pessoas se afastam dela porque sabem que precisarão dar algo em troca por tudo o que ela fizer.

·         Na Casa Espírita todas as pessoas trabalham voluntariamente, não tendo troca.

·         Deus não barganha com ninguém.

·         Existem pessoas que fazem promessas aos “santos”, caso recebam alguma graça. No Espiritismo isso não acontece, porque sabemos que receberemos somente o que merecermos ou precisarmos.

·         Nossos pais têm mania de dizer que se comermos tudo, nos dará a sobremesa. Este é um exemplo de chantagem e corrupção. Nós devemos comer de tudo porque é para nosso bem, para nossa saúde, não para obtermos algum benefício extra.

·         Outros oferecem presentes, como por exemplo: caso o filho ou filha passe no vestibular, daria um carro de presente.

·         Estudar é a melhor maneira de instruir nosso Espírito. Não devemos fazer isso para conquistarmos presentes ou para sermos bajulados. Estamos encarnados para aprendermos a amar e nos instruir. É obrigação nossa...  não é favor que fazemos a alguém.

·         A única coisa que Deus quer de nós é que nos amemos e nos instruamos.

·         Ter a consciência tranquila é a melhor maneira de viver.

·          

 FIXAÇÃO: contar a história “Vítor e seus pais”, da apostila: Primário A – aula 35, usando as gravuras.

 

 ATIVIDADE: numa folha previamente preparada, as crianças farão um cartão de agradecimento aos pais.

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VÍTOR E SEUS PAIS

 

Vítor era um garoto forte e inteligente, respeitava e gostava muito de seus pais.


A estima que tinha por eles, porém, não bastava para que vivessem felizes, porque Vítor tinha um costume feio: não fazia nada se os pais não lhe dessem alguma coisa em troca.

Para estudar e fazer as tarefas escolares, a mãe tinha que lhe prometer algum presente, como um gibi, por exemplo, o que nem sempre ela podia porque também não dispunha de dinheiro todos os dias, o que ele não entendia.

Quando a mãe lhe pedia para fazer alguma coisa, dizia:

- Irei, mas com uma condição... – e lá vinha ele com alguma exigência.

Num dia ele queria ir à lanchonete, no outro queria um brinquedo da moda, no outro queria que a mãe o liberasse de alguma obrigação e, assim por diante.

O pai, Sr. Paulo, ao ver o boletim escolar, advertia:

- Filho, cuidado com suas notas! Você precisa estudar mais, senão poderá até repetir o ano.

Vítor, pensativo, falava:

- Se eu estudar mais e passar de ano, quero uma bicicleta nova no Natal, de marcha, porque a minha já está muito velha!


O pai, preocupado com este modo de agir do filho, que sempre propunha uma barganha, alertava:

- Vítor, meu filho, você deve fazer suas obrigações e ajudar nos afazeres de casa; numa família deve haver espírito de união e colaboração, e não de interesses.

Vítor escutava, mas não ligava para essas advertências e continuava o mesmo.

Quando a mãe pedia para arrumar o quarto, colocar o material escolar em ordem, guardar os calçados no lugar, ir comprar alguma coisa, ela gritava, indignado:

- Tudo eu! Parece que não tem mais ninguém nesta casa! Não aguento mais!

A mãe de Vítor, Sr.ª Célia, falava carinhosamente:

- Filho, você já está grande! Sabe que numa família deve haver colaboração e divisão de tarefas!

Vítor parou e meditou:

- Nossa! Então, para isso eu quero um tênis novo!


Numa manhã, ele encontrou um bilhete ao lado do seu copo de leite. Muito curioso para saber do que se tratava, abriu logo e leu. Dizia o seguinte:

Filho querido, vamos, a partir de hoje, cobrar tudo o que fizermos por você e para você até agora:

Horas de sono perdidas quando você ainda era bebê – queremos como pagamento: AMOR.

As noites à sua cabaceira quando tinha febre – queremos: AMOR.

As primeiras comidinhas feitas com cuidado e carinho – queremos: AMOR.

As horas em que, cansados, o levamos à escola e também a passeios – queremos: AMOR.

Seus brinquedos preferidos e as roupas que você mais gosta, comprados, muitas vezes, com

                                                                                                       sacrifício – queremos: AMOR.

Suas roupas sempre limpas – queremos: AMOR.

Suas refeições sempre quentinhas, gostosas e saudáveis – queremos: AMOR.

O papai e a mamãe, que trabalham e fazem de tudo para lhe dar o melhor – só cobramos de você:   AMOR!

Com muito carinho:

Seus pais.”

 

Vítor ao ler o bilhete, ficou envergonhado e pensou:

- Papai e mamãe fazem tanto por mim e só me pedem AMOR!.

Continuando a analisar o bilhete, ele refletiu que tudo aquilo era verdade: o conforto que tinha, a sua cama limpinha e gostosa, o banho quentinho, a comidinha saborosa que a mãe fazia, os aparelhos eletrônicos, TV, celular, vídeo game, que ele tanto gostava e o principal: o amor em família.

Daí pra frente, Vítor foi modificando o seu modo de pensar e agir. Passou a colaborar com todos em casa, porque começou a sentir gratidão em relação a seus pais e passou, realmente, a viver o amor em família.

 

Apostila Primário C, aula 35

Evangelização Infanto-Juvenil

Editora Aliança.

 

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