TEMA DA AULA: A GULA
Objetivo:
identificar os inconvenientes da excessiva ingestão de alimentos e seus
prejuízos no organismo.
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Incentivo Inicial:
apresentar às crianças uma salada de frutas ou gravuras de alimentos diversos –
dos mais nutritivos aos mais calóricos. Explicar as nossas necessidades diárias
de alimentos.
Explicar a importância dos alimentos saudáveis como frutas e
legumes, como exemplo, a banana que é ótima para os ossos. Alguns alimentos
como: pizza, chocolate, balas, cachorro quente, refrigerante, são gostosos, mas
se só nos alimentarmos disso adoeceremos.
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Conteúdo teórico:
A gula no sentido literal é o excesso no comer e beber,
voracidade. A característica da gula é engolir e não digerir.
Identificar nos alimentos acima mostrados a forma correta de
uma alimentação saudável; e quais males o corpo sofre devido à gula: mal-estar,
má digestão, obesidade, etc..
Nada em excesso.
Tudo sob controle.
Devo respeitar nosso organismo, aprendendo a “ouvir” o
cérebro e perceber quando estamos saciado. Governar o estômago. Não é ele que
manda em nós, somos nós que mandamos nele.
Muitas pessoas adoecem, envelhecem precocemente e morrem
cedo por causa da má alimentação.
Comer menos para viver mais.
Muita coisa que agrada o paladar pode prejudicar a saúde.
Alimentação saudável para uma vida feliz.
Como cuidar de
nosso estômago:
Conservá-lo limpo (jejum) para nos sustentar e manter nossa
saúde em segurança.
Não exceder a necessidade diária, pois o excesso será
carregado no sangue e nos levará a prejudicar nossas encarnação.
Não utilizar temperos demasiados, pois eles se transformam
em veneno no sangue.
Não ingerir bebidas alcoólicas.
Não tomar remédios (drogas) sem receita médica, pois uma
drágea pode aproximar-nos da desencarnação.
A maior parte das enfermidades vem do prato cheio.
Não vivemos para comer, comamos para viver.
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Fixação:
contar a história em versos do “Jucá Lambisca” de Casimiro Cunha e Waldo
Vieira.
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Atividade:
as crianças deverão montar um cartaz com desenhos ou gravuras de alimentos saudáveis.
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JUCÁ LAMBISCA
Casimiro Cunha / Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira-
FEB
Meus filhos, não somos peixes
E a comida não é isca.
Leiamos juntos a história
Do pobre Juca Lambisca.
*
PRIMEIRA PARTE - A VINDA DE JUCA
Rabugento e malcriado,
Esperto como faísca,
Era um menino guloso,
O nosso Juca Lambisca.
Toda hora na dispensa,
Pé macio e mão ligeira,
O maroto parecia
Um rato na prateleira.
No instante das refeições,
Afligindo os próprios pais,
Ele comia depressa,
Repetindo: Quero mais!
Gritava: Quero mais peixe!
Quero mais leite e mais pão!
Quero mais sopa no prato,
Mais arroz e mais feijão!
Dona Nicota falava,
Ao vê-lo sobre o pudim:
- Meu filho, escute! Você
Não deve comer assim!
Mas o Juca respondão
Gritava, erguendo a colher:
- A senhora nada sabe;
Eu como quanto quiser.
Na escola, Juca furtava
Pastéis, bananas, pepinos,
Tomando a força a merenda
Das mãos dos outros meninos.
A vida de nosso Juca
Era comer e comer...
Mas foi ficando pesado,
E a barriguinha a crescer...
Gabriela a companheira
Da cozinha e do quintal,
Falava triste: - Ah! meu Juca,
A sua vida vai mal!
Não valiam bons conselhos
Do papai ou da vovó,
Fugia de todo estudo,
Queria a panela só...
Espíritos benfeitores,
No Lar em prece, ao seu lado,
Preveniam, caridosos:
- Meu filho tenha cuidado.
Mas depois das orações,
O nosso Juca sem fé,
Comia restos do prato
Na terrina e no cuité.
A todo instante aumentava
A grande comedoria,
Sujava a cozinha e a copa,
Procurando papa fria.
Um dia, caiu doente,
E o doutor João do Sobrado
Receitou: - Este garoto
Precisa comer regrado.
Mas alta noite ele foge...
E, mais tarde, a Gabriela
Viu que o Juca estava morto,
Debruçado na gamela.
Muito triste o caso dele...
Coitado! Embora gordinho,
O Juca morreu cansado
De tanto comer toucinho.
*
SEGUNDA PARTE : A VOLTA DE JUCA
Desencarnado, o Lambisca,
Na vida espiritual,
Estava do mesmo jeito
E o barrigão tal e qual.
Acorda num campo lindo...
E agora, que não mais dorme,
Vê muita gente a sorrir
Por vê-lo de pança enorme.
Tem a impressão de trazer
O peso de um grande bumbo.
Quer levantar-se, porém
A pança cai como chumbo.
Juca xinga nomes feios...
Faz birra, choro e escarcéu
E pede com gritaria:
- Eu quero subir ao Céu!
Surge um Espírito amigo,
Carinhoso e benfeitor,
Que o recolhe com bondade
Nos braços cheios de amor.
Deu-lhe as mãos e disse: - Filho,
Levante-se, cale e ande...
Ninguém sobe à Luz Divina
Com barriga assim tão grande...
Mas o Juca, revoltado,
Ergue os punhos pesadões
Contra tudo e contra todos,
A murros e pescoções.
Depois berra:- Esta barriga
É grandona, mas é minha!
Eu quero comer no tacho,
Quero morar na cozinha!
Multidões surgem a ver
O menino barulhento.
E o Juca, com pontapés,
Aumentava o movimento.
Um sábio apareceu e fala:
- O Lambisca não regula,
Enlouqueceu de repente
De tanto cair na gula.
Foi preciso, então prendê-lo...
Amarrado e furioso,
O pequeno parecia
Um cachorrinho raivoso.
Os Protetores, após
Guardá-lo em corda segura,
Oravam, dando-lhe passes,
Com bondade e com doçura...
Viu-se logo o olhar do Juca
Fazer-se brando, e mais brando...
O menino foi dormindo
E a barriguinha murchando...
Os amigos decidiram,
Assim como um grande povo,
Que o Juca afim de curar-se
Devia nascer de novo.
Lambisca a dormir, coitado,
Ele - tão forte e mandão,
Renasceu muito pequeno,
Um simples bebê chorão.
E para esquecer a gula
Cresceu doente e magrinho...
Só bebia caldo leve
Sem feijão e sem toucinho.
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