sábado, 15 de junho de 2024

AS GENTILEZAS DO CHINESINHO - gentileza, bondade, caridade, paciencia

 

AS GENTILEZAS DO CHINESINHO

 

Chuchuí é um chinesinho trabalhador e alegre, que ganha a vida construindo casas. Constrói lindas casas: coloridas, agradáveis, graciosas. Em cada uma, planta um jardim.

Pela manhã, quando vai começar seu dia de trabalho. Chuchí recebe um cumprimento atrás do outro. E sempre responde com atenção e carinho. E, por ficar ajudando aos outros, tem chegado atrasado todos os dias ao serviço. O dono da construção onde trabalha já o chamou e lhe disse:

- Chuchuí, você é um bom trabalhador. Aqui, todos nós temos favores a lhe agradecer. Mas você está sempre chegando atrasado. Um dia porque ajudou um menino a carregar feixe de flores. Outro, porque os carneirinhos do seu vizinho fugiram e você foi ajuda-lo a recolhê-los. Cada dia é uma coisa e o serviço fica atrasado. Assim não dá mesmo. Nós precisamos de você bem cedo.

- Está bem, patrão. Chuchuí, amanhã, irá chegar bem cedo. Chuchuí vai chegar bem cedo todos os dias, de agora em diante. Mas, por favor, responda: quem fará tudo o que me pedem? Quem irá ajudar essas pessoas que precisam de uma coisa ou outra? Chuchuí precisa saber...

- Está bem, rapaz. Só você mesmo. Vamos fazer assim: você chega bem cedo e começa os trabalhos. Quando os serventes já souberem o que vão fazer, você dá uma saidinha e faz as coisas que lhe pedirem. Só não passe, nunca, de uma hora.

- Muito obrigado, patrão. Chuchuí cumprirá, direitinho, este contrato.

E passaram-se os meses.

Um dia, porém, quando o chinesinho voltava de sua tarefa extra, viu um menino caído num barranco. E nem pensou se ia atrasar, tinha é que socorrer o garoto, que podia escorregar para um pântano onde havia um jacaré enorme. Depressa, arrumou uma corda e tanto fez, que tirou o menino de lá.

Lavou-o na água limpa do riacho e foram andando. Chucuí estava apressado, preocupado em ser despedido, pois havia se demorado duas horas ao invés de apenas uma. O menino, contente, só falava que o seu pai lhe daria um bom presente por ele lhe ter salvado a vida. Chuchuí perguntou ao menino:

- Como é o seu nome? Como você foi parar naquele barranco? Quem são seus pais?

- Eu sou Carlinhos. Estava andando de bicicleta e caí...

- E não vai pegar a bicicleta? – perguntou Chuchuí.

- Deixa prá la, eu ai morrer mesmo. Que presente você mais desejaria ganhar, Chuchuí?

- Ah! Chechuí só quer um presente: poder continuar a trabalhar! Mas... onde é que você vai que segue na mesma direção que eu? – continuou Chuchuí.

Carlinhos bem sabia o que o chinesinho iria ganhar. Quando chegaram à construtora de seu pai, disse:

- Chuchuí, espere um pouquinho aí. Não entre. Volto sem demora.

Ao encontrar seu pai, viu que estava furioso por causa da demora do chefe da construção. E estava pronto para despedi-lo. Carlinhos contou ao pai o que ocorrera, como havia corrido perigo de morte e como havia sido salvo.

- Agora pai, prometi um presente a esse homem que me salvou a vida.

- Certo, filho. Mas, como irei pagar a alguém um favor tão grande?

- É fácil, pai. Venha ver quem me ajudou!

Ao chegar perto de Chuchuí, o pai de Carlinhos entendeu todo o atraso do empregado e agradecido não o importunou mais com exigências, pois sabia que quando se atrasasse, estaria ajudando alguém.

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História retirada da Apostila da Federação Espírita Brasileira.

 

 

 

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