TROCAS E CHANTAGENS INFANTIS
OBJETIVO:
levar a criança a perceber quando está fazendo chantagens e trocas com a
família.
INCENTIVO INICIAL:
fazer a brincadeira da “forca” com a palavra: CHANTAGEM e CORRUPÇÃO.
Perguntar às crianças se elas sabem o que é corrupção
e chantagem. Explicar e mostrar a elas que essas palavras começam,
muitas vezes, em nossa própria casa.
CONTEÚDO TEÓRICO:
Chantagem: ato de extorquir dinheiro, favores ou
vantagens a alguém, sob ameaça de revelações escandalosas, fingir uma situação
de perigo ou chorar e provocar uma situação escandalosa.
Corrupção: ato ou efeito de corromper, decomposição,
devassidão, depravação, perversão, suborno.
·
O espírita, mais do que qualquer pessoa, não deve
ser chantagista e desonesto, pois existe uma Lei Divina de Ação e Reação, onde
receberemos de acordo com nossos comportamentos e pensamentos.
·
A criança, muitas vezes, usa de chantagem para
se proteger, não tendo o intuito de prejudicar. Mesmo assim, é um defeito a ser
trabalhado para mudar desde cedo.
·
Jesus,
em nenhum momento em que esteve encarnado entre nós, usou de chantagem para que
pessoas o seguissem, ou para serem curados. A única coisa que Ele pedia era
que: “não
pecassem mais e houvesse amor entre todos”.
·
A pessoa chantagista, além de ser egoísta, acaba
ficando solitária, pois as demais pessoas se afastam dela porque sabem que
precisarão dar algo em troca por tudo o que ela fizer.
·
Na Casa Espírita todas as pessoas trabalham
voluntariamente, não tendo troca.
·
Deus não barganha com ninguém.
·
Existem pessoas que fazem promessas aos “santos”, caso recebam alguma graça. No
Espiritismo isso não acontece, porque sabemos que receberemos somente o que
merecermos ou precisarmos.
·
Nossos pais têm mania de dizer que se comermos
tudo, nos dará a sobremesa. Este é um exemplo de chantagem e corrupção. Nós
devemos comer de tudo porque é para nosso bem, para nossa saúde, não para
obtermos algum benefício extra.
·
Outros oferecem presentes, como por exemplo:
caso o filho ou filha passe no vestibular, daria um carro de presente.
·
Estudar é a melhor maneira de instruir nosso
Espírito. Não devemos fazer isso para conquistarmos presentes ou para sermos
bajulados. Estamos encarnados para aprendermos a amar e nos instruir. É obrigação
nossa... não é favor que fazemos a
alguém.
·
A única coisa que Deus quer de nós é que nos
amemos e nos instruamos.
·
Ter a consciência tranquila é a melhor maneira
de viver.
·
VÍTOR E SEUS PAIS
Vítor era um garoto forte e
inteligente, respeitava e gostava muito de seus pais.
A estima que tinha por eles, porém, não bastava para que vivessem felizes, porque Vítor tinha um costume feio: não fazia nada se os pais não lhe dessem alguma coisa em troca.
Para estudar e fazer as tarefas
escolares, a mãe tinha que lhe prometer algum presente, como um gibi, por
exemplo, o que nem sempre ela podia porque também não dispunha de dinheiro
todos os dias, o que ele não entendia.
Quando a mãe lhe pedia para fazer
alguma coisa, dizia:
- Irei, mas com uma condição... – e lá vinha ele com alguma
exigência.
Num dia ele queria ir à
lanchonete, no outro queria um brinquedo da moda, no outro queria que a mãe o
liberasse de alguma obrigação e, assim por diante.
O pai, Sr. Paulo, ao ver o
boletim escolar, advertia:
- Filho, cuidado com suas notas! Você precisa estudar mais, senão
poderá até repetir o ano.
Vítor, pensativo, falava:
- Se eu estudar mais e passar de ano, quero uma bicicleta nova no Natal,
de marcha, porque a minha já está muito velha!
O pai, preocupado com este modo
de agir do filho, que sempre propunha uma barganha, alertava:
- Vítor, meu filho, você deve fazer suas obrigações e ajudar nos
afazeres de casa; numa família deve haver espírito de união e colaboração, e
não de interesses.
Vítor escutava, mas não ligava
para essas advertências e continuava o mesmo.
Quando a mãe pedia para arrumar o
quarto, colocar o material escolar em ordem, guardar os calçados no lugar, ir
comprar alguma coisa, ela gritava, indignado:
- Tudo eu! Parece que não tem mais ninguém nesta casa! Não aguento
mais!
A mãe de Vítor, Sr.ª Célia,
falava carinhosamente:
- Filho, você já está grande! Sabe que numa família deve haver
colaboração e divisão de tarefas!
Vítor parou e meditou:
- Nossa! Então, para isso eu quero um tênis novo!
Numa manhã, ele encontrou um
bilhete ao lado do seu copo de leite. Muito curioso para saber do que se
tratava, abriu logo e leu. Dizia o seguinte:
Filho querido, vamos, a partir de
hoje, cobrar tudo o que fizermos por você e para você até agora:
Horas de sono perdidas quando
você ainda era bebê – queremos como pagamento: AMOR.
As noites à sua cabaceira quando
tinha febre – queremos: AMOR.
As primeiras comidinhas feitas
com cuidado e carinho – queremos: AMOR.
As horas em que, cansados, o
levamos à escola e também a passeios – queremos: AMOR.
Seus brinquedos preferidos e as
roupas que você mais gosta, comprados, muitas vezes, com
sacrifício – queremos: AMOR.
Suas roupas sempre limpas –
queremos: AMOR.
Suas refeições sempre quentinhas,
gostosas e saudáveis – queremos: AMOR.
O papai e a mamãe, que trabalham e fazem de tudo para lhe dar o melhor – só cobramos de você: AMOR!
Com muito carinho:
Seus pais.”
Vítor ao ler o bilhete, ficou
envergonhado e pensou:
- Papai e mamãe fazem tanto por mim e só me pedem AMOR!.
Continuando a analisar o bilhete,
ele refletiu que tudo aquilo era verdade: o conforto que tinha, a sua cama
limpinha e gostosa, o banho quentinho, a comidinha saborosa que a mãe fazia, os
aparelhos eletrônicos, TV, celular, vídeo game, que ele tanto gostava e o
principal: o amor em família.
Daí pra frente, Vítor foi
modificando o seu modo de pensar e agir. Passou a colaborar com todos em casa,
porque começou a sentir gratidão em relação a seus pais e passou, realmente, a
viver o amor em família.
Apostila Primário C,
aula 35
Evangelização
Infanto-Juvenil
Editora Aliança.
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